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O Tempo Passa Muito Rápido
Este é um pequeno resumo do testemunho de Victoria Nehale

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Eu nasci e vivi na Namíbia por toda minha vida e entreguei minha vida a Jesus em 6 de fevereiro de 2005. O Senhor Jesus Cristo me revelou muitas coisas concernentes ao reino espiritual, inclusive me levando algumas vezes ao inferno. O Senhor me instruiu a compartilhar estas experiências com as pessoas; Ele também me alertou a não adicionar nem omitir nada que o Senhor Jesus Cristo tivesse mostrado ou dito à mim. Quando terminei de escrever meu livro no final de 2006, eu havia sido visitada 33 vezes pelo Senhor Jesus Cristo. Em todas as vezes o Senhor antes de partir me avisava: O TEMPO PASSA MUITO RÁPIDO.

 

Primeira viagem ao inferno

Em um final de semana, no dia 23 de julho de 2005, peguei um táxi em Ondangwa, cidade na qual eu trabalhava e residia, e em 35 minutos cheguei em minha cidade-natal a fim de passar o fim-de-semana com meus pais. No caminho tive a sensação de que algo extraordinário iria acontecer naquela noite. Cheguei por volta dàs 18:00h, quando todos estavam se preparando para o jantar. Eu estava na cozinha junto com minha família, deitada em um velho lençol estendido no chão enquanto escutava minhas sobrinhas e sobrinhos cantando louvores da escola dominical. Subitamente senti uma grande unção descendo sobre mim, senti muita fraqueza em meu corpo e então dei-me conta de que estava debaixo do poder de Deus. Então vi um homem vestido com longas vestes brancas e um cinto da mesma cor, caminhando em minha direção. Havia uma luz muito brilhante à sua volta, como se Ele mesmo a irradiasse. Ele usava sandálias marrons; e o feitio de Seu rosto assemelhava-se ao das pessoas do Oriente Médio, com uma bela pele bronzeada. Sua face era amável e tão gloriosa que eu não conseguia olhar direto em Seus olhos. Quando Ele falava, Sua voz era doce, suave e amorosa, apesar de falar com autoridade; ondas de amor emanavam de Seu ser.

Ele estendeu-me Sua mão e puxou-me de onde eu me encontrava deitava. De repente percebi que eu mesma estava em um belo corpo glorificado; eu estava com a aparência de quando tinha 18 anos de idade. Eu usava um vestido branco com cinto branco. Apesar de ser um vestido branco, o material era diferente de qualquer um que o homem conheça. Esse vestido era sedoso, mas brilhava de uma forma que não sei descrever.

Ele falou em tom gentil e amável: “Victoria, Eu quero que você venha comigo; irei mostrar-lhe coisas terríveis e também irei levar-lhe a um lugar no qual você jamais esteve em toda sua vida”. Então Ele tomou minha mão direita e partimos. Tive a sensação de que caminhávamos no ar e íamos subindo o tempo todo. Depois de certo tempo, fiquei muito cansada e pedi-Lhe que voltássemos para casa. Entretanto, Ele fitou-me gentilmente e disse: “Você não está cansada – você está bem. Caso você fique cansada, Eu mesmo irei carregá-la, mas no momento você está muito bem. Paz seja convosco. Agora vamos.”

O lugar na qual chegamos era muito árido, pior do que qualquer deserto que o homem conheça, sem nenhum sinal de vida sequer. Não havia uma única árvore ou sinal de grama ou de qualquer coisa viva à nossa vista. Verdadeiramente tratava-se de um lugar depressivo.

Paramos em frente à um portão e Ele disse:“Victoria,agora iremos passar pelo portão e as coisas que você irá ver irão assustá-la e também entristecê-la – mas você deve ficar tranquila e certa de que você estará protegida em todos os lugares que irei levar-lhe. Apenas abra bem os olhos e observe todas as coisas que irei mostrar-lhe.” Eu estava aterrorizada e comecei a chorar. Então pedi a Ele que levasse-me de volta para casa. Disse-Lhe que eu não queria ir àquele lugar, pois pude ver através do portão o que acontecia lá. Ele fitou-me e disse:“Paz seja convosco; Eu estou com você. Nós temos de ir lá, pois o tempo passa muito rápido.”

Nós adentramos o portão. Eu sequer conseguiria descrever o horror daquele lugar. Estou plenamente convencida de que não há lugar pior do que aquele em todo o universo. Aquele lugar era enorme e tive a sensação de que ele expandia-se continuamente. Era um lugar de profunda escuridão e de calor inimaginável: era mais quente que o próprio fogo em si. Eu não pude ver chamas de fogo ou a origem do calor, mas era QUENTE demais. O lugar era infestado de moscas de todos os tamanhos – verdes, pretas, cinzentas. Todo o tipo imaginável de mosca havia lá. Também haviam vermes pequenos, finos, pretos em todos os lugares, rastejando por todo aquele local. Os vermes começaram a subir em cima de nós e as moscas também cobriam nossos corpos. O lugar padecia de um mau cheiro tão intenso que não há palavras que possam descrevê-lo. Era um cheiro cem vezes pior que a carne mais podre que já vi em toda minha vida. Aquele lugar era absorto em sons de gemidos e ranger de dentes, além de risadas demoníacas.

Mas o pior é que aquele lugar estava cheio de pessoas. Eram tantas pessoas que chegava a ser incontável. Essas pessoas estavam em formas cadavéricas, como se fossem esqueletos vivos. Posso assegurar que esses esqueletos tratavam-se de pessoas pois pude reconhecer alguns parentes próximos e pessoas de minha vila entre eles. Seus ossos eram cinza-escuros, extremamente ressecados. Seus dentes eram longos e afiados como de animais selvagens. Suas bocas eram enormes e largas com línguas compridas e vermelhas. Suas mãos e pés eram longos, com dedos ressequidos e unhas compridas. Alguns deles tinham rabos e chifres.

Haviam demônios entre as pessoas: sua aparência era como de crocodilos andando sobre quatro patas. Eles pareciam confortáveis naquele ambiente, maltratando e atormentando os seres humanos. Os demônios faziam barulho como se celebrassem algo, eles pareciam felizes e despreocupados; além disso eles dançavam e pulavam o tempo todo. Por outro lado, os humanos tinham aparência miserável e depressiva; um estado de completo abandono e desesperança. O barulho que os humanos produziam era causado pela dor: eles choravam, gritavam, rangiam os dentes em uma desesperada situação de dor e agonia inimagináveis.

A quantidade de pessoas naquele lugar era inumerável, mas pude ver claramente que a grande maioria era de mulheres. Eles estavam divididos em vários grupos diferentes. Apesar de divididos em grupos, não era possível estimar o número de pessoas em cada grupo separado pois os grupos eram enormes.

Então Ele me levou a um desses grupos na parte leste. Ele me fitou e disse: “Victoria, este é o grupo das pessoas que se recusaram a perdoar outras pessoas. Eu lhe disses várias vezes e de maneiras diferentes que elas deveriam perdoar, mas rejeitaram-Me; Eu lhes perdoei por todos os seus pecados, mas elas se recusaram a perdoar outras pessoas. Seu tempo já passou e agora elas se encontram aqui. E ficarão aqui por toda a eternidade; agora elas colhem os frutos que plantaram e será assim por todo sempre. Porém, é doloroso vê-las neste lugar terrível e nesta situação eterna, pois Eu as amo.”

Fui então levada a outro grupo no qual, explicou-me o Senhor, estavam reunidas as pessoas que possuiam dívidas de todo tipo. Haviam 3 categorias diferentes dentro deste grupo. Na primeira estavam as pessoas que pertenciam à outras: na verdade, eram devedoras que tinham condições de pagar suas dívidas, mas prefereriam ficar adiando o pagamento toda a vida. São pessoas que diziam que iriam pagar as dívidas amanhã, na semana que vem, no ano que vem, até que o tempo passou e agora elas estão neste lugar de tormento. É aqui que elas irão passar a eternidade; agora elas colhem os frutos que plantaram em vida.

A segunda categoria abrigava pessoas que possuiam dívidas, tinham condições e disposição de pagar por elas, porém tinham medo das consequências, visto que, caso elas falassem a verdade poderiam sofrer rejeição ou ir à cadeia, ou talvez seus atos seriam conhecidos por todos e assim poderiam sofrer algum tipo de humilhação. O Senhor me disse: “Nenhum deles veio à Mim pedindo uma direção. Caso elas tivessem pedido, Eu teria lhes mostrado uma saída. Mas elas preferiram usar suas próprias sabedoria e razão, o que foi totalmente inútil. O seu tempo passou e agora elas estão neste lugar onde passarão a eternidade. Elas estão colhendo os frutos que plantaram.”

Então Ele me disse que:“A terceira categoria é a de devedores que não tinham condições de pagar suas dívidas, porém nenhum deles veio à Mim confessar que possuiam dívidas a qual não poderiam quitar. Se eles tivessem vindo à Mim, Eu mesmo teria pagado suas dívidas. Mas eles também preferiram usar a razão e a sabedoria, e isso não serviu-lhes para nada. Agora eles estão neste lugar e aqui ficarão para sempre. Eles estão colhendo os frutos que plantaram. Meu coração dói por estas pessoas pois Eu as amo profundamente.”

No primeiro grupo, vi duas parentes próximas minhas e também uma parente mais distante de 12 anos. Eu sei que ela tinha 12 anos pois era sua idade quando faleceu. No segundo grupo também vi alguns parentes, além de um Pastor a qual eu conhecia muito bem. Jakes, meu namorado que cometeu suicídio quando entreguei minha vida à Cristo também estava no segundo grupo. Também pude ver alguns antigos vizinhos em ambos os grupos.

Eu pude reconhecer as pessoas que conhecia antes de morrer; elas também me reconheceram. Meus parentes ficaram muito irados quando me viram e começaram a gritar obscenidades para mim; eles usavam a linguagem mais vulgar possível para proferir maldições contra mim. Um deles disse que eu não era merecedora de estar caminhando com Aquele que estava ao meu lado; eles falavam o mesmo tipo de coisa que eu dizia antes de entregar minha vida a Cristo. Eles não estavam mentindo; as coisas da qual eles me acusavam eram verdade. Jakes disse que eu havia pertencido a ele, por isso eu também deveria estar ali já que cometi o mesmo pecado que ele. O pastor a princípio pareceu contente ao me ver e disse que eu havia feito a escolha certa indo lá, porém sua atitude mudou completamente quando ele viu a pessoa que me acompanhava e começou a gritar obscenidades e a blasfemar. O Senhor me disse para ignorá-los pois eles não sabiam o que estavam fazendo.

Eu estava petrificada e extremamente triste; meu corpo tremia e não tinha forças para permanecer em pé. Eu chorava descontroladamente. O Senhor se voltou para mim, abraçou-me e falou: “Paz seja contigo, Victoria.” Então recobrei minhas forças e senti muita segurança em Seu abraço. Ele olhou para mim e disse: “Victoria, eu já te mostrei. Agora você tem de escolher a qual dos grupos você quer ir; a escolha está em suas mãos. Você deve contar às pessoas tudo aquilo o que você viu e presenciou sem adicionar e nem omitir nada.”

Lembro que partimos juntos daquele lugar de horrores, mas não sei dizer em que ponto nos separamos: ao abrir meus olhos, percebi que tinha voltado ao meu corpo físico e estava deitada numa cama do Hospital Oshakati. Eu estava tomando soro na veia e então pude ver minha mãe e outros vizinhos no outro canto do quarto, fitando-me assustados. Percebi pela fisionomia de minha mãe que ela havia chorado bastante. Perguntei à uma das enfermeiras se ela sabia o que havia de errado comigo, mas ela apenas gracejou dizendo: “Você foi mandada de volta; talvez você tenha feito algo errado da qual tem de se arrepender.” A enfermeira estava tentando me explicar acerca de minhas condições de maneira amável, porém percebi que ela tinha receio de se chegar muito perto de mim. Pedi-lhe então que chamasse o médico que havia me atendido.

Ao chegar no quarto, o médico disse que não sabia o que havia de errado comigo. A princípio ele pensou que eu tivesse contraído malária mas os resultados deram negativo. Ele explicou que minha temperatura, pulsação e pressão saguíneas estavam perigosamente baixas demais, porém ele não saberia dizer qual era a causa. Ele disse que não havia nada que pudesse fazer por mim; ele não poderia me manter internada pois eu não estava doente. O soro sequer estava funcionando, e só começou a funcionar quando abri meus olhos. Ele recomendou à enfermeira que aplicasse outra dose de soro para que eu tivesse forças para voltar para casa, já que a primeira dose havia acabado.

Fiquei aterrorizada com as coisas que vi naquele lugar, de forma que não conseguia parar de chorar. O odor fétido daquele lugar continuava tão real como quando estive lá. As cenas daquele lugar apareciam em minha mente o tempo todo. Eu não conseguia dormir e sentia dores pelo corpo todo. Sentia como se meus membros tivessem sido arrancados e recolocados no lugar. Eu estava péssima. Também padeci de diarréia e de uma dor-de-cabeça lancinante durante a semana inteira.

Eu estava convencida de que não deveria contar à ninguém acerca dessa experiência, pois afinal, quem iria acreditar? O que as pessoas iriam pensar? Continuei falando à mim mesma que jamais poderia relatar minha experiência à alguém. Então uma de minhas líderes na igreja telefonou 3 dias depois perguntando se estava bem, já que eu havia lhe enviado uma mensagem de texto pedindo que orasse por mim. Quando dei por mim, percebi que já tinha lhe contado praticamente a história toda. Nessa hora eu queria poder chutar a mim mesma. Comecei a chorar, pois estava convencida de que este havia sido o maior erro de minha vida. Agora que a história já havia sido contada, não havia como escondê-la de mais ninguém. Percebo agora que quando Deus quer que algo seja dito, será dito. Ele é Deus acima de todas as coisas.

Em 19 de agosto acordei sentindo uma grande unção sobre meu corpo físico. Sentia-me fraca e trêmula enquanto ondas de eletricidade percorriam todo meu corpo. À noite vi uma luz brilhante entrando pelo quarto e no meio da luz estava aquele mesmo homem de antes. Desta vez Ele se sentou numa cadeira próxima à minha cama. Eu não tinha idéia de onde veio aquela cadeira, mas ela apareceu assim que Ele Se mostrou disposto a Se sentar. Era uma bela cadeira feita de ouro maciço; o aspecto era de uma cadeira convencional, com apoio nas costas. Em cada perna havia uma estrela prateada incrustada no ouro; também havia uma estrela no meio do apoio para as costas. Haviam também rodas em cada perna.

Após saudar-me, Ele me fitou e disse que sabia que eu tinha muitas dúvidas acerca de Sua identidade, por isso Ele veio Se revelar à mim e me explicar algumas das coisas que experenciei. Ele disse: “Eu sou Jesus Cristo, seu Salvador. Caso você tenha alguma dúvida, olhe para minhas mãos. Aquele lugar onde fomos é o Inferno.” Quando olhei para Suas mãos, vi cicatrizes no lugar perfurado pelos pregos.

Querido amigo, quero lhe dizer que o inferno não é produto da imaginação de alguém, e sim um lugar real e nem um pouco agradável. Ele não foi feito para as pessoas e sim para Satanás e seus demônios. Nosso lugar é no Céu ao lado de Jesus, mas para isso precisamos escolher a Jesus antes que seja muito tarde. Hoje, ao ouvir Sua voz, não endureça seu coração; aceite Jesus como seu Salvador pessoal hoje mesmo e viva para Ele. O inferno é um lugar terrível: é um lugar de medo e tristeza; é um lugar de tormento, de choro eterno e de ranger de dentes. Satanás quer levar o maior número possível de pessoas para lá. Não coopere com ele; mas coopere com Jesus e assim você viverá, não morrerá.

Eu não entendia como o Senhor podia me dizer para escolher um dos dois grupos que Ele me mostrou no inferno sendo que eu já era uma cristã nascida de novo. Aceitei-O em minha vida e mesmo assim Ele ainda me dizia para decidir se eu queria ou não ir para o inferno. Eu não conseguia compreender. Então comecei a orar e pedi a Deus que me desse a revelação daquilo que Ele queria dizer e daquilo que Ele queria que eu fizesse. O Senhor me revelou então que eu ainda possuía ressentimento e não liberava perdão à uma uma de minhas irmãs e à uma de minhas primas. Pedi ao Senhor que me perdoasse por minha falta de perdão; depois pedi perdão à minha irmã por ter guardado rancor e amargura em relação à ela. Além disso Ele me instruiu a pedir perdão à minha prima também.

O Senhor também atentou ao fato de que eu havia conseguido meu emprego de professora usando um diploma falso, e Ele considera isso uma forma de roubo e dívida. Eu estava determinada a fazer o que é certo e pedi ao Senhor que me ajudasse a solucionar esse problema e que me mostrasse o que eu deveria fazer, pois trata-se de um crime grave que poderia me colocar atrás das grades. Ele me instruiu a ir ao Departamento de Educação a fim de confessar o que havia feito. Eu estava pronta a ir para a cadeia, o que era inevitável. No entanto, tive a oportunidade de provar da misericórdia do Senhor de forma tremenda. Os oficiais do Departamento de Educação me disseram que eu deveria escolher uma das opções: pagar todos os salários que recebi do governo ou não pagar. Eles prometeram não levar o caso à imprensa pois ficaram admirados com minha confissão. O nosso Deus é um Deus fiel que honra Sua palavra.

Caso você esteja numa situação similar, eu quero encorajá-lo a fazer o que é certo, não importa quais sejam as consequências. Você até pode ser mandado pra cadeia terrena, mas lembre-se que ela é temporal. Não há dor ou vergonha comparáveis à uma eternidade afastada de Deus. O inferno não é um bom lugar para se estar: é melhor permitir que Deus julgue você agora mesmo antes que seja tarde demais. Não precisamos temer o julgamento de Deus enquanto estivermos no tempo da Graça: temos de permitir que Ele exponha tudo que há de errado em nossas vidas enquanto ainda temos tempo de nos consertar com Ele, pois não há possibilidade de perdão no outro lado da sepultura.

 

Segunda viagem ao inferno

No dia 18 de outubro de 2005 acordei às 5:30 da manhã mas não pude ir trabalhar. Sentia-me muito fraca e tonta; sequer conseguia me mover ou me virar na cama pois a presença do Senhor dentro de meu quarto era muito poderosa. Eu tremia, sentia eletricidade por todo meu corpo. O Senhor apareceu para me buscar um pouco antes das 8:00, já que lembro que o relógio marcava 7:48 quando vi pela última vez, e logo depois disso Ele chegou. Ele me saudou e disse que deveríamos partir pois o tempo passa muito rápido. Levantei-me e começamos a caminhar. O caminho que percorríamos nesse dia era muito diferente do caminho que fizemos na outra vez; apesar de nossas pernas se moverem como se estivéssemos caminhando, na verdade nós flutuávamos. Enquanto caminhávamos, Jesus me disse que todos os pecados são malignos e não há diferença entre pecado pequeno e pecado grande. Todos os tipos de pecado levam à morte, não importa que pareçam pequeno ou grande. O Senhor me avisou que estávamos indo visitar o inferno novamente e me perguntou se estava atemorizada. Então respondi que sim, eu estava com medo.

Ele disse que“O espírito de medo não vem de Meu Pai ou de Mim, mas sim de Satanás. O medo faz com que você faça coisas que irão levá-la ao inferno.”

Sem fé é impossível agradar a Deus e o medo é o oposto da fé. É óbvio que o medo não agrada a Deus pois destrói a fé da pessoa. Durante todo o tempo em que caminhávamos íamos lado-a-lado e assim que chegamos no portão do inferno, Ele tomou minha mão e a segurou todos os segundos em que estivemos lá. Eu fiquei muito feliz quando o Senhor tomou minha mão, pois a firmeza de Sua mão removia todo o medo dentro de mim. O lugar continuava do mesmo jeito: nada havia mudado desde a primeira vez que estive lá. Haviam moscas, vermes, muito calor, o cheiro fétido, esqueletos, barulho: tudo exatamente como na primeira vez. Passamos pelo mesmo portão horrível de antes e então o Senhor me levou a um certo grupo de pessoas. Nesse grupo vi várias pessoas que conheci quando eram vivas na Terra. As pobres pessoas estavam num estado terrível; elas pareciam miseráveis e em grande agonia, mas o pior de tudo era a falta de esperança em suas faces.

O Senhor apontou para uma mulher de meia-idade a qual conheci em vida. Ela havia falecido em um acidente de carro no começo de 2005. Fiquei chocada ao ver aquela mulher no inferno pois todos nós a conheciamos como uma pessoa temente a Deus e que O amava muito. O Senhor disse que aquela mulher O amava e Ele também a amava; ela havia servido o Senhor em vida; ela levou muitas pessoas à Cristo e ela conhecia a Palavra muito bem. Ela sempre foi atenciosa para com os pobres e necessitados; ela sempre os ajudava de todas as formas possíveis. Ela foi uma boa serva do Senhor em praticamente todos os sentidos.

Essas palavras vindas do Senhor me deixaram ainda mais chocada e então perguntei o porquê Dele ter permitido um servo Seu ir parar no inferno. O senhor olhou para mim e disse que essa senhora havia acreditado no engano de Satanás. Apesar dela conhecer muito bem as Escrituras, ela acreditava na mentira de Satanás de que havia diferença entre pecado pequeno e pecado grande. Ela acreditava que um ‘pecadinho’ não haveria de levá-la ao inferno, já que era cristã.

O Senhor continuou dizendo:“Eu a avisei várias vezes e a exortei a parar de fazer aquilo, mas ela sempre achava que aquilo que praticava era insignificante e concluía que Meus avisos não eram nada mais do que seu próprio sentimento de culpa. Teve uma época que ela parou por um tempo, mas logo depois se convenceu de que o aviso não vinha de Mim e sim de sua própria voz interior, pois aquele pecado era muito insignificante para ofender o Espírito Santo.”

Pedi novamente ao Senhor para me contar qual era o pecado que essa mulher havia cometido e Ele respondeu que: “Essa mulher tinha uma amiga que era enfermeira no Hospital Oshakati. Todas as vezes que essa mulher ficava doente, ela não ía ao hospital a fim de não pagar as taxas como todo paciente faz; ao invés disso, ela pegava o telefone e pedia à sua amiga que pegasse os remédios necessários na dispensa do hospital. Sua amiga sempre concordava e depois ela ía pegar os remédios na hora combinada. Em primeiro lugar, ela decidiu aceitar a mentira do Diabo sobre pecado pequeno e pecado grande e fazendo isso ela rejeitou Minha verdade;ela também fez com que outra pessoa pecasse e furtasse em favor dela própria, mas o pior de tudo é que ELA OFENDEU O ESPÍRITO SANTO. Esse é o motivo dela estar no inferno. Não importa que você traga milhares de almas para o Senhor; ainda é possível que você vá para o inferno caso ofenda o Espírito Santo. Você não deve apenas se importar com a salvação dos outros, mas também deve estar atento a não esquecer de sua própria alma. Esteja sensível ao Espírito Santo todo o tempo.” Depois de proferir essas palavras, o Senhor disse que deveríamos voltar.

Muitos cristãos que ouvem essa história consideram esse assunto complexo. Sempre ouço perguntas do tipo: “Mas o que você me diz sobre justificação, misericórdia e graça?” e também se “é possível perder sua salvação depois de recebê-la?” “Isso não é severo demais?” “Pode Deus ser tão cruel assim?”

Bem, como eu disse no começo do livro, não estou apresentando nenhuma teologia aqui. Apenas estou contando aquilo que o Senhor havia mostrado e ensinado à mim – e também aquilo que Ele permitiu que eu testemunhasse. Por favor consulte sua Bíblia para obter respostas. Veja os seguintes versos e faça seu próprio julgamento.

“Antes subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha dalguma maneira a ficar reprovado.” (1Coríntios 9:27)

“Que diremos pois? Permaneceremos no pecado para que a graça abunde? De modo nenhum! Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? (Romanos 6:1-2)

“Não reine portanto o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências.” (Romanos 6:12)

“Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados. Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários.” (Hebreus 10:26 –27)

É possível que eu vá para o inferno depois de servir o Senhor e levar muitos à Cristo? Você é o juíz!

 

Desobediência

Na segunda-feira, dia 6 de março de 2006, fui acordada pelo meu despertador que tocou às 5:30 da manhã. Comecei a orar e percebi que havia uma grande unção sobre mim. Senti meu corpo fraco e trêmulo; ondas de eletricidade percorriam meu corpo.

À tarde quando estava deitada na cama vi uma luz brilhante enchendo o quarto. Vi minúsculas bolinhas brancas do tamanho da cabeça de uma agulha. Essas pequenas contas redondas caíam como chuva e penetravam em minha pele. Também vi uma nuvem, algo como uma névoa branca vinda de cima; essa névoa também preenchia o quarto e penetrava em minha pele quando a tocava. Logo pude ver Jesus vindo caminhando do meio da névoa. Ele Se sentou em Sua cadeira próximo a minha cama. Eu não fazia idéia de onde apareceu aquela cadeira; ela simplesmente aparece assim que Ele faz menção de Se sentar. É uma bela cadeira de ouro maciço; seu formato é similar ao da maioria das cadeiras normais com suporte para as costas. Cada perna é uma estrela prateada; uma estrela similar, porém maior serve de apoio para as costas. E em cada perna há uma roda.

Jesus me saudou e esticou Sua mão em minha direção, dizendo que levantasse pois o tempo passa muito rápido. Ele me puxou pela mão fazendo com que sentasse na cama.

Então Ele disse:“Victoria, vamos orar.” Ele orou em uma língua que eu não conheço. A única palavra que compreendi foi ‘Amém’. Ele me perguntou o que eu estava vendo, então lhe contei que via grupos de pessoas indo aos seus lugares de trabalho, e outras chegando no serviço. Eu também via pequenas contas brancas caindo sobre aqueles que chegavam primeiro em seu local de trabalho. Depois do primeiro grupo, chegou outro grupo mais tarde. Mas nessa hora a chuva de pequenas contas havia terminado.

Também vi diferentes grupos de pessoas chegando em diferentes igrejas em uma manhã de domingo. A chuva de contas brancas começou a cair assim que os primeiros fiéis entraram na igreja. E continuava a cair até que em um certo momento a chuva parou. Aqueles que chegaram depois não receberam nada.

Jesus perguntou o que eu havia compreendido dessas visões e eu disse que não havia entendido o significado. Então Ele explicou que: “Essas visões significam que todas as vezes que você tem de estar em determinado lugar e determinada hora é porque há anjos distribuindo bênçãos nesse horário específico. Se você chega no tempo certo, você recebe suas bênçãos, mas caso você se atrase, você perde suas bençãos para aquele dia, já que os anjos distribuem essas bençãos para um horário específico. Victoria, Eu quero lhe avisar disso pois você sempre chega atrasada no trabalho e principalmente no culto da igreja. Você tem de saber que todas as vezes que você se atrasa sem nenhum motivo válido, você perde para sempre as bênçãos desse dia e elas nunca mais retornarão para você. Victoria você tem de parar com isso e nunca mais haja dessa maneira, a menos que você tenha um motivo válido para chegar atrasada.”

Quando o Senhor disse essas palavras, eu realmente tive vontade de sumir ou de Lhe dar alguma desculpa aceitável para minha indisciplina. Contei-Lhe que muitas vezes eu acabava dormindo demais mas Ele fitou direto em meus olhos e disse que eu estava mentindo, pois eu tinha uma tendência péssima a voltar para a cama depois de ter acordado, de sucumbir ao desejo de dormir por ‘mais alguns minutinhos’.

Depois de Jesus ter me repreendido, Ele disse:“Levante-se. Vamos logo. O tempo passa muito rápido e temos coisas a fazer.”

Nessa hora o Senhor me levou a um lugar onde jamais havia estado antes; era também a primeira vez que caminhávamos pela estrada que pegamos nesse dia. Chegamos a um jardim cheio de belas flores e belas árvores verdes: nada na Terra é comparável à sua beleza. As flores eram de todos os tipos de belas cores vivas. Sentamo-nos em um belo banco de praça feito de ouro maciço com pequenas estrelas prateadas e brilhantes.

Ao sentarmos, Ele apontou para algo a nossa frente e disse: “Victoria, veja. Você consegue ver aquela cidade?” Quando olhei, vi uma cidade muito brilhante e enorme. Era de uma beleza além de qualquer descrição. A cidade possuía um portão brilhante e dourado, e em sua frente estava sentado um senhor de idade avançada. Ele tinha uma longa barba branca e cabelos brancos. Eu já havia visto esse senhor anteriormente, e quando perguntei a Jesus quem era essa homem, Ele respondeu que era Abraão, o pai da fé.

Eu vi muitas estradas pavimentadas com ouro nessa cidade. Haviam prédios altos que brilhavam como ouro. O brilho e luminosidade dessa cidade são indescritíveis.

Jesus se voltou para mim e perguntou: “O que você acha dessa cidade?”

Respondi que era muito bonita e que eu gostaria de ir lá. Jesus disse: “Eu vou te levar a esse lugar caso você continue obedecendo, pois é lá que estará sua morada. Continue obedecendo, pois se você desobedecer, Victoria, corvos irão voar sobre sua casa. Sua casa servirá de moradia para corujas e divertimento para demônios. No entanto, não tema pois Eu estou convosco. Apenas obedeça. Pois todo aquele que é desobediente terá sua casa coberta por corvos e servirá de moradia para corujas e divertimento para demônios.”

Jesus Cristo é real e ama a todos nós com um amor indescritível. Seu maior desejo é que nós escolhamos a vida a fim de passarmos a eternidade ao Seu lado. Seu coração sofre por cada um que morre e vai ao inferno por rejeitar a Salvação que Ele oferece, mas muitos preferem escolher o caminho da morte.

Mesmo que você seja um cristão nascido de novo, por favor, lembre-se sempre desse aviso: O Tempo passa muito rápido.