Perguntas sobre a Criação

O que diz a Bíblia sobre a criação versus evolução?

Este artigo não se propõe a apresentar um argumento científico no debate entre criação e evolução. Se você estiver procurando por argumentos científicos a favor da Criação e/ou contra a evolução, recomendamos “Answers in Genesis”: http://www.answersingenesis.org e o “Institute for Creation Research: http://www.icr.org (ambos disponíveis em inglês). O propósito deste artigo é explicar, de acordo com a Bíblia, por que existe o debate “criação versus evolução”. Romanos 1:25 declara: “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.”

Um fator crucial que todos nós devemos reconhecer é que a vasta maioria dos cientistas que crêem na evolução são também ateus ou agnósticos. Há alguns que abraçam alguma forma de evolução teísta, e outros que têm uma visão deísta de Deus (Deus existe, mas não está envolvido no mundo... tudo acontece em seu curso natural). Há alguns que genuína e honestamente examinam estes dados e chegam à conclusão de que a Evolução se encaixa mais nos dados disponíveis. Mais uma vez, entretanto, estes representam uma porção insignificante dos cientistas que defendem a evolução. A vasta maioria dos cientistas evolucionistas atesta que a vida se desenvolveu inteiramente SEM QUALQUER intervenção de um Ser superior. A evolução é, por definição, uma ciência naturalista.

Para que o ateísmo seja verdade, deve haver uma explicação alternativa para como o universo e a vida chegaram a existir. Apesar de crenças em alguma forma de evolução serem anteriores a Charles Darwin, Darwin foi o primeiro a desenvolver um modelo plausível de como a evolução pode ter ocorrido: a seleção natural. Uma vez Darwin se identificou como cristão, mas mais tarde renunciou a fé cristã e a existência de Deus como resultado de algumas tragédias ocorridas em sua vida. A evolução foi “inventada” por um ateu. O objetivo de Darwin não foi tentar derrubar a verdade da existência de Deus, mas este foi um dos resultados finais da teoria da evolução. A evolução é um suporte do ateísmo. Os cientistas evolucionistas da atualidade provavelmente não admitiriam que seu objetivo é dar uma explicação alternativa para a origem da vida, e portanto estabelecer uma base para o ateísmo. Entretanto, de acordo com a Bíblia, isto é exatamente o porquê da existência da teoria da evolução.

A Bíblia nos diz: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus” (Salmos 14:1; 53:1). A Bíblia também proclama que as pessoas não têm desculpas para não crerem em um Deus Criador, “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis” (Romanos 1:20). De acordo com a Bíblia, qualquer um que negar a existência de Deus é um tolo. Por que, então, há tantas pessoas, incluindo alguns cristãos, que “aceitam” que os cientistas evolucionistas são intérpretes imparciais das informações científicas? De acordo com a Bíblia, são todos tolos! O fato de serem tolos não implica falta de inteligência. A maioria dos cientistas evolucionistas é intelectualmente brilhante. O fato de serem tolos indica uma incapacidade de aplicar adequadamente o conhecimento. Provérbios 1:7 nos diz: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.”

Os cientistas evolucionistas debocham da Criação e/ou do Design Inteligente como sendo não-científicos, e não valendo a pena serem examinados cientificamente. Para que algo seja considerado como uma “ciência”, dizem eles, deve estar sujeito à observação e ser provado, deve ser “naturalista”. A criação, por definição, é algo “supernatural”. Deus e o supernatural não podem ser observados ou testados (e por aí continua a discussão), e por este motivo, a Criação e/ou o Design Inteligente não podem ser considerados como uma ciência. Como resultado, toda a informação é filtrada através da pré-concebida, pressuposta e pré-aceita teoria da evolução, sem explicações alternativas a serem consideradas.

Contudo, a origem do universo e a origem da vida não podem ser testadas ou observadas. Tanto a Criação quanto a evolução são sistemas baseados na fé, ao falar das origens. Nenhuma das duas pode ser testada, pois não se pode voltar atrás bilhões (ou milhares) de anos para se observar a origem do universo e da vida no universo. Os cientistas evolucionistas rejeitam a Criação com bases que logicamente os forçariam a também rejeitar a evolução como uma explicação “científica” para as origens. A evolução, pelo menos em relação às origens, não se encaixa na definição de “ciência”, assim como não o faz a criação. A evolução é supostamente a única explicação das origens que pode ser testada; por este motivo, é a única teoria das origens que pode ser considerada “científica”. Isto é tolice! Os cientistas que defendem a evolução estão rejeitando uma teoria plausível das origens sem ao menos examinar seus méritos com honestidade, somente por não se encaixar em sua ilogicamente estreita definição de “ciência”.

Se a Criação é verdadeira, então há um Criador perante O Qual somos responsáveis. A Evolução é um suporte ao ateísmo. A Evolução dá aos ateus uma base para que expliquem como a vida existe longe de um Deus Criador. A Evolução nega a necessidade de um Deus que esteja envolvido com o universo. A Evolução é a “teoria da criação” para a “religião” do ateísmo. De acordo com a Bíblia, a escolha é clara. Podemos crer na Palavra de nosso onipotente e onisciente Deus, ou podemos crer nas ilogicamente tendenciosas explicações “científicas” vinda de tolos.

A fé em Deus e a ciência se contradizem?

A ciência se define como “a observação, identificação, descrição, investigação experimental e explicação teórica de fenômenos”. A ciência é um método que a humanidade pode usar para obter uma maior compreensão do universo natural. É uma busca pelo conhecimento através da observação e adivinhação. Os avanços na ciência demonstram o alcance da lógica e imaginações humanas. Entretanto, a crença de um cristão na ciência nunca deve ser como nossa crença em Deus. Um cristão pode ter fé em Deus e respeito pela ciência, contanto que nos lembremos do que é perfeito e do que não é.

Nossa crença em Deus é uma crença de fé. Cremos em Seu Filho para a salvação, temos fé em Sua Palavra para instrução e fé em Seu Santo Espírito para orientação. Nossa fé em Deus deve ser absoluta, pois quando colocamos nossa fé em Deus, confiamos em um Criador perfeito, onipotente e onisciente. Nossa crença na ciência deve ser intelectual, e nada mais. Podemos contar com a ciência para fazer muitas coisas importantes, mas também podemos ter por certo que a ciência cometerá erros. Se colocarmos fé na ciência, confiamos no homem imperfeito, pecador, mortal e limitado. A ciência através da história tem se equivocado a respeito de muitas coisas, como o formato da terra, vacinas, transfusões de sangue e até mesmo reprodução. Deus jamais se equivocou.

Um cristão não deve temer a verdade, e então não há razão para que um cristão tema ou odeie a boa ciência. Aprender mais sobre como Deus construiu nosso universo ajuda a raça humana a apreciar a maravilha da criação. Expandir nosso conhecimento nos ajuda a combater a enfermidade, a ignorância e mal entendidos. Contudo, é perigoso quando os cientistas buscam sua fé na lógica humana acima da fé em nosso Criador. Estas pessoas não se diferenciam em nada de qualquer devoto de uma religião: escolheram a fé no Homem, e encontrarão fatos para defendê-la.

Ainda assim, os cientistas mais racionais, mesmo aqueles que se recusam a crer em Deus, admitem que há um grande vazio em nosso entendimento do universo. Eles admitem que nem Deus nem a Bíblia podem ser provados ou deixar de ser provados pela ciência, assim como muitas de suas teorias favoritas também não podem ser provadas ou deixar de ser provadas. A ciência existe para ser uma disciplina verdadeiramente neutra, que busca somente a verdade. E Deus sempre teve a intenção de que viéssemos a Ele através da fé, e não através da lógica.

Grande parte da ciência apóia a existência da obra de Deus. Salmos 19:1 nos diz: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” Conforme a ciência moderna descobre mais a respeito do universo, mais evidências encontramos a respeito da Criação. A assombrosa complexidade da reprodução do DNA, as intrincadas e interconectadas leis da física e a absoluta harmonia das condições e química aqui na terra, tudo isso serve de prova à mensagem da Bíblia. Um cristão deve abraçar a ciência que busca a verdade, mas rejeitar os “sacerdotes da ciência” que colocam a sabedoria humana acima de Deus.

O que é a Teoria do Design Inteligente?

A Teoria do Design Inteligente diz que “causas inteligentes são necessárias para explicar as complexas e ricas estruturas da Biologia, e que estas causas são empiricamente detectáveis.” Certas características biológicas desafiam o padrão darwiniano de “coincidências fortuitas”. Elas parecem haver sido desenhadas. Uma vez que o desenho necessita, logicamente, de um desenhista inteligente, a aparência do desenho (design) é citada como evidência para a existência de um Desenhista (designer). Há três argumentos primários na Teoria do Design Inteligente: (1) complexidade irredutível, (2) complexidade específica e (3) princípio antrópico.

(1) Complexidade irredutível é definida como “...um único sistema que é composto de várias partes interativas bem integradas que contribuem para a função básica, e de onde a retirada de qualquer das partes faz com que o sistema deixe de funcionar efetivamente.” Colocado de forma simples, a vida é composta de partes interligadas que dependem umas das outras para que sejam úteis. A mutação ao acaso pode contribuir para o desenvolvimento de uma nova parte, mas não para o desenvolvimento de múltiplas partes necessárias para o funcionamento do sistema. Por exemplo, o olho humano é, obviamente, um sistema muito útil. Sem o globo ocular (que é em si mesmo um sistema de complexidade irredutível), o nervo ótico e o córtex visual, um olho que sofreu mutações ao acaso seria na verdade contra producente à sobrevivência de uma espécie, e seria por isso eliminado através do processo de seleção natural. Um olho não é um sistema útil a não ser que todas as suas partes estejam presentes e funcionando apropriadamente ao mesmo tempo.

(2) A complexidade específica é o conceito de que, uma vez que padrões complexos específicos podem ser encontrados em organismos, alguma forma de orientação deve ter sido responsável por sua aparição. O argumento para a complexidade específica estabelece que é impossível que padrões complexos tenham se desenvolvido através de processos do acaso. Por exemplo, uma sala com 100 macacos e 100 máquinas de escrever pode produzir eventualmente algumas palavras, ou mesmo uma frase, mas nunca produzira uma peça shakespeariana. E quão mais complexa é a vida do que a obra de Shakespeare?

(3) O princípio antrópico afirma que o mundo e o universo estão “finamente ajustados” para permitir a vida na terra. Se a proporção dos elementos no ar da terra fosse alterada minimamente, muitas espécies, com muita rapidez, deixariam de existir. Se a terra fosse algumas poucas milhas mais perto ou longe do sol, muitas espécies desapareceriam. A existência e desenvolvimento da vida na terra requerem que tantas variáveis estejam perfeitamente harmonizadas que seria impossível que todas as variáveis chegassem a ser como são apenas pelo acaso, por eventos não-coordenados.

Ao mesmo tempo em que a Teoria do Design Inteligente não pretende identificar a fonte de inteligência (seja esta Deus, OVINIS, etc.), a vasta maioria dos teóricos da Teoria do Design Inteligente são teístas. Eles vêem a presença do desenho que transcende ao mundo biológico como evidência da existência de Deus. Há, entretanto, alguns ateus que não conseguem negar a forte evidência do desenho, mas se recusam a reconhecer um Deus Criador. Eles tendem a interpretar a informação como evidência de que a terra foi semeada por algum tipo de raça superior ou criaturas extraterrestres (alienígenas espaciais).

A Teoria do Design Inteligente não é Criacionismo bíblico. Há uma importante diferença entre as duas posições. Os criacionistas bíblicos começam com uma conclusão: que o relato bíblico da criação é confiável e correto; que a vida na terra foi desenhada por um Agente Inteligente (Deus). Então eles procuram por provas, na esfera natural, que comprovem esta conclusão. Os teóricos do Desenho Inteligente começam com a esfera natural e chegam à conclusão subseqüentemente: de que a vida na Terra foi desenhada por um Agente Inteligente (quem quer que tenha sido).

Qual a idade da terra? Quantos anos tem a terra?

Dado o fato de que, de acordo com a Bíblia, Adão foi criado no sexto dia da existência de nosso planeta, podemos, com base na Bíblia, determinar uma idade aproximada para a terra, observando os detalhes cronológicos da raça humana. Isto, é claro, presume que o relato de Gênesis seja preciso, que os seis dias da criação descritos em Gênesis sejam períodos literais de 24 horas, e que não haja nenhum ambíguo vazio cronológico.

As genealogias listadas em Gênesis capítulos cinco e onze dão a idade em que Adão e seus descendentes geraram a próxima geração em uma sucessiva linha ancestral de Adão a Abraão. Determinando-se onde Abraão se encaixa na história cronológica e adicionando as idades dadas em Gênesis capítulos cinco e onze, fica aparente que a Bíblia ensina que a terra tenha cerca de 6.000 anos de idade, com poucas centenas a mais ou a menos.

E quanto à idéia popular de que a terra tem de cerca de 4,6 bilhões de anos, aceita pela maioria dos cientistas hoje e ensinada na vasta maioria de nossas instituições acadêmicas? Esta idade é primeiramente derivada de duas técnicas em se determinar a idade: por radiometria e escala do tempo geológico. Os cientistas que defendem uma idade menor, de aproximadamente 6.000 anos, insistem que o método da radiometria é falho, pois se baseia em uma série de suposições inexatas, enquanto a escala de tempo geológico falha por empregar cogitações circulares. Além disso, eles apontam para o repúdio dos mitos da velha terra, como a popular falsa idéia de que a estratificação, fossilização e a formação de diamantes, carvão, petróleo, estalactites, estalagmites, etc, leve longos períodos em sua formação. Finalmente, os defensores para uma menor idade da terra apresentam evidências positivas para esta menor idade, em vez das evidências apresentadas para uma idade mais longa, as quais refutam. Os cientistas que defendem uma idade menor para a terra reconhecem que são minoria hoje em dia, mas insistem que sua credibilidade com o tempo aumentará, conforme mais e mais cientistas reexaminarem as evidências e olharem mais de perto para o paradigma atualmente aceito para uma terra mais velha.

Por último, a idade da terra não pode ser provada. Seja 6.000 anos ou 4,6 bilhões de anos, ambos os pontos de vista (e todos aqueles entre estes dois) se baseiam em fé e suposições. Aqueles que sustentam 4,6 bilhões de anos crêem que métodos tais como a radiometria sejam confiáveis, e que nada ocorreu na história que possa ter perturbado a desintegração normal dos radioisótopos. Aqueles que sustentam que a terra tenha 6.000 anos crêem na veracidade da Bíblia, e que outros fatores expliquem a “aparente” idade da terra, como o dilúvio global, ou Deus criando o universo em um estado que faz com que “pareça” ter muito mais idade. Como exemplo, Deus criou Adão e Eva como seres humanos adultos. Se um médico tivesse examinado Adão e Eva no dia de sua criação, o médico teria feito uma estimativa de que tivessem 20 anos (ou qualquer idade que aparentassem ter), quando, na verdade, Adão e Eva tinham menos de um dia de vida. Qualquer que seja o caso, há sempre um bom motivo para confiar na Palavra de Deus acima da palavra de cientistas ateus com uma agenda evolucionista.

O dilúvio de Noé foi global ou local?

Quando se examina as passagens bíblicas, fica claro que o dilúvio foi global. Gênesis 7:11 afirma que “se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram”. É aparente, a partir de Gênesis 1:6-7 e 2:6 que o ambiente pré-dilúvio era muito diferente do que o que temos hoje. Baseados nesta e em outras descrições bíblicas, assim como em registros fósseis e achados geológicos atuais, é razoavelmente especulado que outrora a terra se encontrava coberta por algum tipo de toldo de água. Este toldo poderia ser um toldo de vapor ou consistir de anéis, de alguma forma parecidos com os anéis de Saturno. Isto, em combinação com a grande camada de água subterrânea, ambas jorrando sobre a terra, (Gênesis 2:6) teria resultado em um dilúvio global.

Os versos mais claros que mostram a extensão do dilúvio são Gênesis 7:19-23: “E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos. Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos. E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, e todo o homem. Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu. Assim foi destruído todo o ser vivente que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca.”

Na passagem acima, não apenas encontramos a palavra “todo” (e suas derivadas) usada repetidamente, mas também encontramos expressões como “e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos”, “Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos” (o suficiente para permitir a passagem da arca com segurança acima deles), e “E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, e todo o homem. Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu”. Se estas descrições não forem para descrever um dilúvio universal cobrindo toda a terra, não sei como Deus poderia tê-lo feito de forma mais clara. Além disso, se o dilúvio foi somente localizado, por que Deus instruiu Noé a construir uma arca ao invés de simplesmente fazer com que os animais migrassem e dizer a Noé para fazer o mesmo? E por que Ele instruiu Noé a construir uma arca grande o suficiente para abrigar todos os diferentes tipos de animais terrestres encontrados na terra nos dias de hoje? Pode-se notar que até os dinossauros começam pequenos, e não teria sido necessário que Noé tivesse trazido para dentro da arca animais já crescidos.

Deus instruiu Noé a colocar dois de cada animal terrestre (vida aquática estava excluída) para dentro da arca (Gênesis 6:19-22) com exceção de “animais limpos”, e em relação a todas as aves, deveria haver sete de cada tipo na arca (Gênesis 7:2-3).

Pedro também descreve a universalidade do dilúvio em II Pedro 3:6-7, onde afirma: “Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio, Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios.” Nestes versos Pedro compara o julgamento “universal” vindouro ao dilúvio do tempo de Noé e afirma que o mundo que outrora existia foi inundado com água. Também, a promessa de Deus (Gênesis 8:21; 9:11; 15) de nunca mais mandar tal dilúvio já teria sido quebrada se se tratasse apenas de uma inundação local. Além disso, todos os homens no mundo de hoje, segundo Gênesis 9:1,19, descendem dos três filhos de Noé, e muitos escritores bíblicos posteriores aceitaram a historicidade do Dilúvio mundial (Isaías 54:9; I Pedro 3:20; II Pedro 2:5; Hebreus 11:7). Por último, o Senhor Jesus Cristo creu no Dilúvio universal e o tomou como o tipo de destruição vindoura do mundo, quando Ele retornar (Mateus 24:37-39; Lucas 17:26-27).

Há muitas evidências fora da Bíblia que apontam para uma catástrofe mundial como um dilúvio global. As várias sepulturas fósseis encontradas em todos os continentes, a grande quantidade de depósitos de carvão que exigiriam que grandes quantidades de vegetação fossem cobertas rapidamente, o fato de que fósseis oceânicos foram encontrados em topos de montanhas ao redor do mundo, as mais de 270 histórias de dilúvios vindas de todas as partes do mundo, e a grande extensão de formações geológicas mostrando vastas camadas de depósitos de sedimentos (incluindo aqueles encontrados no Grand Canyon (Estados Unidos), tudo isto validando a ocorrência de uma inundação global.

O que diz a Bíblia a respeito dos dinossauros? Encontramos dinossauros na Bíblia?

O tema dos dinossauros na Bíblia é parte de um debate que se desenvolve dentro da comunidade cristã a respeito da idade da terra, da interpretação correta do Gênesis e de como interpretar as evidências físicas que nos cercam. Aqueles que acreditam em uma idade mais antiga para a terra tendem a concordar que a Bíblia não menciona os dinossauros, pois, de acordo com seu paradigma, os dinossauros desapareceram milhões de anos antes que o primeiro homem andasse sobre a terra. Os homens que escreveram a Bíblia não poderiam ter visto dinossauros ainda vivos.

Aqueles que crêem que a terra é mais jovem tendem a acreditar que a Bíblia menciona os dinossauros, apesar de jamais haver usado a palavra “dinossauro”. Ao invés, usa a palavra tanniyn, vinda do Hebraico. Tanniyn é traduzida de algumas poucas maneiras diferentes nas Bíblias de língua inglesa; às vezes como “monstro do mar”, às vezes como “serpente”. É mais comumente traduzida como “dragão”. Tanniyn parece ter sido algum tipo de réptil gigante. Estas criaturas são mencionadas quase trinta vezes no Antigo Testamento e são encontradas tanto em terra quanto no mar.

Além de mencionar estes répteis gigantes quase trinta vezes no Antigo Testamento, a Bíblia descreve algumas criaturas de tal modo que alguns estudiosos acreditam que os escritores poderiam estar descrevendo dinossauros. Behemoth é descrita como a mais poderosa de todas as criaturas de Deus, um gigante cuja cauda é comparada à árvore de cedro (Jó 40:15 em diante). Alguns estudiosos tentaram identificar Behemoth como um elefante ou hipopótamo. Outros dizem que tanto elefantes quanto hipopótamos têm caudas muito finas, nada que se possa comparar ao cedro. Os dinossauros como o Braquiossauro e o Diplodocus, por outro lado, tinham caudas enormes que poderiam facilmente ser comparadas à árvore do cedro.

Quase toda a civilização antiga tem algum tipo de arte descrevendo criaturas répteis gigantes. Desenhos ou entalhes sobre rocha, artefatos e até pequenas estátuas de barro descobertas na América do Norte se parecem com representações modernas de dinossauros. Entalhes em rochas na América do Sul representam homens montando criaturas parecidas com o Diplodocus e, assombrosamente, assemelham-se com imagens familiares como o Triceratops, Pterodáctilo e Tiranossauro Rex. Os Mosaicos romanos, a cerâmica maia e muros da cidade babilônica são testemunhos dessa fascinação cultural e geograficamente sem fronteiras do homem com essas criaturas. Sérias narrativas como as de Il Milione de Marco Polo se mesclam com fantásticos contos de bestas que acumulam tesouros. Narrações atuais de observações sobrevivem, apesar de serem tratadas com espantoso ceticismo.

Além do volume substancial de evidências antropológicas e históricas a favor da coexistência de dinossauros e homens, há outras evidências físicas, como as pegadas fossilizadas de humanos e dinossauros, descobertas juntas em lugares da América do Norte e oeste da Ásia central.

Para finalizar, encontramos dinossauros na Bíblia? Este assunto está longe de ser resolvido. Depende de como se interpreta as evidências disponíveis e de como se vê o mundo ao redor. Aqui em GotQuestions.org, acreditamos na interpretação da terra jovem e aceitamos que os dinossauros e homens coexistiram. Cremos que os dinossauros desapareceram algum tempo depois do Dilúvio devido à combinação de dramáticas mudanças ambientais e por terem sido incessantemente caçados pelo homem, até a completa extinção.

Por que Deus colocou a árvore do conhecimento do bem e do mal no Jardim do Éden?

Deus colocou a árvore do conhecimento do bem e do mal no Jardim do Éden para dar a Adão e Eva uma escolha: obedecer ou não a Ele. Adão e Eva tinham liberdade para fazer qualquer coisa que quisessem, exceto comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Gênesis 2:16-17: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Se Deus não tivesse dado a Adão e Eva a escolha, eles seriam essencialmente robôs, simplesmente fazendo o que foram programados para fazer. Deus criou Adão e Eva para serem seres “livres”, capazes de tomar decisões, capazes de escolher entre o bem e o mal. Para que Adão e Eva fossem verdadeiramente “livres”, deveriam ter uma escolha.

Não havia nada essencialmente mal a respeito da árvore ou de seu fruto. É improvável que o fato de comer o fruto desse a Adão e Eva algum outro conhecimento. Foi o ato de desobediência que abriu os olhos de Adão e Eva para o mal. Seu pecado de desobediência a Deus trouxe o pecado e o mal para o mundo e para suas vidas. Comer o fruto, como um ato de desobediência contra Deus, foi o que deu a Adão e Eva o conhecimento do mal. Gênesis 3:6-7: “E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.”

Deus não queria que Adão e Eva pecassem. Deus sabia antes quais seriam os resultados do pecado. Deus sabia que Adão e Eva pecariam, e trariam, desta forma, o mal, o sofrimento e a morte ao mundo. Por que, então, Deus colocou a árvore no Jardim do Éden e permitiu que Satanás tentasse Adão e Eva? Deus colocou a árvore do conhecimento do bem e do mal no Jardim do Éden para dar a Adão e Eva uma escolha. Deus permitiu que Satanás tentasse Adão e Eva para forçá-los a fazer uma escolha. Adão e Eva escolheram, por seu livre arbítrio, desobedecer a Deus e comer do fruto proibido. O resultado: o mal, o pecado, o sofrimento, a enfermidade e a morte têm trazido aflição e dor ao mundo desde então. Os resultados da decisão de Adão e Eva foram que cada pessoa nascesse com uma natureza pecaminosa, uma tendência a pecar. A decisão de Adão e Eva é o que, em última análise, criou a demanda para que Jesus Cristo morresse na cruz e derramasse Seu sangue em nosso lugar. Através da fé em Cristo, podemos ser libertos das conseqüências do pecado, e livres do próprio pecado. Que possamos ecoar as palavras do Apóstolo Paulo em Romanos 7:24-25a: “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor.”

O que é evolução teísta?

Evolucionismo teísta, ou evolução teísta, é um dos três grandes pontos de vista sobre a origem da vida, os outros dois sendo a Evolução Ateísta (também conhecida como Darwinismo) e Criação Especial.

Evolução Ateísta diz que Deus não existe e que a vida pode emergir, e assim o fez, naturalmente de blocos de construção preexistentes e sem vida sob a influência de leis naturais (como a gravidade, etc.), apesar de que a origem dessas leis naturais ainda não pôde ser explicada. Criação Especial diz que Deus criou a vida de forma direta, do nada ou de matéria preexistente. Há uma grande variedade de hipóteses sobre a Criação Especial que refletem uma variedade de tradições teístas. Para o propósito deste artigo, vamos nos focalizar na perspectiva bíblica e Cristã.

Evolução Teísta diz uma de duas coisas. Primeiro, se existe um Deus, Ele não estava diretamente envolvido no processo de origem da vida. Talvez ele tenha criado os blocos de construção, talvez Ele criou as leis naturais, talvez Ele tenha criado essas coisas com a emergência natural da vida em mente, mas em algum ponto no início, Ele se afastou e deixou sua Criação assumir a direção. Ele a deixou fazer o que faz, seja isso o que for, e a vida eventualmente surgiu de matéria morta. Essa opinião é semelhante à Evolução Ateísta, pois as duas presumem um origem da vida naturalística.

A segunda alternativa da evolução teísta é que Deus não executou apenas um ou dois milagres para dar origem à vida como a conhecemos. Seus milagres foram numerosos. Ele guiou a vida passo a passo em um percurso que a transformou de uma simplicidade primitiva a uma complexidade contemporária, semelhante à Árvore da Vida Evolucionária de Darwin (peixes deram origem aos anfíbios que deram origem aos répteis que deram origem aos pássaros e mamíferos, etc). Onde a vida não pôde evoluir naturalmente (como pode um membro de um réptil dar origem a uma asa de pássaro naturalmente?), nesse momento Deus teve que intervir. Essa opinião é semelhante à Criação Especial, pois presume que Deus agiu de forma supernatural de alguma forma para dar origem à vida como a conhecemos.

Há várias diferenças entre a perspectiva da Criação Especial bíblica e a da Evolução Teísta. Uma diferença significante diz respeito às suas opiniões sobre a morte. Evolucionistas teístas tendem a acreditar que a terra existe há bilhões de anos e que a coluna geológica que contém fósseis representa longos períodos de tempo. Já que o homem não surgiu até bem tarde nos registros de fósseis, evolucionistas teístas acreditam que muitas criaturas viveram, morreram e se tornaram extintas muito antes do homem surgir. Isso significa que a morte existia antes de Adão e de seu pecado.

Criacionistas Bíblicos (como os Criacionistas que defendem a Criação Especial bíblica são chamados) acreditam que a terra é relativamente jovem e que o registro de fósseis surgiu durante o Dilúvio de Noé. Acredita-se que a estratificação de camadas ocorreu devido à liquefação e classificação hidrológica, ambas as quais podem ser observadas. Isso coloca o registro de fósseis, morte e o massacre que esse registro descreve como acontecendo centenas de anos depois do pecado de Adão.

Uma outra diferença significante entre as duas posições é como elas interpretam Gênesis. Evolucionistas teístas tendem a defender interpretações alegóricas da semana de criação de Gênesis 1. Criacionistas Bíblicos defendem uma interpretação literal das 24 horas de Gênesis 1. (Leia também “Gênesis capítulo 1 significa dias literais de 24 horas?” neste website.)

Os dois pontos de vista de evolução teístas são falhos quando examinados sob uma perspectiva Cristã, pois nenhum deles se alinha com a narrativa da Criação que encontramos em Gênesis. Considere o seguinte:

Evolucionistas teístas imaginam um cenário Darwiniano no qual as estrelas evoluíram, então o nosso sistema solar, então a terra, então as plantas e animais, e eventualmente o homem. Os dois pontos de vista de evolução teístas discordam quanto ao papel que Deus assumiu no desenrolar dos eventos, mas as duas opiniões concordam quando à ordem cronológica dos acontecimentos. Essa ordem não está de acordo com a narrativa de Gênesis da criação. Por exemplo, Gênesis 1 diz que a terra foi criada no primeiro dia e que o sol, lua e estrelas só foram criados no quarto dia. Alguns “criacionistas progressistas” argumentam que a linguagem de Gênesis sugere que o sol, lua e estrelas foram criados no primeiro dia, mas não podiam ser vistos até o quarto dia, por isso que são mencionados no quarto dia. Isso é uma distorção, pois a narrativa de Gênesis deixa bem claro que a terra não tinha uma atmosfera até o segundo dia. Se o sol, lua e estrelas foram criados no primeiro dia, eles teriam sido visíveis no primeiro dia.

Um outro exemplo de desarmonia é que a narrativa de Gênesis deixa bem claro que os pássaros foram criados com as criaturas marinhas no quinto dia enquanto que os animais terrestres não foram criados até o sexto dia. Isso vai de encontro com a opinião Darwiniana de que os pássaros evoluíram dos animais terrestres. A narrativa bíblica diz que os pássaros antecederam os animais terrestres. A teoria evolucionista teísta diz exatamente o contrário.

Uma das características mais tristes do Cristianismo pós-moderno é a reinterpretação de Gênesis para dar espaço às teorias evolucionárias. Muitos professores e apologistas bíblicos famosos cederam aos evolucionistas e passaram a acreditar que uma interpretação literal de Gênesis é de alguma forma prrejudicial à credibilidade dos Cristãos. O que acaba acontecendo, na verdade, é que os evolucionistas perdem o respeito por aqueles cuja crença na Bíblia é tão tênue que somos dispostos a fazer concessões e adotar suas idéias. Apesar do número de criacionistas estar diminuindo no mundo acadêmico, muitas organizações Cristãs, tais como Answers in Genesis, Creation Research Society e o Institute for Creation Research têm afirmado que a Bíblia não só é compatível com a ciência verdadeira, mas afirmam também que nem uma só palavra na Bíblia já conseguiu ser mostrada falsa pela ciência verdadeira. A Bíblia é a viva Palavra de Deus, dada a nós pelo Criador do universo, e a Sua descrição de como Ele criou o mundo não é compatível com a teoria da evolução. Tentar combinar os dois é como tentar combinar água e óleo – não se misturam!

Gênesis capítulo 1 significa dias literais de 24 horas?

Uma análise cuidadosa da palavra hebraica para “dia” e do contexto no qual ela aparece em Gênesis nos leva a concluir que “dia” significa um período literal de 24 horas. A palavra hebraica yom traduzida na palavra "dia" pode significar mais de uma coisa. Pode se referir ao período de 24 horas que a terra leva para girar ao redor do seu eixo (ex: "há 24 horas em um dia"). Pode se referir ao período da luz do dia entre o nascer e o pôr do sol (ex: "é muito quente durante o dia, mas melhora um pouco à noite"). Também pode se referir a um período de tempo não específico (ex: "durante os dias do meu avô…"). Dessa mesma forma a palavra yom (traduzida como "dia") pode significar mais de uma coisa no original. É usada para se referir a um período de 24 horas em Gênesis 7:11. É usada para se referir à luz do dia entre o nascer e o pôr do sol em Gênesis 1:16. Também é usada para se referir a um período de tempo não específico em Gênesis 2:4. Portanto, o que essa palavra significa em Gênesis 1:5-2:2 quando é usada juntamente com números ordinais (ex: "primeiro dia", "segundo dia", "terceiro dia", "quarto dia", "quinto dia", "sexto dia" e o "sétimo dia")? Esses "dias" são períodos de 24 horas ou não? Será que "yom" como é usado aqui pode significar um período de tempo não específico? Como podemos diferenciar?

Podemos determinar como "yom" deve ser interpretado em Gênesis 1:5-2:2 simplesmente ao examinar o contexto no qual encontramos a palavra e então ao fazer uma comparação desse contexto com o seu uso no resto das Escrituras. Ao fazer isso, deixamos as Escrituras se interpretarem. Ken Ham, do ministério Cristão chamado Answers in Genesis, escreveu um bom artigo sobre o assunto. Sr. Ham escreveu: "A palavra hebraica para dia (yom) é usada 2301 vezes no Velho Testamento. Fora de Gênesis 1, yom + número ordinal (usado 410 vezes) sempre indica um dia comum, quer dizer, um período de 24 horas. As palavras ‘tarde’ e ‘manhã’ juntas (38 vezes) sempre indicam um dia comum. Yom + ‘tarde’ ou ‘manhã’ (23 vezes cada) sempre indica um dia comum. Yom + ‘noite’ (52 vezes) sempre indica um dia comum".

Agora vamos dar uma olhada no contexto onde encontramos a palavra "yom" usada em Gênesis 1:5-2:2…

Dia 1 - "Chamou Deus à luz Dia [yom] e às trevas, Noite. Houve TARDE e MANHÃ, o PRIMEIRO DIA [yom]" (Gênesis 1:5).

Dia 2 - "E chamou Deus ao firmamento Céus. Houve TARDE e MANHÃ, o SEGUNDO DIA [yom]" (Gênesis 1:8).

Dia 3 - "Houve TARDE e MANHÃ, o TERCEIRO DIA [yom]" (Gênesis 1:13).

Dia 4 - "Houve TARDE e MANHÃ, o QUARTO DIA [yom]" (Gênesis 1:19).

Dia 5 - "Houve TARDE e MANHÃ, o QUINTO DIA [yom]" (Gênesis 1:23).

Dia 6 - "Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve TARDE e MANHÃ, o sexto DIA [yom]" (Gênesis 1:31).

Dia 7 - "Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no DIA [yom] SÉTIMO a sua obra, que fizera, descansou nesse DIA [yom] de toda a sua obra que tinha feito" (Gênesis 2:1-2).

Ao descrever cada dia como “tarde e manhã”, é bem claro que o Autor do livro de Gênesis estava se referindo a períodos de 24 horas. Essa foi a interpretação normal até os anos 1800, quando uma mudança ocorreu ao paradigma na sociedade científica e as rochas sedimentárias (estratos geológicos) da terra foram reinterpretados. As camadas rochosas foram previamente interpretadas como evidência do Dilúvio de Noé. No entanto, o Dilúvio passou a ser descartado pela sociedade científica e as camadas rochosas foram reinterpretadas como evidência de uma terra extremamente velha. Alguns Cristãos bem intencionados, mas completamente equivocados, tentaram reconciliar essa interpretação anti-Bíblica e “anti-diluvial” com a narrativa de Gênesis ao reinterpretar "yom" como períodos de tempo não específicos. Isso foi um grave erro.

A verdade é que as evidências a favor do Dilúvio de Noé a de uma terra jovem ultrapassam de longe as evidências a favor de uma terra velha, e muitas das interpretações da terra velha são conhecidas por dependerem de suposições falsas. Infelizmente, a comunidade científica mantém firme sua posição sobre o assunto e aparenta recusar-se a mudar de opinião, mesmo com tanta evidência que vai de encontro ao seu paradigma. No entanto, não podemos deixar que sua recusa teimosa influencie como lemos a Bíblia. De acordo com Êxodo 20:9-11, Deus usou seis dias literais para criar o mundo e para servir como modelo da semana de trabalho do homem: trabalhar seis dias, descansar um. Deus com certeza poderia ter criado tudo em um só instante, se Ele quisesse. Mas Ele aparentemente já estava pensando em nós, mesmo antes de ter nos criado (no sexto dia) e queria nos providenciar um exemplo a ser seguido.

O que a Bíblia diz sobre os homens das cavernas, homens pré-históricos e o homem de Neanderthal?

Na verdade, a Bíblia não usa o termo “homem da caverna” ou de “Neanderthal”. De acordo com a Bíblia, não existe algo como homem “pré-histórico”. O termo “pré-histórico” significa “pertencente a uma era anterior aos tempos históricos” (http://michaelis.uol.com.br). Pressupõe que a narrativa bíblica é uma fabricação porque o livro de Gênesis recorda eventos que antecedem a criação do homem (quer dizer, os primeiros cinco dias da criação – o homem foi criado no sexto dia). A Bíblia é bem clara ao dizer que Adão e Eva eram seres humanos perfeitos no momento de sua criação e que não se desenvolveram em nenhum sentido de formas de vida inferiores.

Tendo dito isso, a Bíblia descreve um período traumático de reviravolta aqui na terra (o Dilúvio – Gênesis capítulos 6-9), durante o qual toda a civilização foi destruída por completo – com exceção de oito pessoas: Noé e sua família – e os homens foram forçados a recomeçar. É nesse contexto histórico que alguns estudiosos acreditam que homens viveram em cavernas e usaram ferramentas de pedra. Eles não eram primitivos; simplesmente não tinham nada. Certamente eles não eram metade macacos. A evidência fóssil deixa bem claro: os homens das cavernas eram humanos (por isso o termo “homem” das cavernas – homens que viveram em cavernas).

Há alguns restos de macacos fossilizados que paleoantrolopologistas darwinianos interpretam como sendo alguma forma de transição entre macacos e homens. Muitas pessoas aparentam pensar sobre essas interpretações quando imaginam os homens das cavernas. Elas imaginam seres metade homens, metade macacos, bem cabeludos, agachados em uma caverna perto do fogo, escrevendo nas paredes com suas ferramentas de pedra. Essa é uma concepção bastante comum, mas errada. E em relação a paleoantrolopologistas darwinianos, por favor lembre-se que essas interpretações refletem uma forma pessoal e religiosa de enxergar o mundo e não são o resultado direto de evidências. Na verdade, não só existe uma grande oposição a essas interpretações na comunidade acadêmica, mas até mesmo os cientistas Darwinianos não concordam entre si sobre os detalhes.

Infelizmente, a opinião mais popular se tornou nessa idéia de que o homem e macaco se desenvolveram dos mesmos ancestrais, mas com certeza essa não é a única interpretação plausível da evidência disponível. Na verdade, não existe evidência suficiente que sustente essa interpretação.

Quando Deus criou Adão e Eva, eles eram seres completamente humanos, capazes de comunicação, sociedade e de desenvolvimento (Gênesis 2:19-25; 3:1-20; 4:1-12). É quase engraçado considerar quão longe os cientistas evolucionários vão para tentar provar a existência dos homens das cavernas da pré-história. Eles acham um dente deformado em uma caverna e dessa “evidência” criam um homem deformado que viveu na caverna e que andava curvado como um macaco. Não é possível de forma alguma que ciência prove a existência dos homens das cavernas apenas com fósseis. Cientistas evolucionários simplesmente têm uma teoria e acabam forçando que a evidência se encaixe à sua teoria. Adão e Eva foram os primeiros seres humanos criados e eram completamente formados, inteligentes e eretos.

Por que existem duas narrativas diferentes sobre a Criação em Gênesis capítulos 1-2?

Gênesis 1:1 diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra…”. Depois, em Gênesis 2:4, aparenta ser o caso que uma história diferente sobre a Criação começa. A idéia errada sobre a existência de duas narrativas sobre a Criação é bastante comum. No entanto, vamos ver que essas passagens descrevem o mesmo evento da Criação. Elas não discordam sobre em qual ordem as coisas foram criadas, portanto, não se contradizem. De acordo com a opinião errada, Gênesis 1 afirma que Deus criou a terra, então a vegetação, então os animais, então o homem; enquanto Gênesis 2 afirma que Deus criou a terra, então o homem, então as plantas, então os animais. Na verdade, enquanto Gênesis 1 descreve os “Seis Dias da Criação” (e um sétimo dia para descanso), Gênesis 2 descreve apenas um dia da semana de Criação – o sexto dia – e não há nenhuma contradição (como iremos ver).

Vamos começar nosso estudo com uma investigação dos primeiros cinco versículos da narrativa em Gênesis 2 (em itálico) e terminar com uma visão geral do resto do capítulo. Como a passagem de Gênesis 1 na verdade termina com o terceiro versículo do segundo capítulo, vamos começar a narrativa de Gênesis 2 no quarto versículo. Estaremos usando a versão Almeida Revista e Atualizada (versão 1993).

Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, quando o SENHOR Deus os criou (v.4). A palavra hebraica aqui traduzida “gênese” é toledot. Ela aparece mais doze vezes no livro de Gênesis (5:1, 6:9, 10:1, 32, 11:10, 11:27, 25:12, 13, 19, 36:1, 9 and 37:2) e mais doze vezes no resto do Velho Testamento, sempre em referência à linhagem humana (sem exceção). A palavra “quando” aqui se refere a um período de tempo não especificado. Então, uma leitura direta do quarto versículo seria algo assim: “o que segue é a descrição da linhagem humana dos céus e da terra na era quando Deus os criou”. Não especifica o primeiro dia, ou o segundo, ou o oitavo dia.

Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois ainda nenhuma erva do campo havia brotado; porque o SENHOR Deus não fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para lavrar o solo (v. 5). A palavra hebraica traduzida aqui como “campo” é sadeh. Refere-se a um terreno pequeno ou a um campo cultivado. A palavra “terra” é erets. Refere-se a um terreno maior, ou ao planeta como um todo. Essa é uma distinção bem importante, distinção essa que vemos não só nessa passagem, mas também no resto do livro de Gênesis (23:13, por exemplo) e por todo o Velho Testamento (Levítico 25:2-3, por exemplo). Enquanto a vegetação de Gênesis 1:11-12 era a de um tipo geral, a vegetação de Gênesis 2:5; 8-9 era de um tipo específico. As “plantas de sadeh” e as “ervas de sadeh” se referem à agricultura, sadeh significando um campo cultivado.

Note que ainda não existia agricultura porque o SENHOR Deus não fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para lavrar o solo. Em destaque aqui estão duas das quatro coisas necessárias para a agricultura (o homem para lavrar o solo e chuva, as outras duas coisas sendo solo fértil e luz solar). O texto não apenas se refere especificamente às plantas agrícolas de um campo cultivado; também implica que duas das coisas necessárias à agricultura ainda estavam em falta. Além disso, é óbvio que isso não significa plantas em geral, pois isso seria o mesmo que dizer que não há selvas, florestas ou prados em nenhum lugar porque o homem ainda não tinha lavrado o solo, esse é um pensamento ridículo. Não, a vegetação descrita aqui é a de horticultura. É a administração da agricultura.

Mas uma neblina subia da terra e regava toda a superfície do solo (v.6). Note que terra e água (em forma de neblina) já existiam a esse ponto. Só não tinha chovido ainda. Gênesis 2 não é uma narrativa da criação da terra e água; isso já tinha acontecido em Gênesis 1.

Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (v.7). Aqui, ao apresentar a linhagem humana dos céus e da terra na era quando foram criados, o autor retrocede na sequência cronológica ao sexto dia, quando Deus criou o homem, um lugar apropriado para começar. Podemos encontrar essa ferramenta literária – quer dizer, retroceder na sequência cronológica para entrar em detalhes – em outros lugares da Bíblia também. Considere 1 Reis 6-7. No capítulo seis lemos sobre a construção do tempo de Salomão. A construção é terminada com o último versículo do capítulo, versículo 38: “E, no ano undécimo, no mês de bul, que é o oitavo, se acabou esta casa com todas as suas dependências, tal como devia ser. Levou Salomão sete anos para edificá-la”. Então, no primeiro versículo do próximo capítulo, o autor segue a descrever a construção do templo de Salomão: “Edificou Salomão os seus palácios, levando treze anos para os concluir”. No versículo 12, o autor termina com o palácio. Então, no versículo 13 do capítulo 7, ele volta ao início da construção do templo, com isso voltando em sua sequência de tempo, a qual ele tinha completado no capítulo 6, antes mesmo de descrever a construção do palácio no capítulo 7.

Dessa mesma forma, o autor de Gênesis apresenta a criação do homem no sexto dia no primeiro capítulo porque o homem é o ponto principal da história da Criação. Então, no segundo capítulo, o autor retorna ao sexto dia para entrar em mais detalhes sobre a narrativa que começa em 2:4 (e que dura até 5:1, onde a próxima narrativa começa).

E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado (v.8). Temos aqui a criação da agricultura com o primeiro jardim, criado por Deus para o homem. Nesse versículo temos o início da administração da agricultura. Nós temos tido que lavrar os campos desde então até os dias de hoje (com exceção do período do dilúvio). Por uma questão de tempo, não vamos estudar cada um do resto dos versículos individualmente. Vamos dar uma olhada geral no resto no capítulo.

Versículos 9-14 descrevem o Jardim do Éden e um rio que percorria pelo jardim. Esse rio se dividia em quatro rios menores, cada um percorrendo por um território pré-dilúvio diferente. Aparenta ser o caso que as pessoas de depois do dilúvio nomearam alguns de seus rios com os mesmos nomes dos rios antes do dilúvio, da mesma forma que os colonizadores americanos primitivos nomearam algumas de suas cidades e estados com o mesmo nome das cidades que tinham deixado para trás (Nova Iorque, assim nomeada por causa da cidade inglesa de Iorque; Nova Jérsei, assim nomeada por causa da Ilha de Jérsei no Canal Inglês; Nova Orleans, assim chamada por causa da cidade francesa de Orleans, etc).

Versículos 15-17 retornam ao Jardim e incluem a advertência contra comer da árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. No versículo 18 lemos a decisão de Deus de criar uma mulher para o homem, uma decisão que Deus com certeza tinha feito bem antes de criar o primeiro homem. Essa decisão é aqui apresentada como a introdução do que está para acontecer logo a seguir.

Nos versículos 19-20, Deus, na frente de Adão, forma da terra “todos os animais do campo” e todas as “aves dos céus”, para que Adão lhes desse um nome. Primeiramente, vamos destacar que, de acordo com a mentalidade da Antiguidade, ao nomear algo, posse está sendo tomada do que está sendo nomeado. Então, esse evento foi uma espécie de ceremônia pela qual Adão recebeu de Deus essas criaturas (e consequentemente todo o resto da criação) como pertencentes a si. Segundo, preste atenção ao fato de que Deus não recriou todo tipo de animal para que Adão lhes desse um nome, apenas alguns: “todos os animais do campo” (os que chamamos de animais de grande porte – os que estariam ajudando o homem em suas atividades agrícolas), e as “aves dos céus” (sem dúvida por sua majestade impressionante... como se Deus estivesse dizendo a Adão: “você acha que esse animais de grande porte são impressionantes, então olhe esses daqui!”). Adão não ficou lá por semanas nomeando milhares de animais. Terceiro, considere o fato de que Deus já havia inicialmente criado todas essas criaturas antes de criar Adão, então Adão não viu quando Deus criou essas criaturas. Ao criar um jardim e recriar alguns dos representantes do reino animal na frente de Adão, Deus então pôde mostrar-lhe que era o Criador de tudo (até o usurpador – quer dizer, Satanás – vir logo após e tentar apresentar a si mesmo como o criador). Quarto, e para concluir, esse exercício com certeza foi didático. Talvez através desse exercício Deus pôde ensinar a Adão uma lição importante sobre a singularidade, beleza e valor peculiar do presente que estava prestes a receber – sua esposa. Finalmente, nos versículos 21-25 Deus coloca essa jóia preciosa na coroa de sua criação: Ele cria a mulher do homem. E o resto, como dizem, é história.

Ao considerar as duas narrativas da criação individualmente e então ao reconciliá-las, podemos ver que Deus descreve a sequência da Criação de Gênesis 1, para então dissecar seus aspectos e detalhes mais importantes, principalmente do sexto dia, em Gênesis 2. Não há qualquer contradição aqui, apenas uma ferramenta literária comum de descrever um evento do geral ao específico.

É o criacionismo científico?

Atualmente há muita discussão sobre a validez do criacionismo, o qual é definido como “a crença de que o universo e organismos vivos se originaram de atos específicos da criação divina, como descrito na narrativa bíblica, ao invés de processos naturais, como a evolução”. A ciência criacionista é frequentemente descartada pela comunidade secular e acusada de não ter valor científico. No entanto, é bem claro que o criacionismo é compatível com a abordagem científica referente a qualquer assunto. O criacionismo faz declarações sobre eventos, lugares, pessoas e coisas do mundo real. Não se focaliza apenas em idéias subjetivas ou em conceitos abstratos. Há fatos científicos estabelecidos que são consistentes com o criacionismo, e a forma pela qual esses fatos se relacionam entre si combinam com a interpretação criacionista. Da mesma forma que idéias científicas gerais são usadas para dar coerência a uma série de fatos, assim também ocorre com o criacionismo.

Como, então, é o criacionismo – oposto ao “naturalismo”, o qual é definido como “um ponto de vista filosófico que defende a idéia de que tudo surge de propriedades e causas naturais, excluindo quaisquer explicações supernaturais ou espirituais” - científico? Admitidamente, a resposta depende de como “científico” é definido. Muito frequentemente, “ciência” e “naturalismo” são considerados a mesma coisa, automaticamente descartando as observações criacionistas. Tal definição requer uma reverência irracional ao naturalismo. Ciência é definida como “a observação, identificação, descrição, investigação experimental e explicação teórica de fenômenos”. Nada requer que a ciência, por si só, tenha que ser naturalista. Naturalismo, assim como o criacionismo, requer uma série de pressuposições que não são geradas por experimentos. Elas não são extrapoladas de dados, nem se originam de resultados de testes. Essas pressuposições filosóficas são aceitas antes mesmo de quaisquer dados serem observados. Porque tanto o naturalismo como o criacionismo são fortemente influenciados por pressuposições que não podem ser testadas ou provadas, as quais entram nas discussões antes de quaisquer fatos, é justo dizer que o criacionismo é tão cientifico quanto o naturalismo.

O criacionismo, como o naturalismo, pode ser “científico”, no sentido de que é compatível com o método científico de descobrimento. Esses dois conceitos não são, no entanto, ciências em si mesmos, pois ambas as opiniões incluem aspectos que não são considerados “científicos” no seu sentido normal. Nem o criacionismo nem o naturalismo podem ser rejeitados ou negados; quer dizer, não há qualquer experimento que possa conclusivamente refutar um ou o outro. Nenhum dos dois pode ser predito; eles não geram ou melhoram a habilidade de predizer qualquer efeito ou resultado. Apenas tomando esses dois pontos como base podemos ver que não há nenhuma razão lógica pela qual devemos considerar um como sendo mais científico que o outro.

Um dos motivos principais pelo qual os naturalistas rejeitam o criacionismo é devido ao conceito de milagres. Ironicamente, naturalistas tipicamente dizem que milagres, tais como o da criação, são impossíveis porque eles transgridem leis da natureza que têm sido claramente e historicamente observadas. Tal conceito é irônico por vários motivos. Como exemplo, considere a abiogênese, a teoria de que a vida surgiu de matéria morta. A abiogênese é um dos conceitos mais refutados da ciência. No entanto, um ponto de vista verdadeiramente naturalista presume que vida na terra – vida orgânica complexa que se auto-duplica e auto-sustenta – surgiu por acaso de matéria morta. Tal conceito nunca foi observado uma vez sequer em toda a história da humanidade. As mudanças evolucionárias benéficas necessárias para que uma criatura progredisse a uma forma mais complexa também nunca foi observada. Então, o criacionismo, na verdade, como teoria propriamente dita, é melhor do que o naturalismo, pois ela possui evidências de declarações de milagres, já que as Escrituras nos fornecem narrativas documentadas de acontecimentos milagrosos. A caracterização do criacionismo como um conceito não científico por causa de milagres exige uma caracterização semelhante para o naturalismo.

Há muitos fatos que são usados por ambos os lados no debate entre a criação e o naturalismo. Fatos são fatos, mas o conceito de que um fato requer apenas uma interpretação não existe. A separação entre o criacionismo e o naturalismo secular deve-se inteiramente a interpretações diferentes. Especificamente no que diz respeito ao debate entre a evolução e a criação, o próprio Charles Darwin defendeu esse argumento. Na introdução de A Origem das Éspecies, ele afirmou: “Estou bem ciente de que provavelmente não há um só assunto discutido neste volume sobre os quais mais provas não podem ser fornecidas, muitas vezes aparentado levar a conclusões diretamente opostas àquelas as quais cheguei”. Obviamente, Darwin acreditava na evolução ao invés da criação, mas pelo menos ele admitiu que a interpretação era o ponto chave ao escolher uma crença. Um cientista pode enxergar um fato em particular como suporte do naturalismo, enquanto um outro cientista pode enxergar o mesmo fato como suporte do criacionismo.

Além disso, é importante ressaltar o fato de que o criacionismo é a única alternativa possível às idéias naturalistas, tais como a da evolução -- principalmente quando grandes nomes da ciência já admitiram essa dicotomia. Colin Patterson, Douglas Futuyma, and H.S. Lipson, entre outros, são frequentemente citados por afirmarem que as únicas explicações possíveis para a vida são a evolução naturalista ou a criação especial. Nem todos os cientistas concordam sobre qual é a verdade, mas quase todos concordam que ou um ou o outro tem que ser verdade.

Há muitos, muitos outros motivos pelos quais o criacionismo é uma abordagem racional e científica à aprendizagem. Entre eles estão os conceitos de probabilidade realística, falta de evidência que sustente a macroevolução, a evidência da experiência, e adiante. Não há nenhuma base lógica para aceitarmos as pressuposições naturalistas e simplesmente rejeitarmos e negarmos as pressuposições criacionistas. Firme crença na criação não é uma barreira ao descobrimento científico – dê uma olhada nas grandes realizações de homens como Newton, Pasteur, Mendel, Pascal, Kelvin, Linnaeus e Maxwell. Todos eles eram confortavelmente e claramente criacionistas. Criacionismo não é uma “ciência”, assim como naturalismo não é uma “ciência”. Criacionismo é, no entanto, completamente compatível com a ciência propriamente dita.

O que é a Teoria do Intervalo? Aconteceu alguma coisa entre Gênesis 1:1 e 1:2?

Gênesis 1:1-2 declara: “(1) No princípio, criou Deus os céus e a terra. (2) A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas”. A Teoria do Intervalo é a teoria que acredita que Deus criou o planeta Terra completamente funcional, com todos os animais, incluindo os dinossauros e outras criaturas que conhecemos apenas por fósseis. Então, segue a teoria, aconteceu algo que destruiu a terra por completo – alguns especulam que foi a queda de Satanás à terra – e, por isso, a terra tornou-se sem forma e vazia. A esta altura, Deus começou tudo de novo, recriando a terra em sua forma de paraíso como descrito no primeiros capítulos de Gênesis.

Há muitos problemas com essa teoria para podermos descrevê-los adequadamente neste artigo, no entanto, a primeira coisa que devemos nos perguntar é se algo importante tivesse acontecido entre os dois versículos, não teria Deus nos dito isso claramente? Ou será que Ele teria nos deixado a especular em ignorância sobre eventos tão importantes? Segundo, Gênesis 1:31 diz que Deus viu tudo que fizera e que tudo era “muito bom”. Ele com certeza não poderia ter dito isso se o mal já tivesse entrado no mundo através da queda de Satanás durante o “intervalo”. Dessa mesma forma, se a explicação para a existência de fósseis é com milhões de anos durante esse intervalo, isso significa que morte, doenças e sofrimento eram comuns bem antes da queda de Adão em pecado. No entanto, a Bíblia nos diz que foi o pecado de Adão que introduziu morte, doenças e sofrimento a todo tipo de vida, principalmente à humanidade: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12).

Aqueles que defendem a Teoria do Intervalo o fazem para poder reconciliar as teorias de cientistas modernos que acreditam na teoria de que a terra é muito velha – a crença de que a terra é bilhões de anos mais velha do que a Bíblia afirma que ela seja quando adicionamos as genealogias do homem encontradas nas Escrituras. Até evangélicos bem intencioados adotaram a teoria de que a terra é velha, interpretando muito do capítulo de Gênesis alegoricamente, e ao mesmo tempo tentando manter uma interpretação literal do resto das Escrituras. O perigo com isso é em determinar em que ponto podemos parar de enxergar a Bíblia como alegorias e começamos a interpretá-la literalmente. Foi Adão uma pessoa real? Como sabemos? Se ele não era, então será que ele realmente trouxe pecado à humanidade, ou podemos transformar isso em uma alegoria também? E se Adão não realmente existiu para introduzir o pecado que todos nós herdamos, então não houve motivo pelo qual Jesus tinha que morrer na cruz, pois, primeiramente, isso negaria o motivo para a vinda de Cristo como 1 Coríntios 15:22 explica: “Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo”. A esta altura, o Cristianismo se torna uma farsa e a Bíblia é apenas um livro legal cheio de histórias e fábulas. Será que não podemos enxergar onde esse tipo de “raciocínio” pode nos levar?

Gênesis 1 simplesmente não pode ser reconciliado com a noção de que a criação ocorreu durante longos períodos de tempo, nem que esses períodos ocorreram entre Gênesis 1:1 e 1:2. O que aconteceu entre Gênesis 1:1 e 1:2? Absolutamente nada! Gênesis 1:1 nos diz que Deus criou os céus e a terra. Gênesis 1:2 nos informa que logo quando Deus criou a terra, ela era sem forma, vazia e escura; não estava pronta ainda e não era habitada por criaturas. O resto de Gênesis capítulo 1 nos diz como Deus refinou a terra sem forma, vazia e escura e a encheu com vida, beleza e bondade. A Bíblia é verdade, literal e perfeita (Salmos 19:7-9). A ciência nunca conseguiu refutar nem um jota ou um til da Bíblia, e nem conseguirá. A Bíblia é a verdade suprema, e, portanto, é o padrão pelo qual teoria científica deve ser avaliada, e não o contrário.