Há vida após a morte? A Bíblia nos diz: “O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação. Nasce como a flor e murcha; foge como a sombra e não permanece... Morrendo o homem, porventura tornará a viver” (Jó 14:1-2,14)?
Como Jó, quase todos nós já fomos desafiados por essa pergunta. O que exatamente acontece conosco depois que morremos? Simplesmente cessamos de existir? É a vida uma porta giratória de saída e volta para a terra para se alcançar grandiosidade pessoal? Todos vão para o mesmo lugar, ou vamos para lugares diferentes? Existem mesmo céu e inferno, ou são estes apenas um estado de consciência?
A Bíblia nos diz que não apenas há vida após a morte, mas vida eterna tão gloriosa que “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2:9). Jesus Cristo, Deus em carne, veio à terra para nos dar o dom da vida eterna. “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53:5).
Jesus tomou para Si a punição que cada um de nós merece e sacrificou a Sua própria vida. Três dias depois, Ele provou que era vitorioso sobre a morte saindo da sepultura, em Espírito e carne. Ele permaneceu na terra por quarenta dias e foi visto por milhares antes de subir para a sua morada eterna nos céus. Romanos 4:25 diz: “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.”
A ressurreição de Cristo foi um evento bem documentado. O apóstolo Paulo desafiou pessoas a questionarem testemunhas oculares sobre a sua validade, e ninguém foi capaz de contestar a verdade da ressurreição. A ressurreição é a pedra angular da fé Cristã; porque Cristo foi ressuscitado dos mortos, nós podemos ter fé de que nós, também, seremos ressuscitados.
Paulo admoestou alguns dos primeiros cristãos que não acreditavam nisso: “Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou” (1 Coríntios 15:12-13).
Cristo foi apenas o primeiro de uma grande colheita daqueles que serão ressuscitados para a vida mais uma vez. A morte física veio através de um homem, Adão, do qual somos todos descendentes. Mas todos aqueles que foram adotados para a família de Deus através da fé em Jesus Cristo terão uma nova vida (1 Coríntios 15:20-22). Tal como Deus levantou o corpo de Jesus, assim serão os nossos corpos ressuscitados quando Jesus voltar (1 Coríntios 6:14).
Todos seremos, no final, ressuscitados, mas nem todos irão para o céu juntos. Uma escolha deve ser feita por cada pessoa nesta vida para determinar para onde ela vai na eternidade. A Bíblia diz que está marcado para que nós morramos uma vez, e após isso virá o julgamento (Hebreus 9:27). Aqueles que foram feitos justos irão para a vida eterna no céu, mas os incrédulos receberão punição eterna, ou inferno (Mateus 25:46).
O inferno, como o céu, não é apenas um estado de existência, mas um lugar literal, e muito real. É um lugar onde os injustos receberão incessante e eterna ira de Deus. Eles receberão tormento emocional, mental e físico, sofrendo conscientemente de vergonha, arrependimento e desgraça.
O inferno é descrito como um abismo sem fim (Lucas 8:31, Apocalipse 9:1), e um lago de fogo, queimando com enxofre, onde os seus habitantes serão atormentados dia e noite para todo o sempre (Apocalipse 20:10). No inferno haverá choro e ranger de dentes, indicando intensa tristeza e raiva (Mateus 13:42). É um lugar “onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga” (Marcos 9:48). Deus não tem prazer na morte dos ímpios, mas deseja que eles se voltem contra seus desejos pervertidos para que possam viver (Ezequiel 33:11). Mas Ele não irá nos forçar à submissão; se nós escolhermos rejeitá-lo, Ele tem pouca escolha a não ser nos dar o que nós queremos – uma vida longe Dele.
A vida na terra é um teste – uma preparação para o que há de vir. Para os crentes, é a vida eterna na presença imediata de Deus. Então, como nos tornamos justos e aptos a receber esta vida eterna? Há apenas um caminho – através da fé e confiança no Filho de Deus, Jesus Cristo. Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente” (João 11:25-26).
O dom gratuito da vida eterna está disponível para todos, mas requer que neguemos alguns prazeres do mundo e que nos sacrifiquemos para Deus. “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36). Nós não teremos a oportunidade de nos arrependermos dos nossos pecados após a morte porque uma vez que nós estivermos face a face com Deus, não teremos escolha a não ser acreditar Nele. Ele quer que nos cheguemos a Ele em fé e amor agora. Se nós aceitarmos a morte de Jesus Cristo como pagamento pela nossa rebelião pecaminosa contra Deus, teremos garantida não só uma vida de significado na terra, mas também vida eterna na presença de Cristo.
Se você quer aceitar Jesus como seu Salvador, aqui está uma oração modelo. Lembre-se que fazer esta oração ou qualquer outra oração não irá salvar você. Apenas confiando em Cristo você pode ser salvo do seu pecado. Esta oração é simplesmente uma forma de expressar para Deus a sua fé Nele e agradecer por lhe dar a salvação. “Deus, eu sei que pequei contra Ti e mereço punição. Mas Jesus Cristo tomou a punição que eu mereço para que, através da fé Nele, eu pudesse ser perdoado. Eu me volto contra o meu pecado e ponho a minha fé em Ti para salvação. Obrigado por Tua graça e perdão maravilhosos – o dom da vida eterna! Amém!”
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Não ir ao inferno é mais fácil do que você pensa. Algumas pessoas acreditam que têm que obedecer os dez mandamentos pela vida inteira para não ir para o inferno. Outras pessoas acreditam que devem observar certos rituais a fim de não ir para o inferno. Algumas pessoas acreditam que não há nenhuma maneira que nós podemos saber com certeza se vamos ou não para o inferno. Nenhuma destas concepções são corretas. A Bíblia é muito clara sobre como uma pessoa pode evitar ir ao inferno depois da morte.
A Bíblia descreve o inferno como um lugar terrível e assustador. O inferno é descrito como um “fogo eterno” (Mateus 25:41), “fogo que nunca se apagará” (Mateus 3:12), “vergonha e desprezo eterno” (Daniel 12:2), um lugar onde “o fogo nunca se apaga” (Marcos 9:44-49) e “eterna perdição” (2 Tessalonicenses 1:9). Apocalipse 20:10 descreve o inferno como um “lago de fogo e enxofre”, onde os perversos são “atormentados para todo o sempre”. Por essas passagens, é bem claro que o inferno é um lugar que devemos evitar.
Por que o inferno existe e por que é que Deus envia algumas pessoas para lá? A Bíblia nos diz que Deus “preparou” o inferno para o diabo e os anjos caídos depois de terem se rebelado contra Ele (Mateus 25:41). Aqueles que rejeitam a oferta do perdão de Deus sofrerão o mesmo destino eterno que o diabo e os anjos caídos. Por que o inferno é necessário? Todo pecado é, no final das contas, contra Deus (Salmos 51:4), e uma vez que Deus é infinito e eterno, somente uma pena infinita e eterna é suficiente. O inferno é o lugar onde as demandas de um Deus santo e justo são realizadas. O inferno é onde Deus condena o pecado e todos aqueles que O rejeitam. A Bíblia deixa claro que todos nós pecamos (Eclesiastes 7:20, Romanos 3:10-23), então, como resultado, todos nós merecemos ir para o inferno.
Assim, como podemos não ir para o inferno? Uma vez que apenas uma pena infinita e eterna é suficiente, um preço infinito e eterno deve ser pago. Deus tornou-se um ser humano na Pessoa de Jesus Cristo. Em Jesus Cristo, Deus habitou entre nós, nos ensinou e nos curou - mas essas coisas não foram a Sua missão principal. Deus se tornou um ser humano (João 1:1, 14) para que Ele pudesse morrer por nós. Jesus, Deus em forma humana, morreu na cruz. Como Deus, Sua morte foi de valor infinito e eterno, pagando o preço total pelo pecado (1 João 2:2). Deus nos convida a receber Jesus Cristo como Salvador, aceitando Sua morte como o pleno e justo pagamento pelos nossos pecados. Deus promete que todo aquele que crê em Jesus (João 3:16), confiando somente nEle como o Salvador (João 14:6), será salvo, ou seja, não irá para o inferno.
Deus não quer que ninguém vá para o inferno (2 Pedro 3:9). É por isso que Deus fez o sacrifício supremo, perfeito e suficiente a nosso favor. Se você não quiser ir para o inferno, receba Jesus como o seu Salvador. É um processo muito simples. Diga a Deus que você reconhece que é um pecador e que merece ir para o inferno. Diga a Deus que você está confiando em Jesus Cristo como o seu Salvador. Agradeça a Deus por providenciar pela sua salvação e libertação do inferno. Através de fé simples, quer dizer, confiando em Jesus Cristo como Salvador, é como você pode evitar ir para o inferno!
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Encare o fato. O dia em que cada um de nós entraremos na eternidade pode vir mais cedo do que pensamos. Em preparação para esse momento, nós precisamos conhecer esta verdade: nem todo mundo irá ao céu. Como podemos ter certeza de que somos um dos que passarão a eternidade no céu? Cerca de 2.000 anos atrás, os apóstolos Pedro e João estavam pregando o Evangelho de Jesus Cristo a uma grande multidão em Jerusalém. Foi então que Pedro fez uma declaração profunda que tem um grande impacto mesmo em nosso mundo pós-moderno: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4: 12).
Assim como era então, no clima atual de que "todos os caminhos levam ao céu", essa não é uma mensagem politicamente correta. Há muitos que pensam que podem ter o céu sem Jesus. Eles querem as boas promessas de glória, mas não querem ser incomodados pela cruz, e muito menos por Aquele que foi pendurado e ali morreu pelos pecados de todos os que nEle creem. Muitos não querem aceitar a Jesus como o único caminho e estão determinados a encontrar um outro caminho. Mas o próprio Jesus nos adverte de que não existe um outro caminho e que as consequências de rejeitar essa verdade são uma eternidade no inferno. Ele nos disse claramente que "... quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (João 3:36).
Alguns argumentam que é extremamente restritivo de Deus fornecer apenas um caminho para o céu. Entretanto, francamente, à luz da rejeição rebelde da humanidade contra Deus, é extremamente abrangente da parte dEle fornecer um caminho para o céu. Nós merecemos o julgamento e em vez disso Ele nos dá uma maneira de escapar ao enviar o seu Filho unigênito para morrer pelos nossos pecados. Quer alguém enxergue isso como restritivo ou abrangente, é a verdade, e os Cristãos precisam manter a mensagem bem clara de que o único caminho para o céu é através de Jesus Cristo.
Muitas pessoas hoje em dia têm acreditado em um evangelho diluído que exclui a mensagem de arrependimento de seus pecados. Eles querem acreditar em um Deus amoroso e sem julgamento que não requer nenhum arrependimento e nenhuma mudança em seu estilo de vida. Eles podem dizer coisas como: "Eu creio em Jesus Cristo, mas meu Deus não é um Deus que julga assim. Meu Deus nunca iria enviar uma pessoa para o inferno." No entanto, não podemos ter as duas coisas. Se professarmos que somos Cristãos, devemos reconhecer Cristo como Ele disse que é - o único caminho para o céu. Negar isso é negar o próprio Jesus, pois foi Ele quem declarou: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6).
A pergunta permanece: quem vai realmente entrar no reino de Deus? Como posso garantir o meu destino eterno? A resposta a estas perguntas é encontrada na distinção clara entre aqueles que têm a vida eterna e os que não. "Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida" (1 João 5:12). Aqueles que creem em Cristo, que aceitaram o Seu sacrifício como pagamento pelos seus pecados, e que O seguem em obediência vão passar a eternidade no céu. Aqueles que O rejeitam não vão. "Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" (João 3:18).
Por mais impressionante que o céu seja para aqueles que escolhem Jesus Cristo como Salvador, o inferno será muito mais terrível para aqueles que O rejeitam. A nossa mensagem aos perdidos seria entregue com mais urgência se entendêssemos o que a santidade e a justiça de Deus farão com aqueles que rejeitam a oferta completa de perdão em Seu Filho, Jesus Cristo. Não se pode ler a Bíblia seriamente sem se deparar com essa verdade repetidas vezes – a linha foi desenhada. A Bíblia deixa bem claro que existe apenas um caminho para o céu - através de Jesus Cristo. Ele nos deu este aviso: "Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela" (Mateus 7:13-14).
Existe apenas um caminho para o céu e aqueles que seguem esse caminho chegarão lá de certeza. Mas nem todo mundo está seguindo esse caminho. Você está?
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A pergunta a respeito do que acontece depois da morte pode ser confusa. A Bíblia não é explícita quanto ao momento exato no qual alguém vai alcançar seu destino eterno e final. A Bíblia nos diz que depois do momento da morte, a pessoa é conduzida ao Céu ou Inferno com base no fato de ter ou não recebido Cristo como seu Salvador. Para os crentes, o período após a morte significa estar ausente do corpo e presente com o Senhor (II Coríntios 5:6-8; Filipenses 1:23). Para os não crentes, o período após a morte significa punição eterna no Inferno (Lucas 16:22-23).
Exatamente neste ponto é que se faz confusa a questão a respeito dos acontecimentos depois a morte. Apocalipse 20:11-15 descreve todos os que estiverem no Inferno sendo lançados no lago de fogo. Os capítulos 21 e 22 de Apocalipse descrevem um Novo Céu e Nova Terra. Por isso, o que parece é que, a partir do momento após a morte até a ressurreição final, a pessoa reside em um Céu ou Inferno “temporários”. O destino final da pessoa não mudará, mas o “local” preciso no qual passará este destino mudará. Em algum momento depois da morte, os crentes serão enviados ao Novo Céu e Nova Terra (Apocalipse 21:1). Em algum momento depois da morte, os não crentes serão lançados no lago de fogo (Apocalipse 20:11-15). Estes são os destinos finais e eternos de todas as pessoas – totalmente baseados no fato de cada pessoa ter ou não confiado somente em Jesus Cristo para salvação de seus pecados.
O inferno é real? Estudos mostram que mais de 90% das pessoas no mundo crêem em um “céu”, enquanto menos de 50% crêem em um inferno eterno. De acordo com a Bíblia, o inferno é sim real! A punição dos ímpios no inferno é tão eterna como a felicidade dos justos no Céu. A punição dos perdidos mortos em pecado é descrita através da Escritura como “fogo eterno” (Mateus 25:41), “fogo que nunca se apagará” (Mateus 3:12), “vergonha e desprezo eterno” (Daniel 12:2), um lugar “onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga” (Marcos 9:44-49), um lugar de “tormentas” e “chamas” (Lucas 16:23-24), “eterna perdição” (II Tessalonicenses 1:9), um lugar de tormento com “fogo e enxofre” onde “a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre” (Apocalipse 14:10-11) e “lago de fogo e enxofre” onde os ímpios “de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre” (Apocalipse 20:10). O próprio Jesus indica que a punição no inferno é eterna, e não meramente a fumaça e as chamas (Mateus 25:46).
Os ímpios são para sempre sujeitos à fúria e ira de Deus no inferno. Eles sofrem conscientemente de vergonha, desprezo e das torturas de uma consciência acusadora, juntamente com a veemente ira de uma divindade ultrajada, por toda a eternidade. Mesmo aqueles que estiverem no inferno reconhecerão a perfeita justiça de Deus (Salmos 76:10). Aqueles que estiverem no inferno, real como é, saberão que sua punição é justa e que eles sozinhos têm a culpa (Deuteronômio 32:3-5). Sim, o inferno é real. Sim, o inferno é um lugar de tormento e punição que dura para todo o sempre, que jamais tem fim! Glória a Deus, pois através de Jesus podemos escapar deste destino eterno (João 3:16-18-36).
Muitas pessoas têm uma concepção errada de como realmente é o Céu. Apocalipse (capítulos 21-22) nos dá uma descrição detalhada dos Novos Céus e Nova Terra. Depois do fim dos tempos, os atuais Céus e Terra serão eliminados e substituídos por Novos Céus e Nova Terra. O lugar de habitação eterna dos crentes será a Nova Terra. A Nova Terra é o “Céu” onde passaremos a eternidade. É na Nova Terra, onde a Nova Jerusalém, a cidade celestial, se estabelecerá. É a Nova Terra o lugar onde haverá portões de pérolas e ruas de ouro.
Céu – a Nova Terra – é o lugar físico onde habitaremos com corpos físicos glorificados (veja I Coríntios 15:35-58). O conceito de que o Céu é “nas nuvens” não é bíblico. O conceito de que seremos “espíritos flutuando pelo Céu” não é bíblico. O Céu onde os crentes viverão será um novo e perfeito planeta no qual habitaremos. O Novo Céu será livre de pecado, mal, enfermidade, sofrimento e morte. Será provavelmente muito parecido com nossa Terra atual, ou talvez até uma recriação de nossa terra atual – mas sem a maldição do pecado.
E quanto aos Novos Céus? É importante lembrar que na mente antiga “céus” se referia aos céus e espaço sideral, como também à esfera na qual Deus habita. Então, quando Apocalipse 21:1 se refere aos Novos Céus, está provavelmente indicando que todo o universo será criado, uma Nova Terra, novos céus, um novo espaço sideral. Parece que o “Céu” de Deus será recriado também, para que seja dado um “novo começo” a tudo no universo, seja físico ou espiritual. Teremos acesso aos Novos Céus na eternidade? Possivelmente... mas teremos que esperar para descobrir! Que possamos permitir que a Palavra de Deus molde nosso entendimento sobre o Céu!
Hebreus 12:1 afirma: “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas...” Alguns entendem a “nuvem de testemunhas” como pessoas nos olhando do Céu. Esta não é a interpretação correta. Hebreus capítulo 11 registra muitas pessoas as quais Deus elevou por sua fé. Estas são as pessoas que estão na “grande nuvem de testemunhas”. São “testemunhas” não por estarem nos observando, mas porque a nós deram exemplo... são testemunhas por Cristo, e Deus, e verdade. Hebreus 12:1 continua: “...deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta.”
A Bíblia não diz especificamente se as pessoas podem, lá de cima, olhar para nós que estamos ainda na terra. Mas é altamente provável que não possam. Por quê? Primeiro, porque às vezes nos veriam pecar. Segundo, elas às vezes veriam coisas que a elas causariam tristeza. Terceiro, as pessoas no céu estão tão ocupadas com a adoração a Deus e gozando das glórias do Céu que verdadeiramente não teriam interesse no que está acontecendo aqui na terra. O fato de estarem livres do pecado no céu, e na presença de Deus, é suficiente para serem felizes. Ainda que seja possível que Deus permita que as pessoas no céu olhem para aqueles a quem amam, a Bíblia não nos dá razão alguma de acreditar que isto realmente aconteça.
Muitas pessoas dizem que a primeira coisa que querem fazer quando chegarem ao Céu é ver todos os seus amigos e entes queridos que já faleceram antes delas. Na eternidade, haverá tempo de sobra para ver, conhecer e estar na companhia dos nossos amigos e familiares. No entanto, esse não será o nosso foco principal porque estaremos muito mais ocupados em adorar a Deus e desfrutar das maravilhas do Céu. Nossas reuniões com entes queridos provavelmente consistirão de recontar a graça e a glória de Deus em nossas vidas, o Seu maravilhoso amor e os Seus milagres. Alegraremo-nos ainda mais porque poderemos louvar e adorar o Senhor na companhia de outros crentes, especialmente aqueles que amamos na terra.
O que a Bíblia diz a respeito de podermos ou não reconhecer outras pessoas depois de morrermos? O rei Saul reconheceu Samuel quando a bruxa de En-dor convocou Samuel do reino dos mortos (1 Samuel 28:8-17). Quando a pequena criança de Davi morreu, ele declarou: "Eu irei para ela, porém ela não voltará para mim" (2 Samuel 12:23). Davi supôs que seria capaz de reconhecer o seu filho no Céu apesar de ele ter morrido como um bebê. Em Lucas 16:19-31, Abraão, Lázaro e o homem rico eram todos reconhecíveis após a morte. Na transfiguração, Moisés e Elias foram reconhecidos (Mateus 17:3-4). Com esses exemplos, a Bíblia parece indicar que poderemos ser reconhecidos depois da morte.
A Bíblia declara que quando chegarmos no Céu, "seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos" (1 João 3:2). Assim como nossos corpos terrenos eram do primeiro homem, Adão, assim também nossos corpos ressuscitados serão como o de Cristo (1 Coríntios 15:47). "E, assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade" (1 Coríntios 15:49, 53). Muitas pessoas reconheceram Jesus depois da ressurreição (João 20:16, 20; 21:12, 1 Coríntios 15:4-7). Se Jesus era reconhecível em seu corpo glorificado, também seremos reconhecíveis em nossos corpos glorificados. Ser capaz de ver os nossos entes queridos é um aspecto glorioso do Céu, mas o Céu é muito mais sobre Deus e muito menos sobre nós. Que prazer será estarmos reunidos com os nossos entes queridos e adorar a Deus com eles por toda a eternidade.
Romanos 14:10-12 diz: “Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo... De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” II Coríntios 5:10 nos diz: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.” No contexto das duas Escrituras, é claro que se referem aos cristãos, não aos não-crentes. O Tribunal de Cristo, desta forma, envolve crentes dando contas de suas vidas a Cristo. O Tribunal de Cristo não determina salvação; esta foi determinada pelo sacrifício de Cristo em nosso lugar (I João 2:2), e nossa fé Nele (João 3:16). Todos os nossos pecados são perdoados e nunca seremos condenados por eles (Romanos 8:1). Não devemos olhar para o Tribunal de Cristo como Deus julgando nossos pecados, mas sim como Deus nos galardoando por nossas vidas. Sim, como dizem as Escrituras, teremos que dar conta de nossas vidas. Parte disto é, certamente, dar conta pelos pecados que cometemos. Entretanto, este não será o foco principal do Tribunal de Cristo.
No Tribunal de Cristo, crentes são recompensados tomando-se por base o quão fielmente serviram a Cristo (I Coríntios 9:4-27; II Timóteo 2:5). As coisas pelas quais seremos julgados serão provavelmente o quão fielmente obedecemos à Grande Comissão (Mateus 28:18-20), o quão vitoriosos fomos sobre o pecado (Romanos 6:1-4), o quão bem controlamos nossa língua (Tiago 3:1-9), etc. A Bíblia fala dos crentes recebendo coroas por diferentes coisas com base em quão fielmente serviram a Cristo (I Coríntios 9:4-27; II Timóteo 2:5). As várias coroas são descritas em II Timóteo 2:5; II Timóteo 2:4-8; Tiago 1:12; I Pedro 5:4 e Apocalipse 2:10. Tiago 1:12 é um bom resumo de como devemos pensar no Tribunal de Cristo: “Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.”
O Julgamento do Grande Trono Branco é encontrado em Apocalipse 20:11-15 e é o julgamento final antes que os perdidos sejam lançados ao lago de fogo (o lugar de eterna punição comumente conhecido como inferno). Sabemos, através de Apocalipse 20:7-15 que este julgamento ocorrerá após o milênio e após Satanás, a besta e o falso profeta serem lançados ao lago de fogo (Apocalipse 20:7-10). Os livros que forem abertos (Apocalipse 20:12) contêm registros dos feitos de todos, bons ou maus, porque Deus sabe tudo o que já foi dito, feito ou mesmo pensado; e Ele recompensará ou punirá cada qual adequadamente (Salmos 28:4; Salmos 62:12; Romanos 2:6; Apocalipse 2:23; Apocalipse 18:6; Apocalipse 22:12).
Nesta hora é aberto também outro livro, que é o “livro da vida” (Apocalipse 20:12). Este é o livro que determina se uma pessoa herdará vida eterna com Deus ou receberá punição eterna no lago do fogo. Mesmo sendo os crentes responsáveis por seus atos, eles são perdoados em Cristo e seus nomes são escritos no “livro da vida desde a fundação do mundo” (Apocalipse 17:8). Das Escrituras também aprendemos que é neste julgamento que Jesus assim julgará: “E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (Apocalipse 20:12) e que o nome de qualquer um que não for achado no livro da vida, este será lançado no lago de fogo (Apocalipse 20:15).
O fato de que haverá um julgamento final para todos os homens, crentes e não crentes, é claramente confirmado em muitas passagens da Escritura. Cada pessoa, um dia, estará de pé perante Cristo e será julgada por seus atos. Apesar de ser muito claro que o Julgamento do Grande Trono Branco é o julgamento final de Cristo, os cristãos discordam a respeito de como isto se relata com os outros julgamentos mencionados na Bíblia, e a respeito de quem exatamente será julgado no Julgamento do Grande Trono Branco.
Muitos cristãos acreditam que as Escrituras revelam três diferentes julgamentos que virão. O primeiro será o julgamento dos “bodes e ovelhas” ou um “julgamento das nações”, como visto em Mateus 25:31-36. Eles crêem que ocorrerá após o período da tribulação, mas antes do milênio, e que servirá para determinar quem entrará no reino milenar. O segundo é um julgamento das obras dos crentes, ao qual freqüentemente se refere como o “Grande Tribunal de Cristo” (II Coríntios 5:10), no qual os cristãos receberão graus de recompensas por seus feitos ou serviços a Deus. O terceiro é o julgamento do “grande Trono Branco”, ao final do milênio (Apocalipse 20:11-15); que é o julgamento dos incrédulos, no qual serão julgados de acordo com suas obras e sentenciados à punição eterna no lago de fogo.
Outros cristãos crêem que todos estes três julgamentos, como visto em Mateus 25:31-36, II Coríntios 5:10 e Apocalipse 20:11-15, são o mesmo julgamento final, não três julgamentos separados. Em outras palavras, os que têm esta visão crêem que o julgamento do “Grande Trono Branco” em Apocalipse 20:11-15 será o tempo em que tanto crentes quanto incrédulos serão da mesma forma julgados. Aqueles cujos nomes são achados no “livro da vida” serão julgados por suas obras para que se determinem os galardões ou perda de galardões que receberão; e aqueles cujos nomes não estiverem no “livro da vida” serão julgados de acordo com suas obras para que se determine o grau de punição que receberão no lago de fogo. Os que têm esta visão crêem que Mateus 25:31-46 é uma outra descrição do que acontece no julgamento do “Grande Trono Branco”. Eles mostram o fato de que o resultado deste julgamento é o mesmo que é visto após o julgamento do “Grande Trono Branco em Apocalipse 20:11-15. AS “ovelhas” (crentes) entram na vida eterna enquanto os “bodes” (incrédulos) são lançados na “punição eterna” (Mateus 25:46).
Qualquer que seja a visão que tivermos do julgamento do “Grande Trono Branco”, é importante que não se perca de vista três fatos muito importantes em relação à vinda do julgamento ou julgamentos. 1- Que Jesus cristo será o juiz. 2- Que todos os incrédulos serão julgados por Cristo, e que eles serão punidos de acordo com as obras que praticaram. A Bíblia é muito clara ao dizer que o incrédulo está armazenando “ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” (Romanos 2:5), e que Deus “recompensará cada um segundo as suas obras” (Romanos 2:6). 3- Que os crentes também serão julgados por Cristo, mas uma vez que a justiça de Cristo a eles foi imputada e seus nomes estão escritos no “livro da vida”, eles serão galardoados de acordo com as obras que fizeram. Romanos 14:10-12 é muito claro ao dizer que “todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo” e que cada um de nós “dará conta de si mesmo a Deus”.
Sem dúvidas a Bíblia é bastante clara ao dizer que todos, crentes e não crentes, de igual modo irão, um dia, comparecer perante Cristo para serem julgados. Mas a boa notícia para o crente é que nosso julgamento não será para determinar se seremos lançados no lago de fogo, porque isto já terá sido estabelecido uma vez que cremos no evangelho e nos tornamos “filhos de Deus”. Aqueles que verdadeiramente são salvos receberam o beneficio da grande troca na qual nossos pecados são creditados a Cristo e Sua justiça é a nós imputada. Portanto, enquanto nossa salvação está assegurada em Cristo ainda assim daremos conta de nós mesmos a Deus (Romanos 14:12) e devemos ao máximo nos esforçar para fazermos tudo para a glória de Deus (I Coríntios 10:31).
A Bíblia descreve o Céu como um lugar real. A palavra céu é mencionada 276 vezes apenas no Novo Testamento. As Escrituras se referem a três céus. O Apóstolo Paulo “foi arrebatado até ao terceiro céu”, mas foi proibido de revelar o que lá presenciou (2 Coríntios 12:1-9).
Se existe um terceiro céu, então também deve existir dois outros céus. O primeiro é geralmente chamado no Velho Testamento de firmamento, o qual aparece como um arco que cobre toda a terra. Esse é o céu que contém nuvens, a área onde os passarinhos voam. O secundo céu é o espaço interestelar, o qual é a residência de seres angélicos supernaturais e objetos celestiais (Gênesis 1:14-18).
O terceiro céu, cuja localidade não é revelada, é a residência do Deus Triúno. O plano de Deus é de encher o céu com os seguidores de Jesus Cristo. Não é de estranhar que a palavra céu é usada com o mesmo sentido que vida eterna! Jesus prometeu preparar um lugar para os Cristãos verdadeiros no céu (João 4:12). Céu também é o destino dos santos do Velho Testamento que morreram confiando na promessa de Deus de um Redentor (Efésios 4:8). Aquele que crê em Cristo não vai perecer, mas vai ter vida eterna (João 3:16).
O Apóstolo João foi muito privilegiado em ver e relatar sobre a cidade celestial (Apocalipse 21:10-27). João viu que o céu possui a “glória de Deus” (Apocalipse 21:11). Essa é a glória do Shekinah, quer dizer, a presença de Deus. Porque o céu não tem noite e o Senhor é a luz, o sol e a lua não serão mais necessários (Apocalipse 22:5).
A cidade é cheia do brilho de pedras preciosas e jaspes claros como os cristais. O céu tem 12 portas (Apocalipse 21:12) e 12 fundamentos (Apocalipse 21:14). O paraíso do Jardim do Éden é restaurado: o rio da água da vida corre livremente e a árvore da vida está disponível novamente, dando fruto mensalmente com folhas que são para “a cura dos povos” (Apocalipse 22:1-2). Por mais eloquente que João tenha sido em sua descrição do céu, a realidade do céu vai muito além do que um homem finito pode descrever (1 Coríntios 2:9). No entanto, podemos saber que o céu é mais real do que essa terra que um dia passará.
O Céu é um lugar de “não mais”. No Céu, não vai ter mais lágrimas, não mais dores e não mais sofrimento (Apocalipse 21:4). Não haverá mais separação porque a morte vai ser conquistada (Apocalipse 20:6). A melhor coisa sobre o Céu é a presença do nosso Senhor e Salvador. Estaremos face a face com o Cordeiro de Deus que tanto nos amou e Se sacrificou para que pudéssemos gozar de Sua presença por toda a eternidade.
O Céu é com certeza um lugar real. A Bíblia nos diz que o céu é o trono de Deus (Isaías 66:1, Atos 7:48-49, Mateus 5:34-35). Depois da ressurreição e aparição de Jesus na terra aos Seus discípulos, Ele: “...foi recebido no céu e assentou-se à destra de Deus” (Marcos 16:19, Atos 7:55-56). “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” (Hebreus 9:24). Jesus não só foi adiante de nós, entrando a nosso favor, mas Ele está vivo e tem um ministério atual no céu, servindo como nosso sumo sacerdote no verdadeiro tabernáculo feito por Deus (Hebreus 6:19-20; 8:1-2).
Jesus também nos disse que há muitas moradas na casa de Deus e que Ele foi preparar um lugar para nós. Temos a garantia de Sua palavra que um dia Ele voltará à terra para nos levar com Ele de volta ao Céu (João 14:1-4). Nossa crença em um lar eterno no céu é baseada em uma promessa explícita de Jesus. O Céu com certeza é um lugar real. O Céu realmente existe.
Quando as pessoas negam a existência do céu, negam não só a escrita Palavra de Deus, mas também os desejos mais íntimos de seu coração. Paulo se dirigiu a esse assunto com os Cristãos da igreja de Corinto, encorajando a todos eles a se apegarem à esperança do céu para que não se desanimassem: “Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial; se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus. Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida” (2 Coríntios 5:1-4). Ele os encorajou a ter grande antecipação por seu lar eterno no céu, tal perspectiva iria capacitá-los a aguentar as dificuldades e decepções dessa vida. “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (2 Coríntios 4:17-18).
Assim como Deus colocou nos corações dos homens o conhecimento de que Ele existe (Romanos 1:19-20), assim também somos “programados” para desejar o céu. O céu é o tema principal de inúmeros livros, música e obras de arte. Infelizmente, nosso pecado barrou a nossa entrada ao céu. Já que o céu é a morada de um Deus perfeito e santo, o pecado não pode entrar lá, e nem pode ser tolerado. Felizmente, Deus nos providenciou uma Chave para abrir as portas do céu – Jesus Cristo. Todo aquele que crê em Jesus e pede por perdão do pecado vai ver que as portas do céu vão abrir-se completamete para sua entrada. “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado {purificado: aspergido} de má consciência e lavado o corpo com água pura” (Hebreus 10:19-22).
Esse é um assunto que incomoda muita gente e que se origina de uma compreensão incompleta de três coisas: a natureza de Deus, a natureza do homem e a natureza do pecado. Como seres pecaminosos, a natureza de Deus é um conceito difícil de entendermos por completo.Temos a tendência de ver Deus como um Ser gentil e misericordioso cujo amor por nós excede e subestima todos os seus outros atributos. Claro que Deus é amoroso, gentil e misericordioso, mas Ele é primeiramente um Deus santo e justo. Tão santo que Ele, na verdade, não pode tolerar pecado. Ele é um Deus cuja ira queima contra os perversos e aqueles que O desobedecem (Isaías 5:25; Oséias 8:5; Zacarias 10:3). Ele não só é um Deus amoroso; Ele é o próprio amor! No entanto, a Bíblia também nos diz que Ele odeia todo tipo de pecado (Provérbios 6:16-19). Mesmo sendo tão misericordioso, ainda há limites para a Sua misericórdia. “Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar” (Isaías 55:6-7).
O homem, em seu estado não regenerado, é corrompido pelo pecado, e esse pecado é sempre uma ofensa direta contra Deus. Quando Davi pecou ao cometer adultério com Bate-Seba e assassinar Urias, ele respondeu com uma oração interessante: “Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista…” (Salmos 51:4). Já que Davi tinha pecado contra Bate-Seba e Urias, como é que ele pôde ter dito que tinha pecado contra Deus? Davi entendia que todo pecado é na verdade contra Deus. Deus é um Ser eterno e infinito (Salmos 90:2). Como resultado, todo pecado exige uma punição eterna. Nosso pecado ofendeu o caráter santo, perfeito e infinito de Deus, e apesar de que em nossas mentes nosso pecado é limitado em tempo, a Deus – que vai além de quaisquer restrições de tempo – o pecado que Ele tanto odeia não tem fim. Nosso pecado está diante dEle continuamente e precisa ser punido continuamente para satisfazer Sua justiça santa.
Ninguém entende isso melhor do que alguém que está no inferno. Um exemplo perfeito é a história do homem rico e do mendigo chamado Lázaro. Os dois morreram e o homem rico foi para o inferno enquanto Lázaro foi para o céu (chamado de seio de Abraão em Lucas 16). Claro que o homem rico estava ciente do fato de que seus pecados foram apenas cometidos durante sua vida terrena. Mas é interessante notar que ele nunca diz: “Como é que eu acabei vindo para cá?” Ninguém faz essa pergunta no inferno. Ele não diz: “Será que eu realmente merecia isso?” “Será que isso não é um pouco extremo? Será que isso não é demais?” Ele não disse nada disso. Ele apenas pede que alguém vá aos seus irmãos que ainda estão vivos para adverti-los a não irem para o inferno.
Como o homem rico, todo pecador tem uma realização completa de de sua miséria no inferno, assim como uma consciência bem informada, completamente ciente e sensível – a qual se torna seu próprio termômetro. Essa é a experiência de tortura no inferno – uma alma bem ciente de seu pecado juntamente com uma consciência continuamente a acusar, martelando constantemente sem qualquer alívio. A culpa daquele pecador produz vergonha e sentimentos de ódio e abominação contra si mesmo. O homem rico sabia que punição eterna por uma vida de pecados é justificada e merecida. Por isso ele nunca protestou ou questionou o fato de que devia estar no inferno.
As realidades de condenação eterna, inferno eterno e punição eterna são assustadoras e assim devem ser. No entanto, ficar tão atemorizado é para o bem do pecador. Enquanto isso pode até soar amargo (e é!), há boas novas. Deus nos ama (João 3:16) e quer que sejamos salvos do inferno (2 Pedro 3:9). Mas porque Deus também é justo e correto, Ele não pode deixar de punir o pecado. Alguém tem que pagar o preço. Em Sua grande misericórdia e amor, Deus providenciou o Seu próprio pagamento para o nosso pecado. Ele enviou o Seu Filho Jesus Cristo para pagar pela penalidade dos nossos pecados ao morrer na cruz por nós. A morte de Jesus foi uma morte infinita porque Ele é o infinito Deus-homem, disposto a pagar um débito infinito pelo pecado, para que não tivéssemos que pagar por essa punição no inferno por toda a eternidade (2 Coríntios 5:21). Se confessarmos nossos pecados, pedirmos pelo perdão de Deus, e colocarmos nossa fé em Cristo, seremos salvos, perdoados, purificados e receberemos a garantia de um lar eterno no céu. Deus nos amou tanto que providenciou uma meio de salvação, mas se rejeitarmos o Seu presente de vida eterna, teremos que encarar as consequências eternas dessa decisão.
A idéia de que há níveis diferentes de punição no inferno provavelmente se origina da obra A Divina Comédia de Dante Alighieri. Ela foi escrita entre 1308 e 1321 e foi amplamente considerada como o poema épico principal da literatura italiana. Em tal obra, o poeta romano Virgílio guia Dante através dos nove círculos do inferno. Os círculos são concêntricos, representando um aumento gradual de perversidade e culmina no centro da terra, onde Satanás está preso. Os pecadores de cada círculo são punidos de um forma que corresponde aos seus crimes. Cada pecador é afligido por toda a eternidade pelo maior pecado que cometeu. Pessoas que pecaram mas oraram por perdão antes de morrerem encontram-se no Purgatório, não no inferno, onde trabalham para se livrarem de seus pecados. De acordo com Dante, os círculos vão do primeiro pecado, onde os que não foram batizados e pagãos habitam, ao centro do inferno, o qual é reservado para aqueles que cometeram o pior tipo de pecado – traição contra Deus.
Apesar de não mencionar esse assunto especificamente, a Bíblia talvez aparenta indicar que existem níveis diferentes de punição no inferno. Em Apocalipse 20:11-15, as pessoas são julgadas “pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (Apocalipse 20:12). Todas as pessoas desse julgamento, no entanto, são jogadas no lago do fago (Apocalipse 20:13-15). Então, talvez, o propósito do julgamento é determinar quão severa a punição no inferno será. Qualquer que seja o caso, ser jogado em um fogo menos quente do lago do fogo não serve como consolo àqueles que serão condenados por toda a eternidade.
Quaisquer graus de punição o inferno possui, é claro que é um lugar a ser evitado. Infelizmente, a Bíblia diz que a maioria das pessoas vão para o inferno, não ao céu. “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mateus 7:13-14). Uma pergunta a ser feita é: “em qual estrada me encontro?” Os “muitos” que estão no caminho largo têm uma coisa em comum – todos rejeitaram a Cristo como o único caminho ao Céu. Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). Se Ele disse que é o único Caminho, Ele estava falando sério. Qualquer um que segue qualquer outro caminho que não seja Jesus Cristo está no caminho largo rumo à destruição, e se há ou não níveis diferentes de punição no inferno, o sofrimento será horrível, temeroso, eterno e evitável.
O conceito do "sono da alma" não é uma doutrina bíblica. Quando a Bíblia diz que uma pessoa está "dormindo" em relação à morte (Lucas 8:52; 1 Coríntios 15:6), não significa um “sono” literal. Dormir é só uma forma de descrever a morte porque um corpo morto aparenta estar dormindo. A Bíblia nos diz que no momento que morremos, somos levados ao céu ou ao inferno, dependendo de se colocamos nossa fé em Cristo para a nossa salvação. Para os Cristãos, estar ausente do corpo é estar presente com o Senhor (2 Coríntios 5:6-8; Filipenses 1:23). Para os incrédulos, a morte significa punição eterna no inferno (Lucas 16:22-23). No momento que morremos, temos que encarar o julgamento de Deus (Hebreus 9:27). Até à ressurreição, no entanto, há um céu temporário chamado de “Paraíso” (Lucas 23:43; 2 Coríntios 12:4) e um inferno temporário chamado no grego de “Hades” (Apocalipse 1:18; 20:13-14).
De certa forma, o corpo de uma pessoa está “dormindo” enquanto sua alma está no Paraíso ou Hades. Esse corpo então é “acordado” e transformado em um corpo eterno que essa pessoa possuirá por toda a eternidade. Esses corpos eternos são o que possuiremos por toda a eternidade, quer estejamos no céu ou no inferno. Aqueles que estavam no Paraíso serão enviados ao novo céu e nova terra (Apocalipse 21:1). Aqueles que estavam no Hades serão lançados no lago de fogo (Apocalipse 20:11-15). Esses serão os dois destinos finais de todas as pessoas – baseado completamente em se aquela pessoa confiou apenas em Jesus Cristo para a salvação de seus pecados ou não.
Grupos atuais que defendem a doutrina do sono da alma são a Igreja Adventista do Sétimo Dia, as Testemunhas de Jeová, os Cristadelfianos e outros.
A Bíblia nos diz: “Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu” (Mateus 22:30). Essa foi a resposta de Jesus a uma pergunta sobre uma mulher que tinha sido casada várias vezes em sua vida – com quem ela seria casada no céu (Mateus 22:23-28)? É evidente que não vai haver algo como casamento no céu. Isso não significa que um marido e sua esposa não vão se reconhecer no céu. Isso também não significa que um marido e sua esposa não possam ter um relacionamento próximo no céu. O que aparenta ser o caso, no entanto, é que o marido e sua esposa não vão mais estar casados no céu.
Provavelmente não vai haver casamento no céu porque não vai haver necessidade para isso. Quando Deus estabeleceu o casamento, Ele assim o fez para preencher certas necessidades. Primeiro, Ele viu que Adão precisava de uma companheira. “Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gênesis 2:18). Eva foi a solução para a solidão de Adão, assim como para a sua necessidade de uma “auxiliadora”, alguém que estaria ao seu lado como sua companheira por toda a sua vida. No céu, no entanto, não vai existir solidão, nem vai existir a necessidade de auxiliadoras. Estaremos cercados por multidões de crentes e anjos (Apocalipse 7:9), todas as nossas necessidades vão ser supridas, incluindo a necessidade de companheirismo.
Segundo, Deus criou o casamento como uma forma de procriação para encher a terra com seres humanos. O céu, no entanto, não vai ser populado através de procriação porque no céu teremos corpos glorificados. Aqueles que vão ao céu vão chegar lá através de fé no Senhor Jesus Cristo; eles não vão ser criados através de reprodução. Portanto, não há nenhum propósito para o casamento no céu, já que não há procriação nem solidão.