A Bíblia tem muito a dizer sobre o fim dos tempos. Quase todos os livros da Bíblia contêm profecias a respeito do fim dos tempos. Organizá-las todas juntas pode ser tarefa difícil. Segue-se um breve resumo do que declara a Bíblia a respeito do que acontecerá no fim dos tempos:
Cristo levará da terra todos os crentes nascidos de novo, que são parte da Igreja (os santos do Novo Testamento) através de um acontecimento conhecido como Arrebatamento (I Tessalonicenses 4:13-18; I Coríntios 15:51 em diante). Perante o Tribunal de Cristo estes crentes serão galardoados pelas boas obras e serviços durante o tempo na terra, ou perderão galardão, mas não perderão a vida eterna por falta de serviço ou obediência (I Coríntios 3:11-15; II Coríntios 5:10).
O anticristo (a besta) assumirá o poder e assinará um pacto de paz (firmará uma aliança) com Israel por sete anos (Daniel 9:27). Este período de sete anos é conhecido como a Tribulação. Durante a Tribulação, haverá guerras terríveis, fomes, pragas e desastres naturais. Deus derramará Sua ira contra o pecado, mal e iniqüidade. Durante a Tribulação terão lugar os quatro cavaleiros do apocalipse, os sete selos, trombetas e taças.
Quando se passar cerca de metade destes 7 anos, o anticristo irá romper o pacto de paz com Israel e com eles guerrear novamente. O anticristo causará abominação e desolação e levantará uma imagem de si mesmo para ser adorada no templo (Daniel 9:27; II Tessalonicenses 2:3-10). A segunda metade da Tribulação é conhecida como A Grande Tribulação e o tempo de angústia para Jacó.
Ao final da Tribulação dos sete anos, o anticristo iniciará um ataque final sobre Jerusalém, que culminará na Batalha do Armagedom. Jesus Cristo retornará, destruirá o anticristo e seus exércitos e os lançará no lago de fogo (Apocalipse 19:11-21). Cristo então amarrará Satanás no Abismo por 1000 anos e governará Seu reino na terra por estes 1000 anos (Apocalipse 20:1-6).
Ao final dos 1000 anos, Satanás será solto, novamente derrotado, e então lançado no lago de fogo (Apocalipse 20:7-10). Então Cristo julgará todos os incrédulos (Apocalipse 20:10-15) no Julgamento do Grande Trono Branco, lançando a todos no lago de fogo. Cristo então introduzirá um Novo Céu e Nova Terra: a eterna morada dos crentes. Não mais haverá pecado, tristeza ou morte. Virá também dos céus a Nova Jerusalém (Apocalipse capítulos 21-22).
Mateus 24:5-8 nos dá algumas indicações importantes para que possamos discernir a aproximação do fim dos tempos: “Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores.” Um aumento de falsos messias, um aumento de guerras e aumento em fomes, pragas, desastres naturais: estes são “sinais” do fim dos tempos. Mas mesmo nesta passagem, entretanto, estamos sendo advertidos. Não devemos nos deixar enganar (Mateus 24:4), pois estes acontecimentos são apenas o “princípio de dores” (Mateus 24:8), e o fim dos tempos ainda está por vir (Mateus 24:6).
Muitos intérpretes apontam cada terremoto, cada agitação política e cada ataque a Israel como um sinal preciso de que o fim dos tempos está rapidamente se aproximando. Mesmo sendo estes eventos sinais de que o fim dos tempos se aproxima, não são necessariamente indicadores de que o fim dos tempos já chegou. O Apóstolo Paulo avisou que os últimos dias trariam um notável aumento nos falsos ensinamentos. “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (I Timóteo 4:1). Os últimos dias são descritos como “tempos perigosos” por causa do aumento do caráter maligno do homem e pessoas que ativamente “resistem à verdade” (II Timóteo 3:1-9; veja também II Tessalonicenses 2:3).
Outros possíveis sinais incluiriam a reconstrução de um templo judaico em Jerusalém, aumentada hostilidade para com Israel e avanços para um único governo mundial. O sinal mais importante do fim dos tempos, entretanto, é a nação de Israel. Em 1948, Israel foi reconhecido como um Estado soberano pela primeira vez desde 70 d.C. Deus prometeu a Abraão que sua posteridade possuiria Canaã como uma “perpétua possessão” (Gênesis 17:8), e Ezequiel profetizou uma ressurreição física e espiritual de Israel (Ezequiel 37). Ter Israel como nação em sua própria terra é importante à luz da profecia do fim dos tempos, por causa da distinção de Israel na escatologia (Daniel 10:14; 11:41; Apocalipse 11:8).
Tendo em mente estes sinais, podemos ser sábios e discernir em relação à expectativa do fim dos tempos. Não devemos, entretanto, interpretar qualquer destes eventos únicos como uma clara indicação da iminente chegada do fim dos tempos. Deus nos deu informações suficientes para que possamos estar preparados, mas não informação suficiente para que nos tornemos arrogantes.
A palavra “arrebatamento” não aparece na Bíblia. O conceito de Arrebatamento, entretanto, é claramente ensinado nas Escrituras. O Arrebatamento da igreja é o evento no qual Deus remove todos os crentes da terra para abrir caminho para que Seu justo julgamento seja derramado sobre a terra durante o período da Tribulação. O Arrebatamento é descrito principalmente em I Tessalonicenses 4:13-18 e I Coríntios 15:50-54. I Tessalonicenses 4:13-18 descreve o Arrebatamento como Deus ressuscitando todos os crentes que já morreram, dando a eles corpos glorificados. “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (I Tessalonicenses 4:16-17).
I Coríntios 15:50-54 focaliza na natureza instantânea do Arrebatamento e nos corpos glorificados que receberemos. “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (I Coríntios 15:51-52). O Arrebatamento é o acontecimento glorioso que devemos todos esperar ansiosamente. Finalmente ficaremos livres do pecado. Estaremos para sempre na presença de Deus. Há excessivo debate a respeito do significado e magnitude do Arrebatamento. Esta não é a intenção de Deus. Mas ao invés disso, no que diz respeito ao Arrebatamento, Deus quer que “encorajemos uns aos outros com estas palavras.”
A tribulação é um período futuro de 7 anos no qual Deus terminará de disciplinar Israel e finalizará Seu julgamento do mundo incrédulo. A Igreja, composta de todos aqueles que já confiaram na pessoa e obras do Senhor Jesus para salvá-los de serem punidos pelo pecado, não estará presente durante a Tribulação. A Igreja será removida da terra em um acontecimento conhecido como o Arrebatamento (I Tessalonicenses 4:13-18; I Coríntios 15:51-53). A Igreja é salva da ira que está por vir (I Tessalonicenses 5:9). Através da Escritura, refere-se à Tribulação por outros nomes, tais como:
1) O Dia do Senhor (Isaías 2:12; 13:6, 9; Joel 1:15, 2:1, 11, 31, 3:14; I Tessalonicenses 5:2)
2) Angústia ou tribulação (Deuteronômio 4:30; Sofonias 1:15)
3) Grande Tribulação, que se refere ao período mais intenso, da segunda metade do período de 7 anos (Mateus 24:21)
4) Tempo ou dia da angústia (Daniel 12:1; Sofonias 1:15)
5) O tempo da angústia para Jacó (Jeremias 30:7).
É necessário que se compreenda Daniel 9:24-27 para que se possa entender o propósito e tempo da Tribulação. Esta passagem em Daniel fala das 70 semanas que foram declaradas contra “o teu povo”. O “povo” de Daniel são os judeus, a nação de Israel, e do que Daniel 9:24 fala é um período de tempo que Deus deu “para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.” Deus declara que “70 semanas” cumprirão todas estas coisas. É importante compreender que quando se menciona as “70 semanas”, não se está falando de uma semana como a conhecemos (7 dias). A palavra hebraica “heptad”, traduzida como semana em Daniel 9:24-27, significa literalmente “7” e 70 semanas literalmente significam 70 setes (70 vezes 7). Este período de tempo do qual fala Deus é na verdade 70 “setes” de anos, ou 490 anos. Isto se confirma por outra parte desta passagem em Daniel. Nos versos 25 e 26, é dito a Daniel que o Messias será cortado “sete semanas, e sessenta e duas semanas” (um total de 69 semanas) começando com o decreto para reconstruir Jerusalém. Em outras palavras, 69 setes de anos (483 anos) depois do decreto para reconstruir Jerusalém, o Messias será cortado. Historiadores bíblicos confirmam que 483 anos se passaram desde o tempo do decreto para reconstruir Jerusalém até o tempo em que Jesus foi crucificado. A maioria dos estudiosos cristãos, a despeito de suas opiniões sobre escatologia (coisas/eventos futuros), compreendem as 70 semanas de Daniel como exposto acima.
Tendo se passado 483 anos desde o decreto para reconstruir Jerusalém até o Messias ser cortado, isto deixa 1 sete (sete anos) a serem cumpridos, como está em Daniel 9:24: “para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.” Este período final de 7 anos é conhecido como o Período da Tribulação: é um tempo no qual Deus termina de julgar Israel por seu pecado.
Daniel 9:27 dá um pouco de luz sobre o período dos 7 anos de Tribulação. Daniel 9:27 diz: “E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” A pessoa da qual fala este verso é a pessoa que Jesus chama de “a abominação da desolação” (Mateus 24:15) e é chamado de besta em Apocalipse 13. Daniel 9:27 diz que a besta firmará aliança (pacto) por 1 semana (7 anos), mas no meio desta semana (depois de passados 3 ½ anos de Tribulação), ele romperá com a aliança, dando fim ao sacrifício e oblação (oferenda, sacrifício). Apocalipse 13 explica que a besta erguerá uma imagem de si mesmo no templo e exigirá que o mundo o adore. Apocalipse 13:5 diz que isto ocorrerá por 42 meses, ou seja, 3 anos e meio. Como Daniel 9:27 diz que isto acontecerá no meio da semana, e Apocalipse 13:5 diz que a besta fará isto por um período de 42 meses, é fácil verificar que a total duração é 84 meses ou 7 anos. Veja também Daniel 7:25, onde “um tempo, e tempos, e metade de um tempo” (tempo=1 ano; tempos=2 anos; metade de um tempo= ½ ano; total de 3 ½ anos) também se referem à Grande Tribulação, a última metade do período de 7 anos de Tribulação onde a “abominação da desolação” (a besta) estará no poder.
Para referências adicionais a respeito da Tribulação, veja Apocalipse 11:2-3, que fala dos 1260 dias e 42 meses, e Daniel 12:11-12, que fala dos 1290 dias e 1335 dias, todos se referindo à metade da Tribulação. Os dias adicionais em Daniel 12 podem incluir o tempo ao final para o julgamento das nações (Mateus 25:31-46) e o tempo do estabelecimento do reino milenar de Cristo (Apocalipse 20:4-6).
A sincronia entre o Arrebatamento e a Tribulação é um dos assuntos mais polêmicos na igreja de hoje. As três visões predominantes são as seguintes: a visão pré-tribulacional (o Arrebatamento ocorre antes da Tribulação), a visão mesotribulacional (o Arrebatamento ocorre no meio da Tribulação) e a visão pós-tribulacional (o Arrebatamento ocorre ao final da Tribulação). Uma quarta visão, comumente conhecida como pré-ira, é uma ligeira modificação da visão mesotribulacional.
Primeiramente, é importante reconhecer o propósito da Tribulação. De acordo com Daniel 9:27, há uma septuagésima “semana” (7 anos) que ainda está por vir. A completa profecia de Daniel das setenta semanas (Daniel 9:20-27) fala da nação de Israel. É um período de tempo no qual Deus focaliza a Sua atenção especialmente em Israel. A septuagésima semana, ou seja, a Tribulação, deve também ser um tempo quando Deus lida especificamente com Israel. Apesar de não necessariamente indicar que a igreja não possa estar também presente, isto nos leva a perguntar por que a igreja precisaria estar na terra durante este período.
A passagem principal das Escrituras a respeito do Arrebatamento é I Tessalonicenses 4:13-18. Esta passagem afirma que todos os crentes vivos, juntamente com os crentes que já morreram, encontrarão o Senhor Jesus nos ares e estarão com Ele para sempre. O Arrebatamento é Deus removendo o Seu povo da terra. Uns poucos versículos depois, I Tessalonicenses 5:9, Paulo diz: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo.” O livro de Apocalipse, o qual lida principalmente com o período da Tribulação, é uma mensagem profética de como Deus derramará a Sua ira sobre a terra durante a Tribulação. Pareceria inconsistente que Deus prometesse aos crentes que não sofreriam ira para então deixá-los na terra durante a Tribulação. O fato de que Deus promete livrar os cristãos da ira logo após prometer retirar o Seu povo da terra parece juntar esses dois eventos.
Outra passagem crucial sobre o momento do Arrebatamento é Apocalipse 3:10. Nela Cristo promete livrar os crentes da “hora da tentação” que virá sobre a terra. Isto poderia significar duas coisas: (1) Cristo protegerá os crentes em meio às tentações, ou (2) Cristo livrará os crentes das tentações ao deixá-los fora delas. Ambos são significados válidos da palavra grega que traduzimos como “da”. Entretanto, é importante reconhecer de que os crentes têm a promessa de serem protegidos. Não é somente da tentação, mas da “hora” da tentação. Cristo promete guardar os crentes do período que contém as tentações, ou seja, da Tribulação. O propósito da Tribulação, o propósito do Arrebatamento, o significado de I Tessalonicenses 5:9 e a interpretação de Apocalipse 3:10 dão claro apoio à posição pré-tribulacional. Se a Bíblia for interpretada literalmente e com consistência, a visão pré-tribulacional é a interpretação mais baseada nas Escrituras.
A Segunda vinda de Jesus Cristo é a esperança dos crentes de que Deus está em controle sobre todas as coisas e é fiel às promessas e profecias em Sua Palavra. Em Sua Primeira Vinda, Jesus Cristo veio à terra como um bebê em uma manjedoura em Belém, exatamente como fora profetizado. Jesus cumpriu muitas das profecias do Messias durante o Seu nascimento, vida, ministério, morte e ressurreição. Entretanto, há algumas profecias a respeito do Messias que Jesus ainda não cumpriu. A Segunda Vinda de Cristo será o retorno de Cristo para cumprir estas profecias restantes. Em Sua Primeira Vinda, Jesus foi o servo que sofreu. Em Sua Segunda Vinda, Jesus será o Rei conquistador. Em Sua Primeira Vinda, Jesus aqui chegou na mais humilde das circunstâncias. Em Sua Segunda Vinda, Jesus chegará com os exércitos do céu ao Seu lado.
Os Profetas do Antigo Testamento não fizeram distinção entre as duas vindas. Podemos ver isto em Escrituras como Isaías 7:14; 9:6-7 e Zacarias 14:4. Como resultado das profecias aparentemente falarem em dois indivíduos, muitos estudiosos judeus acreditaram que haveria tanto um Messias sofredor quanto um Messias conquistador. O que falharam em compreender é que o mesmo Messias cumpriria os dois papéis. Jesus cumpriu o papel do servo sofredor (Isaías capítulo 53) em Sua Primeira Vinda. Jesus cumprirá o papel do Libertador e Rei de Israel em Sua Segunda Vinda. Zacarias 12:10 e Apocalipse 1:7, descrevendo a Segunda Vinda, recordam Jesus sendo transpassado. Israel e o mundo inteiro se lamentarão por não terem aceitado o Messias em Sua Primeira Vinda.
Após a ascensão de Jesus aos Céus, os anjos declararam aos apóstolos: “Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:11). Zacarias 14:4 identifica a localização da Segunda Vinda como o Monte das Oliveiras. Mateus 24:30 declara: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” Tito 2:13 descreve a Segunda Vinda como “o aparecimento da glória”.
A Segunda Vinda é descrita em seus mínimos detalhes em Apocalipse 19:11-16: “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS, E SENHOR DOS SENHORES.”
Reino Milenar é o nome dado aos 1000 anos do reinado de Jesus Cristo na terra. Alguns buscam interpretar os 1000 anos de forma alegórica. Alguns entendem os 1000 anos meramente como uma forma figurativa de dizer “um longo período de tempo”. Disto, resulta que alguns não esperam um reinado literal e físico de Jesus Cristo na terra. Entretanto, por 6 vezes, Apocalipse 20:2-7 fala do Reino Milenar com duração específica de 1000 anos. Se Deus quisesse dizer “um longo período de tempo”, Ele poderia facilmente tê-lo feito, sem explicitamente e repetidamente mencionar o exato período de tempo.
Segundo a Bíblia, quando Cristo retornar à terra, Ele Se estabelecerá como Rei de Jerusalém, sentado no trono de Davi (Lucas 1:32-33). Os pactos incondicionais exigem uma volta literal e física de Cristo para estabelecer o reino. O pacto de Abraão prometia a Israel uma terra, uma posteridade, um governante e uma bênção espiritual (Gênesis 12-1-3). O pacto da Palestina prometia a Israel a restauração e ocupação da terra (Deuteronômio 30:1-10). O pacto de Davi prometia a Israel perdão: meio pelo qual a nação poderia ser abençoada (Jeremias 31:31-34).
Na segunda vinda, estes pactos serão cumpridos quando Israel for “ajuntada” das nações (Mateus 24:31), se converter (Zacarias 12:10-14) e for restaurada à terra sob a liderança do Messias, Jesus Cristo. A Bíblia fala das condições durante o Milênio como um ambiente perfeito, fisicamente e espiritualmente. Será um tempo de paz (Miquéias 4:2-4; Isaías 32:17-18); gozo (Isaías 61:7,10); conforto (Isaías 40:1-2); sem qualquer pobreza (Amós 9:13-15) ou enfermidade (Joel 2:28-29). A Bíblia também nos diz que somente os crentes terão acesso ao Reino Milenar. Por isso, será um tempo de completa justiça (Mateus 25:37; Salmos 24:3-4); obediência (Jeremias 31:33); santidade (Isaías 35:8); verdade (Isaías 65:16) e plenitude do Espírito Santo (Joel 2:28-29). Cristo governará como rei (Isaías 9:3-7; 11:1-10), com Davi como regente (Jeremias 33:15,17,21; Amós 9:11). Os nobres e príncipes também reinarão (Isaías 32:1; Mateus 19:28). Jerusalém será o centro “político” do mundo (Zacarias 8:3).
Apocalipse 20:2-7 simplesmente dá o período de tempo exato do Reino Milenar. Mesmo sem estas Escrituras, há inúmeras outras que apontam para um reino literal do Messias na terra. O cumprimento de muitos dos pactos e promessas de Deus se baseia em um futuro reino literal e físico. Não há bases sólidas para que se negue uma compreensão literal do Reino Milenar e sua duração de 1000 anos.
O livro do Apocalipse tem sempre sido um desafio para os seus intérpretes. Esse livro é cheio de imagens vívidas e simbolismo, que muitas pessoas têm interpretado de forma diferente, dependendo das suas pressuposições do livro como um todo. Há quatro abordagens principais para interpretar o livro de Apocalipse: 1) Preterista (que vê todos ou quase todos os eventos no livro de Apocalipse como já tendo ocorrido antes do fim do primeiro século); 2) Historicista (que vê o livro de Apocalipse como uma análise da história da Igreja dos tempos apóstolicos até o presente); 3) Idealista (que vê o livro de Apocalipse como uma representação da luta entre o bem e o mal); 4) Futurista (que vê o livro de Apocalipse como profético dos eventos que hão de vir). Dos quatro, apenas a abordagem futurista interpreta o livro de Apocalipse com o mesmo método gramático-histórico que o resto das Escrituras. Esse método também se encaixa melhor com a declaração do livro de Apocalipse de ser profecia (Apocalipse 1:3; 22:7, 10, 18, 19).
Então, a resposta para a pergunta: “quem são os 144,000?” vai depender de qual abordagem de interpretação você usa para o livro de Apocalipse. Com exceção da abordagem futurista, todos as outras abordagens interpretam os 144.000 simbolicamente, como sendo representativos da Igreja, e o número “144,000” é simbólico da totalidade – quer dizer, do número completo – da Igreja. Mesmo assim, ao ler a passagem de forma literal: “Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel” (Apocalipse 7:4), não há nada nessa passagem que encoraje a interpretação dos 144.000 de qualquer outra forma que não seja um número literal de 144.000 judeus, 12.000 tirados de cada tribo dos “filhos de Israel”. O Novo Testamento não oferece nenhum texto bem definido para substituir Israel com a Igreja.
Esses judeus foram “selados”, o que significa que eles têm uma proteção especial de Deus de todos os julgamentos divinos e do anticristo para que possam executar a sua missão durante o período da Tribulação (veja Apocalipse 6:17, em cuja passagem pessoas vão desejar saber quem vai poder suster-se da ira que há de vir). O periodo da Tribulação é um futuro período de sete anos no qual Deus vai executar julgamento divino a todo aquele que O rejeitou, e completar seu plano de salvação para a nação de Israel. Tudo isso acontecerá de acordo com a revelação de Deus ao profeta Daniel (Daniel 9:24-27). Os 144.000 judeus são uma espécie de “primícias” (Apocalipse 14:4) de um Israel remidido, o qual tem sido profetizado anteriormente (Zacarias 12:10; Romanos 11:25-27), e sua missão é evangelizar o mundo após o arrebatamento e proclamar o evangelho durante o período da Tribulação. Como resultado do seu ministério, milhões (“Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos”) vão ter fé em Cristo (Apocalipse 7:9).
Muito da confusão em relação aos 144.000 é o resultado das falsas doutrinas das Testemunhas de Jeová. As Testemunhas de Jeová clamam que 144.000 é um limite ao número de pessoas que vão reinar com Cristo no céu e passar a eternidade com Deus. Os 144.000 têm o que as Testemunhas de Jeová chamam de esperança celestial. Aqueles que não são nascidos de novo vão gozar do que eles chamam de esperança terrestre – um paraíso na terra governado por Cristo e os 144.000. Podemos ver claramente que o ensinamento das Testemunhas de Jeová funda uma sociedade casta depois da morte com uma classe dominante (os 144.000) e aqueles que são dominados. A Bíblia não ensina uma doutrina de “dupla classe”. É verdade que de acordo com Apocalipse 20:4 haverá pessoas reinando no Milênio com Cristo. Essas pessoas serão da Igreja (seguidores de Jesus Cristo), santos do Velho Testamento (seguidores que morreram antes do primeiro Advento de Cristo) e os santos da Tribulação (aqueles que aceitam a Cristo durante o período da Tribulação). Mesmo assim, a Bíblia não coloca nenhum limite numérico a esse grupo de pessoas. Além do mais, o Milênio é diferente do Estado Eterno, o qual vai ocorrer no final do Milênio. Naquela hora, Deus vai habitar conosco na Nova Jerusalém. Ele será o nosso Deus, e seremos o seu povo (Apocalipse 21:3). A herança prometida a nós em Cristo e selada pelo Espírito Santo (Efésios 1:13-14) será nossa e seremos todos co-herdeiros com Cristo (Romanos 8:17).
A frase “abominação da desolação” se refere a Mateus 24:15: “Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda)”. Essa passagem se refere a Daniel 9:27: “Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele”. Veja também Daniel 12:31. Em 167 A.C., um governador grego pelo nome de Antióquio Epifanes preparou um altar a Zeus sobre o altar dos holocaustos no templo judeu em Jerusalém. Ele também sacrificou um porco no altar do templo de Jerusalém. Esse evento é conhecido como a“abominação da desolação”.
Em Mateus 24:15, Jesus estava falando uns 200 anos depois que a abominação da desolação descrita acima tinha ocorrido. Então, Jesus estava profetizando que em algum tempo futuro uma outra abominação da desolação iria acontecer no Templo de Jerusalém. A maioria dos intérpretes das profecias bíblicas acreditam que Jesus estava se referindo ao anticristo, que vai fazer algo muito parecido ao que Antióquio Epifanes fez. Isso é confirmado pelo fato de que parte do que Daniel profetizou em Daniel 9:27 não ocorreu em 167 A.C. com Antióquio Epifanes. Antióquio não confirmou uma aliança com Israel por sete anos. É o anticristo que, no final dos tempos, vai estabelecer uma aliança com Israel por sete anos e então quebrá-la ao fazer algo parecido com a abominação da desolação no Templo de Jerusalém.
Qualquer que seja a futura abominação da desolação, não vai deixar nenhuma dúvida de que aquele que está cometendo tal ato é o anticristo. Apocalipse 13:14 o descreve fazendo algum tipo de imagem à qual muitos serão forçados a se curvar e adorar. Tornar o templo do Deus verdadeiro em um lugar de adoração para si mesmo é uma abominação incrível aos olhos de Deus. Aqueles que estão vivos e permanecem durante a Tribulação devem ser vigilantes e reconhecer que esse evento é o início dos três anos e meio do pior do período da Tribulação e que o retorno de Cristo é iminente. “Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem” (Lucas 21:36).
A palavra “apocalipse” vem da palavra grega "apocalupsis", a qual significa “desvelamento, revelação, remover ou tirar a cobertura”. O livro de Apocalipse às vezes é chamado de “Apocalipse de João” porque é Deus revelando o fim dos tempos ao Apóstolo João. Além disto, a palavra grega para apocalipse é a primeira palavra do texto grego do livro de Apocalipse. A frase “literatura apocalíptica” é usada para descrever o uso de símbolos, imagens e números usados para retratar eventos futuros. Fora do livro de Apocalipse, exemplos de literatura apocalíptica na Bíblia são Daniel capítulos 7-12, Isaías capítulos 24-27, Ezequiel capítulos 37-41 e Zacarias capítulos 9-12.
Por que a literatura apocalíptica foi escrita com tanto simbolismo e tantas imagens? Os livros apocalípticos foram escritos quando era mais prudente disfarçar a mensagem com imagens e simbolismo do que entregar a mensagem com uma linguagem comum. Além disso, o simbolismo criava um elemento de mistério sobre detalhes de tempo e lugar. O propósito de tal simbolismo, no entanto, não era para causar confusão, mas para instruir e encorajar os seguidores de Deus em tempos difíceis.
Além do significado bíblico específico, o termo "apocalipse" é usado frequentemente para se referir ao fim dos tempos em geral, ou aos últimos eventos do fim dos tempos especificamente. Os eventos do fim dos tempos, tal como a Segunda Vinda de Cristo e a Batalha do Armagedom, são também chamados de apocalipse. O apocalipse vai ser a revelação suprema de Deus, Sua ira, Sua justiça e então Seu amor. Jesus Cristo é o “apocalipse” supremo de Deus, já que Ele revelou Deus para nós (João 14:9; Hebreus 1:2).
A palavra “Armagedom” vem da palavra grega “Har-Magedone”, que significa Monte Megiddo. Essa palavra passou a ser sinônimo à batalha futura na qual Deus vai intervir e destruir os exércitos do anticristo como predito em profecia bíblica (Apocalipse 16:16; 20:1-3, 7-10). Milhões de pessoas vão fazer parte da batalha do Armagedom, pois todas as nações unirão suas forças para lutar contra Cristo.
O local exato do vale do Armagedom não é claro porque não existe nenhuma montanha chamada Megiddo. No entanto, já que “Har” também pode significar monte, o lugar mais provável é a área campestre e cheia de montes ao redor da planície de Megiddo, umas sessenta milhas ao norte de Jerusalém. Essa região tem sido o local onde mais de duzentas batalhas aconteceram. A planície de Megiddo e a Planície de Esdraelon vão ser o lugar principal para a batalha de Armagedom, que vai enfurecer toda a região de Israel até a cidade Edomita de Bosra (Isaías 63:1). O vale do Armagedom era famoso por duas grande vitórias na história de Israel: (1) A vitória de Baraque contra os cananitas (Juízes 4:15), e (2) a vitória de Gideão contra os Midianitas (Juízes capítulo 7). Armagedom também foi o lugar de duas grandes tragédias: (1) a morte de Saulo e seus filhos (1 Samuel 31:8), e (2) a morte do rei Josias (2 Reis 23:29-30; 2 Crônicas 35:22).
Por causa dessa história, o vale do Armagedom se tornou um símbolo do conflito final entre Deus e as forças do mal. A palavra “Armagedom” ocorre apenas em Apocalipse 16:16: “Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom”. Essa passagem fala dos reis que são fiéis ao anticristo e se reunem para um ataque final em Israel. Durante o Armagedom, Deus vai “dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira” (Apocalipse 16:19), e o anticristo e seus seguidores vão ser destruídos e derrotados. Armagedom se tornou um termo geral que se refere ao fim do mundo, não exclusivamente à batalha que acontece na Planície de Megiddo.
A frase “dia do Senhor” geralmente identifica eventos que acontecem no final da história (Isaías 7:18-25) e é frequentemente associado com a frase “aquele dia”. Um ponto chave para entender essas frases é perceber que elas sempre identificam um período de tempo no qual Deus vai pessoalmente intervir na história, diretamente ou indiretamente, para cumprir um aspecto específico de Seu plano.
A maioria das pessoas associam “o dia do Senhor” com um período de tempo ou dia especial que vai acontecer no fim dos tempos quando a vontade e propósito de Deus para o Seu mundo e para a humanidade vão ser cumpridos. Alguns estudiosos acreditam que “o dia do Senhor” vai ser um período de tempo longo, ao invés de apenas um dia – um período de tempo quando Cristo vai reinar por todo o mundo antes de purificar o céu e a terra em preparação para o estado eterno de toda a humanidade. No entanto, outros estudiosos acreditam que o dia do Senhor vai ser um evento instantâneo quando Cristo retorna à terra para redimir Seus seguidores fiéis e para mandar os incrédulos para condenação eterna.
A frase “o dia do Senhor” é usada dezenove vezes no Velho Testamento (Isaías 2:12; 13:6, 9; Ezequiel 13:5, 30:3; Joel 1:15, 2:1,11,31; 3:14; Amós 5:18,20; Obadias 15; Sofonias 1:7,14; Zacarias 14:1; Malaquias 4:5) e quatro vezes no Novo Testamento (Atos 2:20; 2 Tessalonicenses 2:2; 2 Pedro 3:10). O Novo Testamento também alude a tal frase em outras passagens (Apocalipse 6:17; 16:14).
As passagens do Velho Testamento que lidam com o dia do Senhor geralmente transmitem um sentido de iminência, proximidade e expectativa: “Uivai, pois está perto o Dia do SENHOR” (Isaías 13:6); “Porque está perto o dia, sim, está perto o Dia do SENHOR” (Ezequiel 30:3); “Ah! Que dia! Porque o Dia do SENHOR está perto” (Joel 1:15); “Tocai a trombeta em Sião e dai voz de rebate no meu santo monte; perturbem-se todos os moradores da terra, porque o Dia do SENHOR vem, já está próximo” (Joel 2:1); “Multidões, multidões no vale da Decisão! Porque o Dia do SENHOR está perto, no vale da Decisão” (Joel 3:14); “Porque o Dia do SENHOR está prestes a vir sobre todas as nações” (Obadias 15); “Cala-te diante do SENHOR Deus, porque o Dia do SENHOR está perto” (Sofonias 1:7); “Está perto o grande Dia do SENHOR; está perto e muito se apressa” (Sofonias 1:14). Isso é porque as passagens do “dia do Senhor” no Velho Testamento se referem a um cumprimento próximo e distante, assim como muitas das profecias do Velho Testamento. Há exemplos no Velho Testamento onde o “dia do Senhor” é usado para descrever julgamentos históricos que já foram cumpridos em pelo menos uma forma (Isaías 13:6-22; Ezequiel 30:2-19; Joel 1:15; 3:14; Amós 5:18-20; Sofonias 1:14-18), enquanto outras vezes se refere a julgamentos divinos que vão acontecer no fim dos tempos (Joel 2:30-32; Zacarias 14:1; Malaquias 4:1,5).
O Novo Testamento chama esse dia de um dia de “ira”, uma dia de “batalha,” e o “grande Dia do Deus Todo-Poderoso” (Apocalipse 16:14); e se refere a um cumprimento ainda futuro quando a ira de Deus é derramada sobre incrédula Israel (Isaías 22: Jeremias 30:1-17; Joel 1-2; Amós 5; Sofonias 1) e o mundo incrédulo (Ezequiel 38–39; Zacarias 14). As Escrituras indicam que o “dia do Senhor” vai vir rapidamente, como um ladrão na noite (Sofonias 1:14-15; 2 Tessalonicenses 2:2) e, portanto, nós como Cristãos devemos estar vigilantes e prontos para a vinda de Cristo a qualquer momento.
Além de ser um tempo de julgamento, também vai ser um tempo de salvação, pois Deus vai livrar o restante de Israel, cumprindo Sua promessa de que “todo o Israel será salvo” (Romanos 11:26), perdoando-lhes de seus pecados e restaurando o Seu povo escolhido à terra prometida a Abraão (Isaías 10:27; Jeremias 30:19-31,40; Miquéias 4; Zacarias 13). O resultado final do dia do Senhor vai ser que “a arrogância do homem será humilhada, e a sua altivez se abaterá, e só o SENHOR será exaltado naquele dia” (Isaías 2:17). O cumprimento final das profecias sobre o “dia do Senhor” vai vir no final da história quando Deus vai punir o mal com seu poder impressionante e cumprir todas as Suas promessas.
O Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo são frequentemente confundidos. É difícil determinar quando a Bíblia está se referindo ao Arrebatamento ou à Segunda Vinda. No entanto, ao estudar as profecias bíblicas do fim dos tempos, é muito importante poder diferenciar entre os dois.
O Arrebatamento é quando Jesus Cristo retorna para remover a igreja (todos os seguidores de Cristo) da terra. O Arrebatamento é descrito em 1 Tessalonicenses 4:13-18 e 1 Coríntios 15:50-54. Os crentes que já morreram serão ressuscitados e, juntamente com os crentes que ainda vivem, vão se encontrar com o Senhor no ar. Isso acontecerá em um momento, em um piscar do olho. A Segunda Vinda é quando Jesus retorna para derrotar o anticristo, destruir o mal e estabelecer o seu Reino Milenar. A Segunda Vinda é descrita em Apocalipse 19:11-16.
As diferenças importantes entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo são:
(1) No Arrebatamento, os crentes vão se encontrar com o Senhor nos ares (1 Tessalonicenses 4:17). Na Segunda Vinda, os crentes vão retornar com o Senhor à terra (Apocalipse 19:14).
(2) A Segunda Vinda ocorre depois do grande e horrível período da Tribulação (Apocalipse capítulos 6-19). O arrebatamento ocorre antes da Tribulação (1 Tessalonicenses 5:9; Apocalipse 3:10).
(3) O Arrebatamento é a remoção dos crentes da terra como um ato de libertação (1 Tessalonicenses 4:13-17; 5:9). A Segunda Vinda inclui a remoção dos incrédulos como um ato de julgamento (Mateus 24:40-41).
(4) O Arrebatamento vai ser “secreto” e instantâneo (1 Coríntios 15:50-54). A Segunda Vinda vai ser visível a todos (Apocalipse 1:7; Mateus 24:29-30).
(5) A Segunda Vinda de Cristo não vai ocorrer até depois de certos eventos dos fins dos tempos acontecerem (2 Tessalonicenses 2:4; Mateus 24:15-30; Apocalipse capítulos 6-18). O Arrebatamento é iminente, pode acontecer a qualquer momento (Tito 2:13; 1 Tessalonicenses 4:13-18; 1 Coríntios 15:50-54).
Por que é importante manter o Arrebatamento e a Segunda Vinda distintos?
(1) Se o Arrebatamento e a Segunda Vinda são o mesmo evento, os crentes teriam que passar pela Tribulação (1 Tessalonicenses 5:9; Apocalipse 3:10).
(2) Se o Arrebatamento e a Segunda Vinda são o mesmo evento, o retorno de Cristo não é iminente... há várias coisas que precisam acontecer antes do Seu retorno (Mateus 24:4-30).
(3) Ao descrever o período da Tribulação, Apocalipse capítulos 6-19 em nenhum lugar menciona a igreja. Durante a Tribulação — também chamada de “tempo de angústia para Jacó” (Jeremias 30:7) — Deus vai voltar a sua atenção principal à nação de Israel (Romanos 11:17-31).
O Arrebatamento e a Segunda Vinda são semelhantes mas eventos separados. Os dois envolvem Jesus retornando. Os dois são eventos do fim dos tempos. No entanto, é crucialmente importante reconhecer as diferenças. Em resumo, o Arrebatamento é o retorno de Cristo às nuvens para remover os crentes da terra antes do tempo da ira de Deus. A Segunda Vinda é o retorno de Cristo à terra para dar um fim ao período da Tribulação e derrotar o anticristo e seu império mundial diabólico.
Os quatro cavaleiros do apocalipse são descritos em Apocalipse 6:1-8. Os quatro cavaleiros são descrições simbólicas de eventos diferentes que acontecerão durante o fim dos tempos. O primeiro cavaleiro do apocalipse é mencionado em Apocalipse 6:2: “Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer”. O primeiro cavaleiro provavelmente se refere ao anticristo, a quem autoridade vai ser dada e vai dominar todos que a ele se opõem. O anticristo é uma falsa imitação do Cristo verdadeiro, já que Cristo vai retornar em um cavalo branco (Apocalipse 19:11-16).
O segundo cavaleiro do apocalipse é mencionado em Apocalipse 6:4: “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada”. O segundo cavaleiro se refere a guerras horríveis que vão acontecer durante o fim dos tempos. O terceiro cavaleiro é descrito em Apocalipse 6:5-6: “Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão. E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho”. O terceiro cavaleiro do apocalipse se refere à grande fome que acontecerá, provavelmente como resultado de guerras do segundo cavaleiro. Comida vai ser escassa, mas luxos como vinho e azeite ainda estarão prontamente disponíveis.
O quarto cavaleiro é mencionado em Apocalipse 6:8: “E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra”. O quarto cavaleiro do apocalipse é um símbolo de morte e devastação. Aparenta ser uma combinação dos cavaleiros anteriores. O quarto cavaleiro do apocalipse vai trazer mais guerras e fomes horríveis, assim como pestilências e doenças. O que é mais impressionante, ou talvez assustador, é que os quatro cavaleiros do apocalipse são apenas “precursores” de julgamentos ainda piores que virão mais tarde durante a Tribulação (Apocalipse capítulos 8-9 e 16).
Acreditamos que o retorno de Jesus Cristo é iminente, quer dizer, Seu retorno pode acontecer a qualquer momento. Nós, com o Apóstolo Paulo, aguardamos “a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tito 2:13). Sabendo que o Senhor poderia voltar hoje, alguns são tentados a parar tudo o que estão fazendo e só “esperar” por Ele.
No entanto, há uma grande diferença entre saber que Jesus poderia voltar hoje e saber de certeza que Ele vai retornar hoje. Jesus disse: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe” (Mateus 24:36). A hora de Seu retorno é algo que Deus não tem revelado a ninguém, por isso, até que Ele nos chame a Si mesmo, devemos continuar servindo a Ele. Na parábola de Jesus das dez minas, o homem nobre que tinha partido instruiu seus servos: “Negociai até que eu volte” (Lucas 19:13).
A Bíblia apresenta o retorno de Cristo como uma grande motivação para agir, não como um motivo para parar de agir. Em 1 Coríntios 15, Paulo conclui seu ensino sobre o Arrebatamento dizendo: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor” (versículo 58). Em 1 Tessalonicenses 5, Paulo conclui sua lição sobre a volta de Cristo com essas palavras: “Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios” (versículo 6). Recuar e “guarder o forte” nunca foi a intenção de Jesus para nós. Ao contrário, devemos trabalhar enquanto podemos. “…a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (João 9:4).
Os apóstolos viveram e serviram com a idéia de que Jesus poderia retornar enquanto ainda estavam vivos; e se eles tivessem resolvido parar de trabalhar para “esperar”? Eles teriam violado a Grande Comissão, e o Evangelho não teria sido proclamado. Os apóstolos entendiam que o retorno iminente de Cristo significava que eles deveriam se ocupar com o trabalho do Senhor. Eles viveram suas vidas ao máximo, como se todo dia fosse o seu último. Nós, como eles, devemos encarar todo dia com um presente e usá-lo para glorificar a Deus.
1 João 3:2-3: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.”
A passagem principal na Bíblia que menciona a "marca da besta" é Apocalipse 13:15-18. Outras referências podem ser encontradas em Apocalipse 14:9,11; 15:2; 16:2; 19:20; 20:4. Essa marca age como um "selo" para os seguidores do anticristo e o falso profeta (o porta-voz do anticristo). O falso profeta (a segunda besta) é aquele que leva as pessoas a aceitarem essa marca. Essa marca é literalmente colocada na mão ou na testa, e não é apenas um cartão que alguém carrega.
Os progressos recentes em tecnologias médicas para implantar chips têm aumentado o interesse na "marca da besta", a qual é mencionada em Apocalipse capítulo 13. É provável que a tecnologia que hoje vemos representa os primeiros passos do que pode eventualmente se tornar a "marca da besta". É importante que saibamos que um chip médico implantado não é a marca da besta. A marca da besta será algo dado apenas àqueles que louvam o anticristo. Ter um microchip médico ou financeiro inserido na sua mão direita ou testa não é a marca da besta. A marca da besta vai ser uma "marca" do fim dos tempos exigida pelo anticristo para comprar ou vender e será dada apenas àqueles que adoram ao anticristo.
Muitos expositores bons do livro de Apocalipse têm tido opiniões bastante diferentes sobre o que exatamente a marca da besta é. Além da opinião de uma "carteira de identidade", outros têm especulado que é um microchip, um código de barras que é tatuado na pele, ou simplesmente uma marca que identifica alguém como sendo fiel ao reino do anticristo. Essa última opinião exige menos especulação, já que não adiciona mais informação ao que a Bíblia nos diz. Em outras palavras, qualquer uma dessas idéias é possível, mas ao mesmo tempo são apenas especulações, então teremos que esperar e ver o que acontece. Não devemos perder muito tempo especulando sobre detalhes que vão além do que a Bíblia diz.
O significado de 666 também é um mistério. Recentemente, muitas pessoas especularam que havia uma conexão a 6 de junho de 2006 – 06/06/06. No entanto, de acordo com Apocalipse capítulo 13, o número 666 identifica uma pessoa, não uma data. Apocalipse 13:18 nos diz: “Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis”. De alguma forma, o número 666 vai identificar o anticristo. Por séculos, intérpretes da Bíblia têm tentado identificar certos indivíduos com 666. Nada é conclusivo. Por isso Apocalipse 13:18 diz que o número requer sabedoria. Quando o anticristo for revelado (2 Tessalonicenses 2:3-4), vai ser claro quem ele é e como o número 666 o identifica.
Os sete selos (Apocalipse 6:1-17; 8:1-5), sete trombetas (Apocalipse 8:6-21; 11:15-19) e sete taças (Apocalipse 16:1-21) são três séries de julgamentos de Deus que são diferentes e consecutivas. Os julgamentos progressivamente pioram e se tornam mais devastadores à medida que o fim dos tempos progride. Os sete selos, trombetas e taças estão conectados uns aos outros – o sétimo selo inicia as sete trombetas (Apocalipse 8:1-5), e a sétima trombeta inicia as sete taças (Apocalipse 11:15-19; 15:1-8).
Os primeiros quatro dos sete selos são conhecidos como os quatro calaveiros do Apocalipse. O primeiro selo apresenta o anticristo (Apocalipse 6:1-2). O segundo selo causa grandes guerras (Apocalipse 6:3-4). O terceiro dos sete selos causa fome (Apocalipse 6:5-6). O quarto selo causa pragas, mais fome e mais guerras (Apocalipse 6:7-8).
O quinto selo nos diz daqueles que serão martirizados por sua fé em Cristo durante o fim dos tempos (Apocalipse 6:9-11). Deus escuta o seu clamor por justiça e vai livrá-los na Sua hora certa – na forma do sexto selo, assim como com os julgamentos das trombetas e taças. Quando o sexto dos sete selos é quebrado, um terremoto devastador acontece, causando grande revolta e devastação terrível – juntamente com fenômenos astronômicos incomuns (Apocalipse 6:12-14). Aqueles que sobrevivem estão corretos por clamar: “E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” (Apocalipse 6:16-17).
As sete trombetas são descritas em Apocalipse 8:6-21. As sete trombetas são o “conteúdo” do sétimo selo (Apocalipse 8:1-5). A primeira trombeta causa granizo e fogo que destroem muito das plantas do mundo (Apocalipse 8:7). A segunda das sete trombetas causa o que aparenta ser um meteoro atingindo os oceanos e causando a morte de grande parte da vida marinha (Apocalipse 8:8-9). A terceira trombeta é parecida com a segunda trombeta, só que dessa vez ela atinge os lagos e rios do mundo, ao invés dos oceanos (Apocalipse 8:10-11).
A quarta das sete trombetas causam o sol e a lua a se escurecerem (Apocalipse 8:12). A quinta trombeta resulta em uma praga de “gafanhotos demoníacos” que atacam e torturam a humanidade (Apocalipse 9:1-11). A sexta trombeta libera um exército demoníaco que mata um terço da humanidade (Apocalipse 9:12-21). A sétima trombeta evoca os sete anjos com as sete taças da ira de Deus (Apocalipse 11:15-19; 15:1-8)
Os julgamentos das sete taças são descritos em Apocalipse 16:1-21. Os julgamentos das sete taças são o resultado da sétima trombeta sendo soada. A primeira taça causa feridas muito dolorosas que aparecem na humanidade (Apocalipse 16:2). A segunda taça resulta na morte de todo ser vivente no mar (Apocalipse 16:3). A terceira taça causa os rios a se tornarem sangue (Apocalipse 16:4-7). A quarta das sete taças resulta no calor do sol sendo intensificado e causando grande dor (Apocalipse 16:8-9). A quinta das sete taças causa grande escuridão e uma intensificação das feridas da primeira taça (Apocalipse 16:10-11). A sexta taça resulta no rio Eufrates secando completamente e os exércitos do anticristo se juntando para lutar a batalha do Armagedom (Apocalipse 16:12-14). A sétima taça resulta em um terremoto devastador seguido de pedras de granizo gigantes (Apocalipse 16:15-21).
Apocalipse 16:5-7 declara: “E ouvi o anjo das águas, que dizia: Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores. E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.”
Há muita especulação sobre a identidade do anticristo. Alguns dos alvos mais populares são Vladimir Putin, Mahmoud Ahmadinejad e o Papa Francisco I. Nos Estados Unidos, os antigos presidentes, Bill Clinton e George Bush, e o presidente atual, Barack Obama, são os candidatos mais frequentes. Então, quem é o anticristo e como iremos reconhecê-lo?
A Bíblia não diz nada específico sobre de onde o anticristo vai surgir. Muitos estudiosos bíblicos especulam que ele virá de uma confederação de dez nações e/ou de um império Romano renascido (Daniel 7:24-25; Apocalipse 17:7). Outros o veem como um judeu, já que ele teria que ser um para poder clamar ser o Messias. Tudo é apenas especulação já que a Bíblia não diz especificamente de onde o anticristo vai surgir e qual a sua raça será. Um dia o anticristo será revelado. 2 Tessalonicenses 2:3-4 nos diz como iremos reconhecer o anticristo: "Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus".
É provável que a maioria das pessoas que estão vivas quando o anticristo for revelado vai estar muito surpresa com a sua identidade. O anticristo pode já estar vivo hoje ou não. Martinho Lutero estava certo de que o Papa de sua época era o anticristo. Durante a década de 40, muitos achavam que Adolf Hitler era o anticristo. Outros que viveram nas últimas centenas de anos têm tido a mesma “certeza” quanto à identidade do anticristo. Até agora, todos estavam incorretos. Devemos deixar para trás todas as especulações e focalizar no que a Bíblia realmente diz sobre o anticristo. Apocalipse 13:5-8 declara: "E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo."
O ponto mais importante para um interpretação bíblica consistente, incluindo do livro de Apocalipse, é ter uma hermenêutica consistente. Hermenêutica é o estudo dos princípios de interpretação. Em outras palavras, é a forma na qual você interpreta as Escrituras. Uma hermenêutica normal, ou uma interpretação normal das Escrituras, significa que a menos que o versículo ou passagem afirme CLARAMENTE que o autor estava usando uma linguagem figurativa, você deve entendê-la no seu sentido normal. Não procure por outros significados se o seu sentido natural faz sentido. Não espiritualize as Escrituras por dar significados às palavras ou frases quando é claro que o autor, sob a liderança do Espírito Santo, quer que seja entendido do jeito que foi escrito.
Um exemplo é Apocalipse 20. Muitos vão dar vários significados às referências do período de mil anos. Mesmo assim, a linguagem não implica de qualquer forma que as referências aos mil anos signifiquem qualquer outra coisa que não seja um período literal de mil anos.
Um simples esboço do livro de Apocalipse é encontrado em Apocalipse 1:19. No primeiro capítulo, o Cristo ressurreto está falando com João. Cristo diz a João: "Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer". As coisas que João já tinha visto estão registradas no capítulo 1. As coisas “que são” (que estavam presente na época de João) estão registradas nos capítulos 2-3 (as cartas às Igrejas). E “as que depois destas hão de acontecer” (coisas futuras) estão registradas nos capítulos 4-22.
De forma geral, capítulos 4 a 18 do livro de Apocalipse tratam dos julgamentos de Deus nas pessoas da terra. Esses julgamentos NÃO são para a igreja (1 Tessalonicenses 5:2, 9). A igreja já vai ter sido removida da terra durante um evento chamado Arrebatamento. O Arrebatamento é descrito em 1 Tessalonicenses 4:13-18 e 1 Coríntios 15:51-52. Esse será um “tempo de angústia para Jacó” – angústia para Israel (Jeremias 30:7; Daniel 9:12; 12:1). Também será um tempo quando Deus julgará o mundo por sua rebelião contra Ele.
Capítulo 19 descreve o retorno de Cristo com a Igreja, a Noiva de Cristo. Ele prende a Besta e o Falso Profeta e os joga no lago de fogo. No capítulo 20, Cristo prende a Satanás e o joga no abismo. Cristo então prepara Seu reino na terra que irá durar 1000 anos. No fim dos 1000 anos, Satanás será solto da sua prisão e irá liderar uma rebelião contra Deus. Ele é rapidamente derrotado e também lançado no lago de fogo. Então o julgamento final ocorrerá, o julgamento para todos os incrédulos, quando eles também serão lançados no lago de fogo.
Capítulos 21 e 22 descrevem o estado eterno. Nessa passagem Deus descreve como será eternidade com Ele. O livro de Apocalipse é compreensível! Deus não teria nos dado tal livro se seu significado fosse um mistério completo. O ponto principal para entender o livro de Apocalipse é interpretá-lo da forma mais literal possível. O livro de Apocalipse diz o que quer dizer.
Apocalipse 4:4 declara: "Havia também ao redor do trono vinte e quatro tronos; e sobre os tronos vi assentados vinte e quatro anciãos, vestidos de branco, que tinham nas suas cabeças coroas de ouro." O livro do Apocalipse em nenhum lugar especificamente identifica quem os vinte e quatro anciãos são. No entanto, eles provavelmente são representantes da Igreja. É improvável que sejam seres angélicos, assim como alguns sugerem. O fato de que se sentam em tronos indica que reinam com Cristo. Em nenhum lugar nas Escrituras os anjos governam ou sentam-se em tronos. No entanto, diz-se repetidamente que a igreja governa e reina com Cristo (Apocalipse 2:26-27, 5:10, 20:4, Mateus 19:28, Lucas 22:30).
Além disso, a palavra grega traduzida aqui como "anciãos" nunca é usada para se referir a anjos, apenas a homens, particularmente a homens de uma certa idade que são maduros e capazes de governar a Igreja. A palavra ancião seria inadequada para se referir aos anjos, os quais não envelhecem. Seu modo de vestir também indica que são homens. Embora os anjos apareçam em branco, roupas brancas são mais comumente usadas pelos crentes, simbolizando a justiça de Cristo a nós imputada na salvação (Apocalipse 3:5,18; 19:8).
As coroas de ouro usadas pelos anciãos também indicam que estes são homens, não anjos. As coroas nunca são prometidas a anjos, assim como nunca vemos anjos as usando. A palavra traduzida como "coroa" aqui refere-se à coroa do vitorioso, usada por aqueles que tiveram sucesso em competir e conquistar a vitória, assim como Cristo prometeu (Apocalipse 2:10, 2 Timóteo 4:8; Tiago 1:12).
Algumas pessoas acreditam que estes vinte e quatro anciãos representam Israel, mas no momento dessa visão, Israel como uma nação inteira ainda não tinha sido resgatada. Os anciãos não podem representar santos da tribulação pelo mesmo motivo – nem todos tinham sido convertidos no momento da visão de João. A opção mais provável é que os anciãos representam a Igreja arrebatada que canta canções de redenção (Apocalipse 5:8-10). Eles usam as coroas da vitória e foram ao lugar preparado para eles pelo seu Redentor (João 14:1-4).
Os antigos maias, com base em gráficos estelares, profetizaram que 21 de dezembro de 2012 seria o fim do mundo (ou pelo menos a data de algum tipo de catástrofe universal). Os gráficos estelares meso-americanos começaram por volta de 680 AC na civilização olmeca, a qual gravou padrões astrológicos e eventualmente compartilhou essa informação com os maias. Os maias tinham uma longa história de seguir o solstício de inverno (provavelmente para o plantio de culturas) e criar calendários (pelo menos 17 que conhecemos). Em algum momento, eles desenvolveram a crença de que o sol é um deus e de que a Via Láctea, que chamavam de "Árvore Sagrada", era uma porta de entrada para a vida futura. Depois de aprender com os olmecas, os maias mantiveram registros de padrões do movimento estelar pelos próximos 200-300 anos.
Os maias desenvolveram o seu próprio calendário (A Longa Contagem) cerca de 355 AC. Eles foram capazes de utilizar as suas observações e proezas matemáticas para calcular os movimentos futuros de estrelas no céu. O resultado foi que os maias descobriram o efeito de oscilação da terra ao girar sobre o seu eixo. Esta oscilação faz com que as estrelas se movam gradualmente no céu (um efeito chamado "precessão") em um ciclo de 5.125 anos. Os maias também descobriram que uma vez em cada ciclo a faixa escura no centro da Via Láctea (chamada de "Equador Galáctico") cruza o elíptico (o plano do movimento do sol através do céu).
Durante o ano da intersecção, o sol atinge o seu solstício (um breve momento em que a posição do sol no céu encontra-se na sua maior distância angular do outro lado do plano equatorial do observador) no dia 21 de dezembro para o hemisfério norte e 21 de junho para o hemisfério sul. Naquele tempo, o solstício ocorre no mesmo momento da conjunção do equador galáctico com a Via Láctea. O ano em que isso ocorre (em relação ao nosso calendário gregoriano) é 2012 DC e aconteceu pela última vez em 11 de agosto de 3114 AC. Com a mitologia maia ensinando que o sol é um deus e que a Via Láctea é a porta de entrada para a vida e a morte, os maias concluíram que este cruzamento no passado deve ter sido o momento da criação. Os hieróglifos maias parecem indicar que eles acreditavam que o próximo cruzamento (em 2012) seria uma espécie de final e de um novo começo de um ciclo.
Todas as chamadas "profecias maias de 2012" são nada mais do que extrapolações descontroladamente especulativas, com base em interpretações ainda incertas por estudiosos de hieróglifos maias. A verdade é que, além da convergência astrológica, há poucos indícios de que os maias profetizaram algo específico a respeito dos eventos em seu futuro distante. Os maias não eram profetas, pois não foram capazes de prever a sua própria extinção cultural. Eles eram grandes e talentosos matemáticos, mas também eram um povo tribal brutalmente violento com uma compreensão primitiva dos fenômenos naturais, exercendo crenças arcaicas e práticas bárbaras de derramamento de sangue e sacrifício humano. Eles acreditavam, por exemplo, que o sangue de sacrifícios humanos alimentava o sol e dava-lhe a vida.
Não há absolutamente nada na Bíblia que apresente 21 de dezembro de 2012 como o fim do mundo. Embora essa data não seja menos válida para um evento do final dos tempos do que qualquer outra data futura, a Bíblia em nenhum lugar apresenta os fenômenos astronômicos aos quais os maias apontavam como um sinal do fim dos tempos. Aparentaria ser inconsistente da parte de Deus permitir que os maias descobrissem uma verdade tão surpreendente e ao mesmo tempo manter os muitos profetas do Antigo Testamento ignorantes da cronologia das ocorrências. Em resumo, não há absolutamente nenhuma evidência bíblica de que a profecia maia de 2012 sobre a previsão do dia do juízo final seja válida ou provável em qualquer sentido.
Aceitar a profecia maia de 2012 exige a aceitação das seguintes teorias: o nosso sol é um deus; o sol é alimentado pelo sangue do sacrifício humano; o momento de criação ocorreu em 3114 AC (apesar de todas as provas de que aconteceu muito mais cedo); e o alinhamento visual das estrelas tem algum significado para a vida humana cotidiana. Como qualquer outra religião falsa, a religião maia buscava elevar a criação em vez do próprio Criador. A Bíblia nos fala sobre esses falsos adoradores: "Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si" (Romanos 1:25), e "Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis" (Romanos 1:20). Aceitar a profecia maia de 2012 também nega o claro ensino bíblico sobre o fim do mundo. Jesus nos disse: "Quanto, porém, ao dia e à hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu nem o Filho, senão o Pai" (Marcos 13:32).
O evento geralmente conhecido como "o fim do mundo" é descrito em 2 Pedro 3:10: "Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão descobertas." Este é o culminar de uma série de eventos chamada de "o dia do Senhor", o momento em que Deus vai intervir na história humana com o propósito de julgamento. Naquele tempo, tudo o que Deus criou, "os céus e a terra" (Gênesis 1:1), Ele destruirá.
O momento deste evento, de acordo com a maioria dos estudiosos da Bíblia, é no final do período de 1000 anos chamado de milênio. Durante estes 1000 anos, Cristo reinará na terra como Rei em Jerusalém, sentado no trono de Davi (Lucas 1:32-33) e dominando em paz, mas com uma "vara de ferro" (Apocalipse19:15). No final dos 1000 anos, Satanás será solto, novamente derrotado, e então lançado no lago de fogo (Apocalipse 20:7-10). Então, depois de um julgamento final por Deus, o fim do mundo descrito em 2 Peter 3:10 ocorre. A Bíblia nos diz várias coisas sobre este evento.
Em primeiro lugar, será cataclísmico em escopo. Os "céus" referem-se ao universo físico - as estrelas, planetas e galáxias - que será consumido por algum tipo de explosão tremenda, possivelmente uma reação nuclear ou atômica que vai consumir e destruir toda a matéria como a conhecemos. Todos os elementos que compõem o universo serão derretidos no "calor ardente" (2 Pedro 3:12). Isso também será um evento ruidoso, descrito na Bíblia como um "grande estrondo". Não haverá dúvida quanto ao que está acontecendo. Todo mundo vai ver e ouvi-lo porque a Bíblia nos diz que "a terra, e as obras que nela há, se queimarão."
Então, Deus irá criar um "novo céu e uma nova terra" (Apocalipse 21:1) que incluirão a "Nova Jerusalém" (v. 2), a capital do céu, um lugar de santidade perfeita, que vai descer do céu para a terra nova. Esta é a cidade onde os santos - aqueles cujos nomes foram escritos no "livro da vida do Cordeiro" (Apocalipse 13:8) - viverão para sempre. Pedro se refere a esta nova criação como a "casa da justiça" (2 Pedro 3:13).
Talvez a parte mais importante da descrição de Pedro desse dia seja a sua pergunta nos versículos 11-12: "Ora, uma vez que todas estas coisas hão de ser assim dissolvidas, que pessoas não deveis ser em santidade e piedade, aguardando, e desejando ardentemente a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se dissolverão, e os elementos, ardendo, se fundirão?" Os cristãos sabem o que vai acontecer, e devemos viver de uma forma que reflita esse entendimento. Esta vida está passando e o nosso foco deve estar nos novos céus e terra que estão por vir. Nossas vidas "santas e piedosas" devem ser um testemunho para aqueles que não conhecem o Salvador, e devemos falar sobre Ele a outras pessoas para que possam escapar do terrível destino que aguarda aqueles que O rejeitam. Aguardamos com expectativa pelo "Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira vindoura" (1 Tessalonicenses 1:10).
Toda vez que há um conflito em ou em torno de Israel, muitos veem isso como um sinal do fim dos tempos se aproximando rapidamente. O problema com isto é que talvez acabaremos eventualmente nos cansando dos conflitos em Israel, tanto que não vamos reconhecer quando os verdadeiros eventos profeticamente significativos ocorrerem. Um conflito em Israel não é necessariamente um sinal do fim dos tempos.
O conflito em Israel tem sido uma realidade sempre que Israel tem existido como nação. Quer tenham sido os egípcios, amalequitas, midianitas, moabitas, amonitas, amorreus, filisteus, assírios, babilônios, persas ou romanos, a nação de Israel sempre foi perseguida por seus vizinhos. Por que isso? Segundo a Bíblia, é porque Deus tem um plano especial para a nação de Israel e Satanás quer derrotar esse plano. O ódio por Israel que Satanás encoraja - especialmente a Israel de Deus - é a razão pela qual os vizinhos de Israel sempre querem ver essa nação destruída. Quer se trate de Senaqueribe, rei da Assíria; Hamã, funcionário da Pérsia; Hitler, líder da Alemanha nazista, ou Ahmadinejad, o presidente do Irã, as tentativas de destruir completamente Israel sempre falharão. Os perseguidores de Israel vêm e vão, mas a perseguição irá permanecer até a segunda vinda de Cristo. Como resultado, o conflito em Israel não é um indicador confiável da iminente chegada do fim dos tempos.
No entanto, a Bíblia diz que haverá terrível conflito em Israel durante o final dos tempos. É por isso que esse período é conhecido como a Tribulação, a Grande Tribulação e o "tempo de angústia para Jacó" (Jeremias 30:7). Isso é o que a Bíblia diz sobre Israel no fim dos tempos:
Haverá um retorno em massa dos judeus à terra de Israel (Deuteronômio 30:3, Isaías 43:6, Ezequiel 34:11-13; 36:24; 37:1-14).
O Anticristo fará uma aliança de 7 anos de "paz" com Israel (Isaías 28:18; Daniel 9:27).
O templo será reconstruído em Jerusalém (Daniel 9:27, Mateus 24:15, 2 Tessalonicenses 2:3-4, Apocalipse 11:1).
O Anticristo quebrará a sua aliança com Israel, o que resultará na perseguição mundial de Israel (Daniel 9:27; 12:1, 11; Zacarias 11:16, Mateus 24:15, 21; Apocalipse 12:13). Israel será invadida (Ezequiel capítulos 38-39).
Israel vai finalmente reconhecer Jesus como o Messias (Zacarias12:10). Israel será regenerada, restaurada e reagrupada (Jeremias 33:8, Ezequiel 11:17, Romanos 11:26).
Há muita confusão em Israel hoje. Israel é perseguida, cercada por inimigos - Síria, Líbano, Jordânia, Arábia Saudita, Irã, Hamas, Jihad Islâmica, Hezbollah, etc. No entanto, esse ódio e perseguição de Israel são apenas uma amostra do que vai acontecer no fim dos tempos (Mateus 24 :15-21). A última rodada de perseguição começou quando Israel foi reconstituída como uma nação em 1948. Muitos estudiosos das profecias bíblicas acreditavam que a Guerra dos Seis Dias entre árabes e israelenses em 1967 foi o "começo do fim". Será que o que está acontecendo hoje em Israel pode indicar que o fim está próximo? Sim. Será que isso significa necessariamente que o fim esteja próximo? Não. O próprio Jesus explicou bem: "Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão. E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim" (Mateus 24:4-6).
O falso profeta do fim dos tempos é descrito em Apocalipse 13:11-15. Ele também é conhecido como a "segunda besta" (Apocalipse 16:13, 19:20, 20:10). O falso profeta é o terceiro na trindade profana, juntamente com o Anticristo e Satanás, o qual capacita os outros dois.
O apóstolo João descreve essa pessoa e dá-nos pistas para identificá-lo quando ele aparecer. Primeiro, ele surge da terra. Isto pode significar que surge das profundezas do inferno com todos os poderes demoníacos do inferno sob o seu comando. Isso também pode significar que surge de circunstâncias humildes, secretas e desconhecidas até aparecer no palco mundial na mão direita do Anticristo. Ele é retratado como tendo chifres como um cordeiro e como falando como um dragão. Os chifres de cordeiros são apenas pequenas protuberâncias em suas cabeças até o cordeiro crescer em um carneiro. Ao invés de ter a multiplicidade de cabeças e chifres do Anticristo, mostrando o seu poder, força e ferocidade, o falso profeta vem como um cordeiro, de forma cativante, com palavras persuasivas que atraem a simpatia e boa vontade dos outros. Ele pode ser um extraordinário pregador ou orador cujas palavras demonicamente fortalecidas vão enganar as multidões. Entretanto, ele fala como um dragão, o que significa que sua mensagem é a mensagem de um dragão. Apocalipse 12:9 identifica o dragão como o diabo e Satanás.
O versículo 12 nos dá a missão do falso profeta na terra - forçar a humanidade a adorar o Anticristo. Ele tem toda a autoridade do Anticristo porque, como ele, o falso profeta tem o poder de Satanás. Não está claro se as pessoas são forçadas a adorar o Anticristo ou se são tão encantadas com esses seres poderosos que caem ao engano e o adoram de bom grado. O fato de que a segunda besta usa sinais e prodígios, incluindo fogo do céu, para estabelecer a credibilidade de ambos parece indicar que as pessoas vão cair diante deles em adoração do seu poder e mensagem. O versículo 14 diz que o engano será tão grande que as pessoas vão criar um ídolo para o Anticristo e adorá-lo. Isso lembra a enorme imagem de ouro de Nabucodonosor (Daniel 3), diante da qual todos deviam se curvar e prestar homenagem. Apocalipse 14:9-11, no entanto, descreve o destino medonho que aguarda aqueles que adoram a imagem do Anticristo.
Aqueles que sobrevivem aos horrores da Tribulação até este ponto enfrentarão duas escolhas difíceis. Aqueles que se recusam a adorar a imagem da besta estarão sujeitos à morte (v. 15), mas aqueles que o adoram vão sofrer a ira de Deus. A imagem será extraordinária porque será capaz de "falar". Isso não significa que ela terá vida – a palavra grega aqui é pneuma, o que que significa "respiração" ou "corrente" de ar, não a palavra bios ("vida ") - mas que terá algum tipo de capacidade de transmitir a mensagem do Anticristo e do falso profeta. Além de ser o porta-voz deles, a imagem também vai condenar à morte aqueles que se recusam a adorar o par profano. Em nosso mundo tecnológico, não é difícil imaginar um cenário como esse.
Quem quer que esse falso profeta seja, a decepção final mundial e a apostasia final serão grandes, e todo o mundo fará parte. Os enganadores e falsos mestres que vemos hoje são os precursores do Anticristo e do falso profeta, e não devemos ser enganados por eles. Esses falsos mestres são muitos e estão nos movendo na direção de um reino final satânico. Devemos proclamar fielmente o Evangelho salvador de Jesus Cristo e resgatar as almas dos homens e mulheres desse desastre iminente.
Apocalipse 4:1 apresenta uma seção da Escritura que detalha "coisas que depois destas devem acontecer." O que segue são profecias do "fim dos tempos". Ainda não atingimos a tribulação, a revelação do Anticristo ou outro evento do "fim dos tempos". O que vemos é uma "preparação" para esses eventos.
Jesus disse que os últimos dias seriam precedidos por várias coisas: muitos falsos Cristos viriam, enganando a muitos; escutaríamos "falar de guerras e rumores de guerras"; e haveria um aumento de "fomes e terremotos em vários. Mas todas essas coisas são o princípio das dores" (Mateus 24:5-8). As notícias de hoje estão cheias de falsas religiões, guerras e desastres naturais. Sabemos que os eventos do período de tribulação incluirão tudo o que Jesus predisse (Apocalipse 6:1-8); os eventos atuais parecem ser uma preparação para os maiores problemas à frente.
Paulo advertiu que os últimos dias trariam um aumento acentuado nos falsos ensinamentos. "Em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios" (1 Timóteo 4:1). Os últimos dias são descritos como "tempos difíceis" por causa do caráter cada vez mais perverso do homem e por causa de pessoas que ativamente "resistem à verdade" (2 Timóteo 3:1-9; veja também 2 Tessalonicenses 2:3). A lista de coisas que os homens serão nos últimos dias - amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, profanos, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, sem autodomínio, brutais, não amantes do bem, traiçoeiros, imprudentes, vaidosos, amantes do prazer em vez de amantes de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder (2 Timóteo 3:1-2) - parece se encaixar exatamente com a nossa era moderna.
Pode haver qualquer dúvida de que as profecias sobre a apostasia estão sendo cumpridas? O nosso mundo do século 21 tem adotado o relativismo moral, uma filosofia que está contaminando até a igreja. Por exemplo, muitas denominações estão tendo dificuldade em definir o casamento como sendo entre um homem e uma mulher, e muitos líderes religiosos hoje estão abertamente apoiando a homossexualidade. A Bíblia tornou-se subordinada à procura da igreja moderna de uma "verdade" mais atraente. Estes são de fato "tempos difíceis" espiritualmente.
A formação da União Europeia - e o fato de que temos uma Alemanha reunificada - é muito interessante à luz da profecia bíblica. Os "dez dedos" de Daniel 2:42 e as bestas de dez chifres de Daniel 7:20 e Apocalipse 13:1 são referências a um "renascido" Império Romano que deterá o poder antes do retorno de Cristo. Embora a estrutura política precisa ainda tenha de ser formada, pode-se ver as peças se encaixando.
Em 1948, Israel foi reconhecida como um Estado soberano, e isso também tem ramificações para o estudante das Escrituras. Deus prometeu a Abraão que sua posteridade possuiria Canaã como "perpétua possessão" (Gênesis 17:8) e Ezequiel profetizou uma ressurreição física e espiritual de Israel (Ezequiel 37). Ter Israel como uma nação em sua própria terra é importante à luz das profecias do fim dos tempos por causa da proeminência de Israel na escatologia (Daniel 10:14, 11:41, Apocalipse 11:8).
Embora não haja prova bíblica de que as coisas mencionadas acima sejam o cumprimento de determinadas profecias do final dos tempos, podemos ver quantos desses eventos são semelhantes ao que a Bíblia descreve. Em qualquer caso, devemos estar atentos a estes sinais porque Jesus nos disse que o dia do Senhor – o Seu retorno pelos que lhe pertencem - viria como um ladrão na noite (2 Pedro 3:10), inesperado e sem aviso prévio. "Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé na presença do Filho do homem" (Lucas 21:36).
A Tribulação é um período de tempo futuro quando o Senhor vai realizar pelo menos dois aspectos do Seu plano: 1) Ele vai completar a Sua disciplina da nação de Israel (Daniel 9:24), e 2) Ele julgará os habitantes incrédulos e ateus da terra (Apocalipse 6 - 18). O comprimento da Tribulação é de sete anos. Isso é determinado por uma compreensão das setenta semanas de Daniel (Daniel 9:24-27; ver também o artigo sobre a Tribulação). A Grande Tribulação é a última metade do período da Tribulação, com uma duração de três e meio. Distingue-se do período da Tribulação porque a Besta, ou o Anticristo, será revelada e a ira de Deus vai intensificar enormemente durante este tempo. Assim, é importante neste momento enfatizar que a Tribulação e a Grande Tribulação não são termos sinônimos. Dentro da escatologia (o estudo das coisas futuras), a Tribulação se refere ao período completo de sete anos, enquanto que a "Grande Tribulação" refere-se à segunda metade da Tribulação.
O próprio Cristo usou a frase "Grande Tribulação" com referência à última metade da Tribulação. Em Mateus 24:21, Jesus diz: "Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver." Neste versículo Jesus está se referindo ao evento de Mateus 24:15, o qual descreve a revelação da abominação da desolação, o homem também conhecido como o Anticristo. Além disso, Jesus em Mateus 24:29-30 declara: "Logo depois da tribulação daqueles dias... Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória." Nesta passagem, Jesus define a Grande Tribulação (v.21) como começando com a revelação da abominação da desolação (v.15) e terminando com a segunda vinda de Cristo (v.30).
Outras passagens que se referem à Grande Tribulação são Daniel 12:1b, que diz: "E haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro." Parece que Jesus estava citando este versículo quando falou as palavras registradas em Mateus 24:21. Temos também Jeremias 30:7 referindo-se à Grande Tribulação: "Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; todavia, há de ser livre dela." A expressão "angústia de Jacó" se refere à nação de Israel, a qual vai experimentar perseguição e desastres naturais como nunca vistos antes.
Considerando as informações que Cristo nos deu em Mateus 24:15-30, é fácil concluir que o início da Grande Tribulação tem muito a ver com a abominação da desolação, uma ação do Anticristo. Em Daniel 9:26-27, descobrimos que esse homem vai fazer uma "aliança" (um pacto de paz) com o mundo por sete anos (uma "semana", novamente, favor ler o artigo sobre a Tribulação). Na metade do período de sete anos - "no meio da semana" - somos informados de que este homem vai quebrar o pacto que fez, interrompendo o sacrifício e a oferta de cereais, o que se refere especificamente às suas ações no templo reconstruído do futuro. Apocalipse 13:1-10 dá ainda mais detalhes sobre as ações da Besta e também verifica o tempo que ela vai estar no poder. Apocalipse 13:5 diz que ela vai estar no poder por 42 meses, o que são três anos e meio, o comprimento da Grande Tribulação.
O Livro de Apocalipse nos oferece o máximo de informação sobre a Grande Tribulação. De Apocalipse 13, quando a Besta é revelada, até a volta de Cristo em Apocalipse 19, temos uma imagem da ira de Deus sobre a terra por causa da incredulidade e rebelião (Apocalipse 16-18). É também uma imagem de como Deus disciplina e ao mesmo tempo protege o Seu povo de Israel (Apocalipse14:1-5) até realizar a Sua promessa a Israel ao estabelecer um reino terreno (Apocalipse 20:4-6).
Com as crescentes tensões no Oriente Médio nos últimos anos, e especialmente com as declarações de xiitas muçulmanos extremistas sobre o Décimo Segundo Imã, muitas pessoas começaram a perguntar como isso se relaciona com as profecias bíblicas. Para responder, é preciso primeiro descobrir quem é o décimo segundo imã é o que se acredita que ele fará pelo Islã. Em segundo lugar, devemos examinar as declarações de muçulmanos xiitas em relação a essas esperanças e, em terceiro lugar, precisamos ver o que a Bíblia diz sobre a questão.
Dentro do ramo xiita do Islã, houve doze imãs, ou líderes espirituais, designados por Alá. Estes começaram com o imã Ali, primo de Maomé, o qual reivindicou a sucessão profética depois da morte de Maomé. Por volta do ano 868 DC, o Décimo Segundo Imã, Abual-Qasim Muhammad (ou Maomé al Mahdi), nasceu ao décimo primeiro imã. Porque o seu pai estava sob intensa perseguição, Mahdi foi enviado a esconder-se para a sua proteção. Aos 6 anos de idade, ele rapidamente saiu da clandestinidade quando o seu pai foi morto, mas depois voltou a se esconder. Diz-se que ele tem se escondido em cavernas desde então e retornará de forma sobrenatural antes do dia do juízo para erradicar toda a tirania e opressão, trazendo harmonia e paz à terra. Ele é o salvador do mundo na teologia xiita. De acordo com um escritor, o Mahdi vai combinar a dignidade de Moisés, a graça de Jesus e a paciência de Jó em uma pessoa perfeita.
As previsões sobre o Décimo Segundo Imã têm uma impressionante semelhança com as profecias bíblicas do fim dos tempos. De acordo com a profecia islâmica, o retorno do Mahdi será precedido por uma série de eventos durante três anos de horrível caos mundial e ele dominará sobre os árabes e o mundo por sete anos. A sua aparição será acompanhada por duas ressurreições, uma dos ímpios e uma dos justos. Segundo os ensinamentos xiitas, a liderança do Mahdi será aceita por Jesus e os dois grandes ramos da família de Abraão serão reunidos para sempre.
Como as declarações de muçulmanos xiitas, como as do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, se relacionam com isso? Ahmadinejad é um xiita profundamente comprometido e afirma que deve pessoalmente preparar o mundo para a vinda de Mahdi. Para que o mundo seja salvo, é necessário que esteja em um estado de caos e subjugação, e Ahmadinejad sente que foi escolhido por Alá para preparar o caminho para isso. Ahmadinejad tem repetidamente feito declarações sobre destruir os inimigos do Islã. O presidente iraniano e seu gabinete supostamente assinaram um contrato com Al Mahdi no qual se comprometem à sua obra. Quando perguntado diretamente pela repórter do ABC, Ann Curry, em setembro de 2009, sobre suas declarações apocalípticas, Ahmadinejad disse: "Imã... virá com a lógica, com a cultura, com a ciência. Ele virá de modo que não haverá mais guerra. Não mais inimizade, não mais ódio. Não mais conflito. Ele vai convidar todos a entrarem em um amor fraternal. É claro que ele vai retornar com Jesus Cristo. Os dois voltarão juntos e trabalharão juntos para preencher este mundo com amor."
O que tudo isso tem a ver com o Anticristo? De acordo com 2 Tessalonicenses 2:3-4, haverá um "homem do pecado" revelado nos últimos dias que vai opor-se e exaltar-se acima de tudo que se chama Deus. Em Daniel 7, lemos da visão de Daniel dos quatro animais que representam reinos que desempenham papéis importantes no plano profético de Deus. O quarto animal é descrito (v. 7-8) como sendo terrível, espantoso, muito forte e diferente daqueles que vieram antes dele. Também é descrito como tendo um "pequeno chifre" que arranca outros chifres. Esse chifre pequeno é frequentemente identificado como o Anticristo. No versículo 25, ele é descrito como falando “palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo" (3 ½ anos). Em Daniel 8, a visão do carneiro e do bode identifica um rei que vai surgir nos últimos dias (v. 23-25), destruir muitas pessoas e se levantar contra Cristo, mas este rei será quebrado. Daniel 9:27 profetiza que o "príncipe que há de vir" faria uma aliança de 7 anos com muitas pessoas e em seguida traria muita desolação. Quem será este Anticristo? Ninguém sabe ao certo, mas muitas teorias foram dadas, inclusive a possibilidade de que seria um árabe.
Independentemente das várias teorias, há alguns paralelos entre a Bíblia e a teologia xiita que devemos observar. Primeiro, a Bíblia diz que o reino do Anticristo governará o mundo por sete anos e o Islã afirma que o Décimo Segundo Imã governará o mundo por sete anos. Em segundo lugar, os muçulmanos antecipam três anos de caos antes da revelação do Décimo Segundo Imã e a Bíblia fala de 3 anos e meio de Tribulação antes do Anticristo se revelar ao profanar o templo judaico. Terceiro, o Anticristo é descrito como um enganador que alega trazer paz, mas que realmente traz a guerra generalizada. A antecipação do Décimo Segundo Imã é que ele vai trazer a paz através de guerra massiva com o resto do mundo.
O Anticristo será um muçulmano? Só Deus sabe. Há ligações entre a escatologia islâmica e a escatologia cristã? Certamente parecem existir correlações diretas, embora sejam como a leitura das descrições de uma grande batalha, primeiro do ponto de vista do perdedor, tentando preservar a sua reputação e, em seguida, da perspectiva do vencedor. Até que vejamos o cumprimento dessas coisas, é preciso prestar atenção às palavras de 1 João 4:1-4: "Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo. Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo."
A frase "o tempo de angústia para Jacó" é uma citação de Jeremias 30:7, que diz: "Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; todavia, há de ser livre dela."
Nos versículos anteriores a Jeremias 30, vemos que o Senhor está falando ao profeta Jeremias sobre Judá e Israel (30:3-4). No versículo 3, o Senhor promete que em um dia no futuro Ele traria Judá e Israel de volta para a terra que havia prometido aos seus antepassados. O versículo 5 descreve uma época de grande temor e tremor. O versículo 6 descreve este tempo de forma tal que retrata os homens sofrendo as dores do parto, novamente indicando um tempo de agonia. Entretanto, há esperança para Judá e Israel, pois embora esse seja chamado do "tempo de angústia para Jacó", o Senhor promete que salvará Jacó (referindo-se a Judá e Israel) deste tempo de grande tribulação (versículo 7).
Em Jeremias 30:10-11 o Senhor diz: "Não temas pois tu, servo meu, Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; pois eis que te livrarei de terras longínquas, e à tua descendência da terra do seu cativeiro; e Jacó voltará, e ficará tranquilo e sossegado, e não haverá quem o atemorize. Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te salvar."
Além disso, o Senhor diz que irá destruir as nações que mantinham Judá e Israel em cativeiro e que nunca permitirá que Jacó seja completamente destruído. No entanto, deve-se destacar que o Senhor descreve este como um tempo de disciplina para o Seu povo. Ele diz de Jacó: "Porquanto darei fim cabal a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida justa, e de maneira alguma te terei por inocente."
Jeremias 30:7 diz: "Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante!" O único período de tempo que se encaixa nessa descrição é o período da Tribulação. Esse período é sem paralelo na história.
Jesus descreveu a Tribulação usando algumas das mesmas imagens que Jeremias. Em Mateus 24:6-8, Ele declarou que o aparecimento de falsos cristos, guerras e rumores de guerras, fomes e terremotos são "o princípio das dores".
Paulo também descreveu a tribulação como dores de parto. Primeiro Tessalonicenses 5:3 diz: "pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão." Este evento segue o Arrebatamento e a remoção da Igreja, assim como descritos em 4:13-18. Em 5:9, Paulo novamente enfatiza a ausência da Igreja deste período de tempo, dizendo: "porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo." A ira de que se fala aqui é o julgamento de Deus sobre o mundo incrédulo e a Sua disciplina sobre Israel durante a Tribulação.
Essas "dores de parto" são descritas em detalhes em Apocalipse 6-12. Parte do propósito da Tribulação é trazer Israel de volta para o Senhor.
Para aqueles que receberam a Cristo como Salvador do pecado, o tempo da angústia para Jacó é algo pelo qual devemos louvar ao Senhor, pois demonstra que Deus cumpre as Suas promessas. Ele prometeu-nos a vida eterna através de Cristo, nosso Senhor, e prometeu terras, sementes e bênção a Abraão e seus descendentes físicos. No entanto, antes de cumprir essas promessas, Ele amorosamente mas firmemente disciplinará a nação de Israel para que ela se volte a Ele.
A primeira coisa a entender sobre o juízo final é que não pode ser evitado. Independentemente de como interpretemos a profecia sobre o fim dos tempos, a Bíblia nos diz que "como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo" (Hebreus 9:27). Todos nós temos um compromisso divino com o nosso Criador. O apóstolo João registrou alguns detalhes do julgamento final:
"E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo" (Apocalipse 20:11-15).
Essa passagem notável nos apresenta o julgamento final – o fim da história humana e o início do estado eterno. Podemos ter certeza disto: nenhum erro será feito em nossas audiências porque seremos julgados por um Deus perfeito (Mateus 5:48, 1 João 1:5). Isto irá se manifestar em muitas provas inegáveis. Primeiro, Deus será perfeitamente justo e imparcial (Atos 10:34, Gálatas 3:28). Em segundo lugar, Deus não pode ser enganado (Gálatas 6:7). Em terceiro lugar, Deus não pode ser influenciado por quaisquer preconceitos, desculpas ou mentiras (Lucas 14:16-24).
Como Deus Filho, Jesus Cristo será o juiz (João 5:22). Todos os incrédulos serão julgados por Cristo no "grande trono branco" e serão punidos de acordo com as obras que fizeram. A Bíblia deixa bem claro que os incrédulos estão acumulando ira contra si mesmos (Romanos 2:5) e que Deus vai "retribuirá a cada um segundo as suas obras" (Romanos 2:6). Os crentes também serão julgados em um julgamento diferente chamado de "tribunal de Cristo" (Romanos 14:10), mas já que a justiça de Cristo nos foi imputada e nossos nomes estão escritos no Livro da Vida, seremos recompensados, não punidos, de acordo com as nossas ações. No juízo final o destino dos perdidos estará nas mãos do Deus onisciente que julgará cada um segundo a condição de sua alma.
Por enquanto, o nosso destino está em nossas próprias mãos. O fim da jornada da nossa alma será ou o céu eterno ou o inferno eterno (Mateus 25:46). Temos que escolher se vamos aceitar ou rejeitar o sacrifício de Cristo em nosso favor, e precisamos fazer essa escolha antes das nossas vidas físicas na terra chegarem ao fim. Após a morte, não há mais uma escolha e nosso destino é ficar diante do trono de Deus, onde tudo será claramente exposto diante dEle (Hebreus 4:13). Romanos 2:6 diz que Deus "retribuirá a cada um segundo as suas obras".
Mateus 24:36-44 declara: "Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai.... Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor... Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem." À primeira vista, estes versículos parecem fornecer uma resposta clara e explícita à questão. Não, ninguém pode saber quando Jesus voltará. No entanto, esses versículos não dizem que ninguém jamais seria capaz de saber quando Jesus voltaria. A maioria dos estudiosos da Bíblia diria que Jesus, agora glorificado no céu, sabe o momento do Seu retorno, indicando que a frase "nem o Filho" não significa que Jesus nunca saberia quando voltará. Da mesma forma, é possível que, embora Mateus 24:36-44 indique que ninguém naquela época sabia o tempo do retorno de Jesus Cristo, Deus poderia revelar o tempo do retorno de Jesus Cristo para alguém no futuro.
Além disso, há Atos 1:7, que afirma: "A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade." Isto foi dito por Jesus depois de os discípulos perguntarem-lhe se era naquele tempo que Ele restauraria o reino a Israel. Isto parece confirmar a mensagem de Mateus 24. Não é para sabermos o momento do retorno de Jesus. Entretanto, há também a questão de a qual retorno essas passagens se referem. Estão falando do Arrebatamento ou da Segunda Vinda? Qual retorno é incognoscível, o Arrebatamento a Segunda Vinda ou ambos? Embora o Arrebatamento seja apresentado como sendo iminente e misterioso, o momento da Segunda Vinda talvez possa ser conhecido com base na profecia do fim dos tempos.
Com isso dito, vamos ser bem claros: não acreditamos que Deus tenha revelado a ninguém quando Jesus voltará e não vemos nada nas Escrituras que indique que Deus de fato revelará a alguém quando Jesus está voltando. Mateus 24:36-44, embora direcionado diretamente ao povo no tempo de Jesus, também contém um princípio geral. O momento da volta de Jesus e o fim da era presente não são para nós sabermos. As Escrituras em nenhum lugar nos encorajam a tentar determinar a data. Pelo contrário, devemos vigiar "porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor" (v. 42). Temos que ficar "também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem" (v. 44). A força das palavras de Jesus diminuiria se em algum momento no futuro alguém fosse capaz de determinar quando Ele estará voltando. Se a data for descoberta, já não mais precisamos "vigiar" ou "ficar apercebidos". Assim, com o princípio de Mateus 24:36-44 em mente, não, não é possível saber a data do retorno de Jesus.
Apesar deste princípio bíblico claro, muitos ao longo da história cristã têm tentado profetizar a data em que Jesus voltaria. Muitas datas têm sido propostas e todas têm estado erradas. Houve duas datas recentes que foram popularmente propostas: 21 de maio de 2011 e 21 de dezembro de 2012. A data de 21 dezembro de 2012 está relacionada ao calendário maia, sem quaisquer dados bíblicos usados como prova. O “Dia de Julgamento” marcado como 21 de maio de 2011 foi proposto por Harold Camping da Family Radio. Deve-se ressaltar que Harold Camping havia previsto anteriormente que Jesus voltaria em 1994. Obviamente, Camping estava errado. Camping afirmou ter provas bíblicas para 21 de maio de 2011. Ao usar uma data especulativa de 4990 AC para o Dilúvio, então aplicar o "para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia" de 2 Pedro 3:8 aos sete dias de Gênesis 7:4 e, em seguida, contar os 7.000 anos de 4990, o ano de 2011 resultava. Então, com base em "no mês segundo, aos dezessete dias do mês" de Gênesis 7:11 e usando o calendário hebraico, a data de 21 de maio foi determinada. Então, houve qualquer validade à metodologia do Camping?
Primeiro, Camping convenientemente ignorou a segunda parte de 2 Pedro 3:8: "e mil anos como um dia". Além disso, 2 Pedro 3:8 não está fornecendo um método para datar o fim dos tempos. Ao contrário, 2 Pedro 3:8 está simplesmente dizendo que Deus está acima e além do tempo. Deus é eterno e infinito. Em segundo lugar, nada no contexto de Gênesis 7:4-11 indica que os "sete dias" e "dia dezessete do segundo mês" devem ser aplicados a outra coisa senão ao que Deus estava dizendo especificamente para Noé. Terceiro, o Dilúvio sendo datado a 4990 AC é especulativo na melhor das hipóteses, sem nenhuma evidência bíblica explícita. O cálculo de Camping de 21 de maio de 2011 se desfez mesmo sob o escrutínio bíblico mais básico. Agora, era possível que Jesus voltasse em 21 de maio de 2011? Sim, mas isso era tão possível quanto qualquer outra data. Será que a metodologia específica de Harold Camping teve qualquer validade bíblica? Não, não tinha. Infelizmente, Camping e outros certamente irão calcular novas datas futuras e tentarão explicar seus erros como "erros na fórmula" ou algo nesse sentido.
Os principais pontos são (1) a Bíblia nunca nos incentiva a tentar descobrir o tempo do retorno de Jesus Cristo e (2) a Bíblia não dá dados explícitos pelos quais o tempo do retorno de Jesus Cristo possa ser determinado. Ao invés de desenvolver cálculos especulativos para determinar quando Jesus voltará, a Bíblia nos incentiva a "vigiar" e "estar pronto" (Mateus 24:42-44). O fato de que o dia da volta de Jesus é desconhecido deve nos motivar a viver cada dia em função da iminência do Seu retorno.
É muito mais simples do que você pensa. A resposta curta é que você deve receber Jesus Cristo como o seu Salvador. Agora, a resposta mais longa. Ao fazer esta pergunta, estamos supondo que você já ouviu falar que nem todos os cristãos serão levados quando o Arrebatamento ocorrer. Você provavelmente já ouviu que somente os "super cristãos" que vivem uma vida santa serão arrebatados e que todos os outros cristãos terão que passar pela Tribulação. Isso não é verdade, e vamos mostrar com a Bíblia por que isso não é verdade.
A primeira coisa que você deve entender é o propósito para a Tribulação. A Tribulação é um tempo de julgamento sobre a terra e de punição para Israel. Por favor note que Israel e a Igreja não são o mesmo grupo de pessoas. A Igreja é um organismo espiritual. As pessoas na Igreja estão relacionadas por causa do seu nascimento espiritual (por terem nascido de novo - João 3:3). O povo de Israel (judeus) são ligados pelo sangue. Esta é uma raça de pessoas a quem Deus fez promessas especiais no Antigo Testamento. Deus declarou um tempo de julgamento sobre Israel por sua infidelidade. Este tempo de julgamento é claramente declarado como sendo apenas para Israel (Daniel 9:24-27).
Gabriel trouxe uma mensagem de Deus para Daniel (9:20-21). Daniel 9:24 diz: "Setenta semanas estão decretadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo." Nesta mensagem, Gabriel especifica para Daniel que o tempo é "sobre o teu povo". O povo de Daniel era os judeus, a nação de Israel. Deus declarou 70 semanas contra a nação de Israel. Estas "70 semanas" são, literalmente em hebraico, "70 setes." Em outras palavras, 70 vezes 7 anos, ou 490 anos. Desses anos, 483 (69 vezes 7) deles foram cumpridos do fim do cativeiro de Israel em Babilônia à morte do Messias (a crucificação de Cristo). Isso deixa 7 anos de julgamento que ainda não foram cumpridos. Esses 7 anos são os anos da Tribulação. O ponto é que esta profecia se refere a Israel primeiramente e o objetivo do julgamento é "cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo."
Agora, podemos também demonstrar com base nas Escrituras que os cristãos não estarão na Tribulação. Um estudo de 1 Tessalonicenses 4:13 até 5:9 mostra isso. Nesta passagem, Paulo escreve sobre o Arrebatamento e o Dia do Senhor. Primeiro Tessalonicenses 5:9 dá aos cristãos esta promessa: "porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo." Preste atenção a esse versículo. Paulo diz que Deus não nos destinou para a ira, principalmente a ira do Dia do Senhor (5:2).
Outra evidência de que os cristãos não passarão pela Tribulação vem de 1 Coríntios. Nessa carta, Paulo acentuadamente repreende os crentes por serem cristãos carnais. No entanto, no capítulo 15, Paulo escreve sobre o Arrebatamento e nunca indica que alguns dos crentes coríntios, por mais carnais que fossem, seriam deixados para trás. Os verdadeiros crentes em Jesus Cristo não terão de suportar a Tribulação.
A única maneira de ser deixado para trás no Arrebatamento é se você não tiver recebido a Cristo como o seu Salvador.
Em sua visão em Apocalipse 19:7-10, João viu e ouviu as multidões celestiais louvando a Deus porque a festa das bodas do Cordeiro - literalmente a "ceia das bodas" - estava prestes a começar. O conceito da ceia das bodas é mais bem compreendido à luz dos costumes de casamento no tempo de Cristo.
Esses costumes de casamento tinham três partes principais. Primeiro, um contrato de casamento era assinado pelos pais da noiva e do noivo, e os pais da noiva pagavam um dote ao noivo ou seus pais. Esse passo dava início ao período de noivado. José e Maria estavam nesse período quando ela engravidou do Espírito Santo (Mateus 1:18, Lucas 2:5).
O segundo passo no processo geralmente ocorria um ano depois, quando o noivo, acompanhado por seus amigos, ia à casa da noiva à meia-noite, criando um desfile com tochas pelas ruas. A noiva sabia de antemão que isso ia acontecer, assim se preparando com suas servas, e todos participariam do desfile e iam à casa do noivo. Este costume é a base da parábola das dez virgens em Mateus 25:1-13. A terceira fase era a ceia das bodas em si, a qual podia durar dias, assim como ilustrada pelo casamento em Caná em João 2:1-2.
O que a visão de João em Apocalipse retrata é a festa das bodas do Cordeiro (Jesus Cristo) e Sua noiva (a Igreja) em sua terceira fase. A implicação é que as duas primeiras fases já ocorreram. A primeira fase foi concluída na terra quando cada crente colocou a sua fé em Cristo como Salvador. O dote pago aos Pais do Noivo (Deus Pai) seria o sangue de Cristo derramado a favor da Noiva. A Igreja na terra hoje, então, é a "noiva" de Cristo e, como as virgens prudentes da parábola, todos os crentes devem estar observando e esperando o aparecimento do Noivo (a Segunda Vinda). A segunda fase simboliza o Arrebatamento da igreja, quando Cristo vier para reivindicar a Sua noiva e levá-la para a casa do Pai. A ceia das bodas então segue como o terceiro e último passo.
Não só a Igreja vai participar da festa de casamento como a noiva de Cristo, mas outras pessoas também. Essas "outras pessoas" incluem os santos do Antigo Testamento que serão ressuscitados na Segunda Vinda, bem como os mortos martirizados da Tribulação. Assim como o anjo disse a João para escrever: "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. Disse-me ainda: Estas são as verdadeiras palavras de Deus" (Apocalipse 19:9). A ceia das bodas do Cordeiro é uma celebração gloriosa de todos os que estão em Cristo!
Na escatologia, é importante lembrar-se de que quase todos os cristãos concordam com estas três coisas: 1) Está chegando um momento de grande Tribulação tal como o mundo nunca viu, 2) depois da Tribulação, Cristo voltará para estabelecer o Seu reino na terra, e 3) haverá um Arrebatamento -- "repentina transição" da mortalidade para a imortalidade -- para os crentes (João 14:1-3, 1 Coríntios 15:51-52 e 1 Tessalonicenses 4:16-17). A única questão é esta: quando o Arrebatamento ocorrerá em relação à Tribulação e à Segunda Vinda?
Com o passar dos anos, três teorias principais sobre o momento do Arrebatamento têm surgido: Pré-tribulacionismo (a crença de que ocorrerá antes da Tribulação), Mesotribulacionismo (a crença de que ocorrerá na metade da Tribulação) e Pós-tribulacionismo (a crença de que ocorrerá no final da Tribulação). Este artigo trata especificamente do ponto de vista pré-tribulacional.
O Pré-tribulacionismo ensina que o Arrebatamento ocorre antes da Tribulação começar. Naquela época, a igreja irá encontrar Cristo nos ares e em algum momento depois disso o Anticristo é revelado e a Tribulação começa. Em outras palavras, o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo (para estabelecer o Seu reino) são separados por pelo menos sete anos. Segundo essa visão, a igreja não passa pela Tribulação.
Biblicamente, o ponto de vista pré-tribulacional tem muito a seu favor. Por exemplo, a igreja não é designada à ira (1 Tessalonicenses 1:9-10, 5:9), e os crentes não passarão pelo Dia do Senhor (1 Tessalonicenses 5:1-9). A igreja de Filadélfia recebeu a promessa de ser guardada da "hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro" (Apocalipse 3:10). Note que a promessa não é da preservação através do julgamento, mas de ser guardada da hora, isto é, do período de tempo do julgamento.
O Pré-tribulacionismo também encontra apoio no que não é encontrado nas Escrituras. A palavra "igreja" aparece dezenove vezes nos três primeiros capítulos de Revelação, mas, significativamente, a palavra não é usada novamente até o capítulo 22. Em outras palavras, em toda a longa descrição da Tribulação de Apocalipse, a palavra igreja é visivelmente ausente. Na verdade, a Bíblia nunca usa a palavra "igreja" em uma passagem relativa à Tribulação.
O Pré-tribulacionismo é a única teoria que claramente mantém a distinção entre Israel e a igreja e os planos distintos de Deus para cada um. Os setenta "setes" de Daniel 9:24 são decretados sobre o povo de Daniel (os judeus) e a santa cidade de Daniel (Jerusalém). Esta profecia torna claro que a septuagésima semana (a Tribulação) é um tempo de purificação e restauração para Israel e para Jerusalém, não para a igreja.
Além disso, o Pré-tribulacionismo tem suporte histórico. De acordo com João 21:22-23, parece que a igreja primitiva enxergava o retorno de Cristo como iminente, ou seja, que Ele poderia voltar a qualquer momento. Caso contrário, o boato de que Jesus voltaria durante a vida de João não teria persistido. A iminência, o que é incompatível com as outras duas teorias do Arrebatamento, é um princípio fundamental do Pré-tribulacionismo.
O ponto de vista pré-tribulacional parece ser o que mais combina com o caráter de Deus e o Seu desejo de guardar os justos do julgamento do mundo. Os exemplos bíblicos da salvação de Deus incluem Noé, que foi protegido do dilúvio mundial; Ló, que foi protegido de Sodoma; e Raabe, que foi protegida de Jericó (2 Pedro 2:6-9).
Um ponto fraco que se percebe do Pré-tribulacionismo é o seu desenvolvimento relativamente recente como uma doutrina da Igreja, não tendo sido formulado detalhadamente até o início do século 19. Um outro ponto fraco é que o Pré-tribulacionismo divide o retorno de Jesus Cristo em duas "fases" - o Arrebatamento e a Segunda Vinda - ao passo que a Bíblia não delineia claramente tais fases.
Uma outra dificuldade enfrentada pela teoria pré-tribulacional é o fato de que certamente haverá santos na Tribulação (Apocalipse 13:7, 20:9). Os pré-tribulacionistas respondem a isso distinguindo os santos do Antigo Testamento e da Tribulação dos santos da igreja do Novo Testamento. Os crentes vivos durante o Arrebatamento serão removidos antes da Tribulação, mas haverá aqueles que virão a Cristo durante a Tribulação.
E uma fraqueza final da visão pré-tribulacional é compartilhada pelas outras duas teorias: a Bíblia não dá um cronograma explícito em relação a eventos futuros. As Escrituras não ensinam claramente um ponto de vista ao outro, e é por isso que temos diversidade de opiniões acerca dos tempos finais e algumas variedades de como as profecias relacionadas devem ser harmonizadas.
Ao considerar qualquer questão envolvendo a escatologia (o estudo do fim dos tempos), é importante lembrar-se de que quase todos os cristãos concordam com estas três coisas:
1) Está chegando um momento de grande Tribulação tal como o mundo nunca viu;
2) Depois da Tribulação, Cristo voltará para estabelecer o Seu reino na terra;
3) Haverá um Arrebatamento -- "repentina transição" da mortalidade para a imortalidade -- para os crentes, assim como descrito em João 14:1-3, 1 Coríntios 15:51-52 e 1 Tessalonicenses 4:16-17. A única questão em relação ao tempo do Arrebatamento é a seguinte: quando ele ocorrerá em relação à Tribulação e à Segunda Vinda?
Existem basicamente três teorias sobre o momento do Arrebatamento: a crença de que ocorrerá antes da Tribulação (Pré-tribulacionismo), a crença de que ocorrerá na metade da Tribulação (Mesotribulacionismo) e a crença de que ocorrerá no final da Tribulação (Pós-tribulacionismo). Este artigo trata especificamente do ponto de vista pós-tribulacional.
O Pós-tribulacionismo ensina que o Arrebatamento ocorre no final, ou perto do final, da Tribulação. Naquela época, a igreja irá encontrar Cristo no ar e em seguida retornar à terra para o início do Reino de Cristo na terra. Em outras palavras, o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo (para estabelecer o Seu Reino) acontecem quase simultaneamente. Segundo essa visão, a igreja passa por toda a Tribulação de sete anos. O Catolicismo Romano, a Ortodoxia grega e muitas denominações protestantes defendem uma visão pós-tribulacional do Arrebatamento.
Um ponto forte do Pós-tribulacionismo é que Jesus, em Seu amplo discurso sobre o fim dos tempos, diz que voltará depois de uma "grande tribulação" (Mateus 24:21, 29). Além disso, o livro do Apocalipse, com todas as suas várias profecias, menciona apenas uma vinda do Senhor -- e isso ocorre após a Tribulação (Apocalipse 19-20). Passagens como Apocalipse 13:7 e 20:9 também dão apoio ao Pós-tribulacionismo porque certamente haverá santos na Tribulação. Além disso, a ressurreição dos mortos em Apocalipse 20:5 é chamada de a "primeira ressurreição". Os pós-tribulacionistas afirmam que, já que esta "primeira" ressurreição ocorre após a Tribulação, a ressurreição associada com o Arrebatamento em 1 Tessalonicenses 4:16 não pode ocorrer até então.
Os pós-tribulacionistas também apontam que, historicamente, o povo de Deus tem passado por momentos de intensa perseguição e julgamento. Por isso, dizem eles, não deve ser surpreendente que a igreja também passe pela Grande Tribulação do fim dos tempos. Em relação a isso, o ponto de vista pós-tribulacional distingue a "ira de Satanás" (ou "a ira do homem") da "ira de Deus" no livro do Apocalipse. A ira de Satanás é dirigida aos santos, e Deus a permite como um meio de purificação dos seus fiéis. Por outro lado, a ira de Deus é derramada sobre o Anticristo e seu reino ímpio, e Deus irá proteger o Seu povo dessa punição.
Um ponto fraco do Pós-tribulacionismo é o claro ensino da Escrituras de que aqueles que estão em Cristo não estão sob condenação e nunca experimentarão a ira de Deus (Romanos 8:1). Embora alguns julgamentos durante a Tribulação sejam especificamente aos que não são salvos, muitos outros julgamentos, como os terremotos, estrelas cadentes e fomes, afetarão os crentes e descrentes igualmente. Assim, se os crentes passarem pela Tribulação, eles experimentarão a ira de Deus, em contradição com Romanos 8:1.
Um outro ponto fraco do ponto de vista pós-tribulacional é que deve, em certa medida, alegorizar a Tribulação. Muitos pós-tribulacionistas ensinam que estamos vivendo na Tribulação agora; na verdade, alguns dizem que a Tribulação começou imediatamente após o Pentecostes em Atos 2. Tal ensino ignora a natureza singular da Tribulação tal como apresentada nas Escrituras (Mateus 24:21) -- que será um tempo de aflição sem paralelo na história mundial. Além disso, os pós-tribulacionistas têm dificuldade em explicar a ausência da palavra "igreja" em todas as passagens bíblicas relacionadas à Tribulação. Até mesmo em Apocalipse 4-21, a mais longa descrição da Tribulação em toda a Escritura, a palavra "igreja" nunca aparece. Os pós-tribulacionistas devem supor que a palavra "santos" em Apocalipse 4-21 signifique a igreja, embora uma palavra grega diferente seja usada.
E uma fraqueza final da visão pós-tribulacional é compartilhada pelas outras duas teorias: a Bíblia não dá um cronograma explícito em relação a eventos futuros. As Escrituras não ensinam claramente um ponto de vista ao outro, e é por isso que temos diversidade de opiniões acerca dos tempos finais e algumas variedades de como as profecias relacionadas devem ser harmonizadas.
Escatologicamente falando, é importante lembrar-se de que quase todos os cristãos concordam com três coisas: 1) haverá um tempo futuro de Tribulação tal como o mundo nunca viu, 2) a Segunda Vinda de Jesus Cristo, e 3) uma transição da mortalidade à imortalidade para os crentes, comumente conhecida como o Arrebatamento (João 14:1-3, 1 Coríntios 15:51-52, 1 Tessalonicenses 4:16-17). A questão é a seguinte: quando é que o Arrebatamento ocorrerá em relação à Tribulação e à Segunda Vinda? As três principais teorias sobre o momento do Arrebatamento são Pré-tribulacionismo (a crença de que o arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação), Mesotribulacionismo (a crença de que o Arrebatamento ocorrerá no meio da Tribulação) e Pós-tribulacionismo (a crença de que o Arrebatamento irá ocorrer no final da Tribulação). Este artigo trata especificamente da visão mesotribulacional.
O Mesotribulacionismo ensina que o Arrebatamento ocorre na metade da Tribulação. Nesse momento, a sétima trombeta é tocada (Apocalipse 11:15), a igreja irá se encontrar com Cristo nos ares e então os julgamentos das taças são derramados sobre a terra (Apocalipse 15-16) em um tempo conhecido como a Grande Tribulação. Em outras palavras, o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo (para estabelecer o Seu reino) são separados por um período de três anos e meio. Segundo essa visão, a Igreja passará pela primeira metade da Tribulação, mas é poupada do pior da Tribulação que ocorre nos últimos três anos e meio. Muito parecida com o Mesotribulacionismo é a crença em um Arrebatamento “pré-ira”, ou seja, a crença de que a igreja é arrebatada ao céu antes do "grande dia da. . . ira" vir (Apocalipse 6:17).
Em apoio da sua tese, os mesotribulacionistas apontam para a cronologia dada em 2 Tessalonicenses 2:1-3. A ordem dos eventos é a seguinte: 1) apostasia, 2) a revelação do Anticristo, e 3) o Dia de Cristo. A visão mesotribulacional ensina que o Anticristo não será revelado decisivamente até "a abominação de desolação" (Mateus 24:15) que ocorre na metade da Tribulação (Daniel 9:27). Além disso, os mesotribulacionistas interpretam "o Dia de Cristo" como o Arrebatamento, portanto, a igreja não será arrebatada ao céu até o Anticristo ser revelado.
Um outro ensinamento fundamental do Mesotribulacionismo é que a trombeta de 1 Coríntios 15:52 é a mesma trombeta mencionada em Apocalipse 11:15. A trombeta de Apocalipse 11 é a última de uma série de trombetas, portanto, faz sentido que seria "a última trombeta" de 1 Coríntios 15. Esta lógica falha, no entanto, tendo em conta os objetivos das trombetas. A trombeta que soa no Arrebatamento é "o som da trombeta de Deus" (1 Tessalonicenses 4:16), mas a de Apocalipse 11 é um prenúncio do juízo. Uma trombeta é uma chamada graciosa aos eleitos de Deus; a outra é um pronunciamento da perdição dos ímpios. Além disso, a sétima trombeta de Apocalipse não é a "última" trombeta cronologicamente - Mateus 24:31 fala de uma trombeta que soa mais tarde, no início do reino de Cristo.
Primeiro Tessalonicenses 5:9 diz que a igreja não tem sido destinada "para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo." Isso parece indicar que os crentes não passarão pela Tribulação. No entanto, o Mesotribulacionismo interpreta a "ira" como se referindo apenas à segunda metade da Tribulação – especificamente aos julgamentos das taças. No entanto, parece ser inadequado limitar a palavra de tal maneira. Certamente os terríveis juízos contidos nos selos e trombetas -- incluindo fome, rios envenenados, uma lua escura, derramamento de sangue, terremotos e tormento -- também podem ser considerados a ira de Deus.
O Mesotribulacionismo posiciona o Arrebatamento em Apocalipse 11, antes do início da "grande tribulação". Há dois problemas com essa colocação na cronologia de Apocalipse. Primeiro, a única ocorrência do termo "grande tribulação" em todo o livro do Apocalipse está em 7:14. Em segundo lugar, a única referência a um "grande dia de ira" está em Apocalipse 6:17. Ambas as referências vêm muito cedo para um Arrebatamento mesotribulacional.
E uma fraqueza final da visão mesotribulacional é compartilhada pelas outras duas teorias: a Bíblia não dá um cronograma explícito em relação a eventos futuros. As Escrituras não ensinam claramente um ponto de vista ao outro, e é por isso que temos diversidade de opiniões acerca dos tempos finais e algumas variedades de como as profecias relacionadas devem ser harmonizadas.
Haverá dois grupos distintos que ocuparão a terra durante o Reino Milenar – aqueles com corpos glorificados e os com corpos terrestres que viverem durante a Tribulação e entrarem no Reino Milenar. Aqueles com corpos glorificados consistem da Igreja, a qual receberá corpos glorificados no Arrebatamento (1 Tessalonicenses 4:13-18, 1 Coríntios 15:21-23, 51-53), e os que são ressuscitados depois da volta de Cristo à terra (Apocalipse 20:4-6). Os que têm corpos terrestres podem ser subdivididos em dois grupos: os crentes gentios e os crentes judeus (Israel).
Em Apocalipse 19:11-16, encontramos o retorno de Jesus Cristo à terra, conhecido também como a Sua segunda vinda. O Arrebatamento (1 Tessalonicenses 4:13-18, 1 Coríntios 15:51-53) é uma aparição de Cristo no ar e não deve ser confundido com a Sua segunda vinda – os dois são eventos distintos. Não há menção em Apocalipse 19-20 de qualquer tipo de evento de arrebatamento. A implicação é que os santos que estão na terra quando Cristo voltar permanecerão na terra para entrarem no Reino Milenar com os seus corpos naturais. Se o Arrebatamento ou qualquer tipo de evento onde um crente vivo recebe um corpo glorificado fizesse parte da segunda vinda de Cristo à terra, seria de se esperar encontrar referência a um evento tão importante em Apocalipse 19. No entanto, tal referência não pode ser encontrada. O único evento que resulta em crentes recebendo corpos glorificados é encontrado em Apocalipse 20:4-6, onde aqueles que se tornaram crentes durante a Tribulação e foram mortos por causa de sua fé são ressuscitados. Acredita-se também que neste mesmo tempo os santos do Antigo Testamento serão ressuscitados, também recebendo corpos glorificados (ver Daniel 12:2).
Mateus 25:31-46 é uma outra passagem que deve ser considerada. Esta passagem é comumente chamada de separação ou julgamento das ovelhas e dos cabritos. As ovelhas e cabritos se referem aos gentios justos e injustos. Cristo julgará os gentios injustos (cabritos), lançando-os no lago de fogo para o castigo eterno (Mateus 25:46). Portanto, nenhum gentio descrente sobreviverá para viver durante o Reino Milenar. Os gentios justos, ou ovelhas, viverão durante o Reino Milenar. Eles vão dar à luz filhos e povoar a terra. No entanto, estes não são os únicos que terão filhos durante o Reino Milenar.
Dá-se a impressão de que quando Cristo voltar, toda a nação de Israel confiará nEle (Zacarias 12:10). Eles não receberão corpos glorificados (como fizeram aqueles que foram arrebatados antes da Tribulação e os que ressuscitaram depois), mas também terão filhos durante o Reino Milenar.
Então, crentes gentios, Israel e os crentes ressuscitados/arrebatados (todos os quais têm corpos glorificados) vão ocupar a terra. Deve-se notar, no entanto, que os crentes com corpos glorificados não terão filhos. Não há casamento depois desta vida (Mateus 22:30).
As crianças nascidas durante o Reino Milenar terão a responsabilidade de fé em Cristo, assim como todas as pessoas dos séculos passados têm feito (fé em Cristo desde a Sua vinda; fé em Deus antes -- Gênesis 15:2-6; Habacuque 2:4; Romanos 3:20). Infelizmente, nem todas as crianças que nascerem durante o Reino Milenar terão fé em Cristo. Aquelas que o rejeitarem serão levadas por Satanás em rebelião contra Deus no final do Reino Milenar, quando Satanás é solto por um curto período de tempo (Apocalipse 20:7-10).
Para um estudo mais aprofundado sobre este assunto (de quem vai viver ao Reino Milenar), dê uma olhada também nas seguintes passagens: Isaías 2:2-4; Zacarias 14:8-21, Ezequiel 34:17-24, Daniel 7:13 - 14; Miqueias 4:1-5.
Há muitas especulações sobre a identidade do Anticristo. Uma das mais frequentes "vítimas" da especulação é o Papa da Igreja Católica Romana. Nos dias da Reforma Protestante, Martinho Lutero e alguns dos outros reformadores estavam convencidos de que o Papa da época era o Anticristo. Os papas João Paulo II e Bento XVI foram comumente identificados como o Anticristo. O papa atual, Francisco I, provavelmente vai ser um alvo popular também. Por que isso? Existe alguma coisa na Bíblia que indique que um Papa será o Anticristo?
A especulação sobre o Papa possivelmente sendo o Anticristo gira basicamente em torno de Apocalipse 17:9. Descrevendo o sistema perverso do fim dos tempos, simbolizado por uma mulher cavalgando uma besta, Apocalipse 17:9 declara: "Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada". Nos tempos antigos, a cidade de Roma era conhecida como "a cidade das sete colinas" porque há sete colinas importantes que a cercam. Sendo assim, acredita-se que o Anticristo seja de alguma forma ligado a Roma. Então, se o perverso sistema do final dos tempos for de alguma forma associado a Roma - não é preciso pensar muito para ver uma potencial conexão com a Igreja Católica Romana, a qual é centrada em Roma. Numerosas passagens na Bíblia descrevem um "Anticristo" que irá liderar o movimento anti-Cristo no fim dos tempos (Daniel 9:27; 2 Tessalonicenses 2:3-4, Apocalipse 13:5-8). Assim, se o perverso sistema mundial do fim dos tempos for centrado em Roma e liderado por um indivíduo - o Papa é um provável candidato.
No entanto, muitos comentaristas bíblicos dizem que a mulher não pode ser a Igreja Católica e as sete colinas não podem se referir a Roma. Eles citam o fato de que Apocalipse 17-18 identifica claramente a mulher montada na besta como a cidade de Babilônia. (Conhecemos a cidade de Babilônia por um nome diferente hoje - Bagdá.) Além disso, o versículo 10 diz claramente que as sete colinas simbolizam sete reis, cinco dos quais "já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo". Claramente, isso não pode se referir às sete colinas de Roma. Ao invés, é uma referência a sete impérios mundiais governados por sete reis. No momento do Apocalipse, cinco impérios mundiais tinham ido e vindo - Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia e Grécia - um (Roma) existiu e um (o império mundial do Anticristo) ainda não havia chegado.
Quem quer que o Anticristo acabe sendo, o importante é ser advertido de sua vinda e aprender a reconhecer ele e todos os que possuem o seu espírito. Primeiro João 4:2-3 nos diz como identificar o espírito do Anticristo: "Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo." O Papa atual, Francisco I, reconhece que Jesus é Deus e veio em carne (ver 1 João 4:2). Embora estejamos em desacordo com o Papa Francisco I em várias áreas da doutrina católica, a sua visão da Pessoa de Jesus Cristo é bíblica. Portanto, é difícil acreditar que o Papa Francisco I seja o Anticristo. Embora acreditemos que seja possível que um Papa seja o Anticristo, a Bíblia não dá informações específicas suficientes para sermos dogmáticos. Um futuro Papa talvez seja o Anticristo ou o falso profeta do Anticristo (Apocalipse 13:11-17). Se assim for, este futuro Papa vai ser claramente identificado por sua negação de que Jesus veio em carne.
Esta citação de Jesus no que diz respeito ao fim dos tempos se encontra em Mateus 24:34, Marcos 13:30 e Lucas 21:32. Jesus disse: "Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas se cumpram." A chave para compreender o que Jesus quer dizer é o contexto, isto é, devemos entender os versículos antes e depois do versículo 34, mas especialmente os versículos antes. Em Mateus 24:4-31, Jesus está falando de eventos futuros. A geração de pessoas que vivem quando esses eventos ocorrerem é a geração que Jesus diz que "não passará" até que Ele retorne. Jesus já havia dito aos que viviam durante o Seu ministério terreno que o reino havia sido tirado deles (Mateus 21:43). Portanto, é imperativo que Mateus 24-25 seja visto como falando de um tempo futuro. A palavra "geração" refere-se às pessoas vivas no futuro quando os eventos de Mateus 24-25 ocorrerem.
Uma outra possibilidade é que Jesus estava dando uma profecia com um "cumprimento duplo". Parte do que ele estava prevendo ia ocorrer durante o tempo da geração a quem estava falando. Parte da profecia de Jesus pode ter sido cumprida quando os romanos destruíram Jerusalém em 70 DC. No entanto, outros aspectos da profecia de Jesus não ocorreram no ano 70 DC, como Mateus 24:29-31, por exemplo. O problema com essa visão é que não se harmoniza com a afirmação de Jesus de que "todas estas coisas" se cumpram "nesta geração". Portanto, é melhor entender "esta geração" como se referindo à geração com a qual os eventos do fim dos tempos ocorrerão.
Essencialmente, Jesus está dizendo que, quando os eventos do fim dos tempos começarem, eles vão acontecer rapidamente. Pode-se encontrar este conceito em muitas outras Escrituras (Mateus 24:22 e Marcos 13:20, Apocalipse 3:11; 22:7,12,20).
O conceito do retorno de Cristo como um ladrão na noite vem de Mateus 24:43: "Sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa." Os elementos essenciais da advertência de Jesus é que ninguém sabe quando Ele voltará, e temos que estar em um estado de preparação, sempre esperando pelo Seu retorno iminente. Jesus advertiu que devemos estar sempre preparados porque ninguém senão o Pai sabe a hora do Seu retorno (Mateus 24:36-44).
Este evento tornou-se conhecido como o Arrebatamento. A palavra "arrebatamento" não aparece em nenhuma parte da Bíblia, mas o evento sim. A palavra usada no grego é harpazo ("arrebatar; agarrar subitamente"), encontrada em 1 Tessalonicenses 4:16-17: "Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor."
A natureza repentina deste evento é descrita em 1 Coríntios 15:51-54 como "num momento, num abrir e fechar de olhos." Não haverá nenhum aviso da vinda de Cristo, assim como um ladrão na noite vem sem aviso. Portanto, Mateus 24:44 noz diz que devemos ficar "também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem."
Para o cristão, o Arrebatamento será um evento bem recebido, mas para todos os outros, será um momento de grande tribulação. Imagine sendo deixado para trás enquanto milhões de cristãos em todo o mundo de repente desaparecem sem explicação. Temos sido suficientemente advertidos pela Bíblia e pelo testemunho do próprio Filho de Deus para estarmos preparados. Devemos estar vigilantes e protegidos pela armadura de Deus (Efésios 6:13-18). O diabo vagueia pela terra à procura de cristãos com uma fenda em sua armadura. Não se iluda acreditando que o diabo só vai atrás dos pecadores. Ele já é o seu dono e não tem motivos para se preocupar com eles, a menos que comecem a despertar espiritualmente a Cristo Jesus. A preocupação do diabo é o cristão. Nós somos os que ele quer corromper e destruir, e é por isso que os cristãos devem estar sempre atentos e prontos para a hora do retorno de nosso Senhor.
Temos também a presença do Espírito Santo de Deus para nos ensinar e nos guiar. Temos tudo de que precisamos para viver uma vida piedosa em obediência à Palavra de Deus, não deixando nenhuma desculpa para não estarmos preparados.
Agradecemos a Deus que Ele nos ama o suficiente para nos fornecer o caminho para escapar o julgamento de Deus. Esse caminho é Jesus Cristo. Ao aceitarmos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, e pela graça de Deus, recebemos o perdão dos pecados, misericórdia e a salvação com a promessa de vida eterna (João 3:16, Efésios 2:8-9). A nossa salvação em Cristo é o meio pelo qual podemos estar preparados e regozijar em Seu retorno.
Muitas vezes as pessoas sentem ansiedade quando pensam sobre o futuro, mas não tem que ser assim. Para aqueles que conhecem a Deus, os pensamentos sobre o futuro trazem expectativa e conforto. Por exemplo, descrevendo uma mulher que conhece e confia em Deus, Provérbios 31:25 diz: "Ri-se do tempo vindouro."
Dois pensamentos fundamentais para mantermos em mente sobre o futuro são, em primeiro lugar, que Deus é soberano e está no controle de tudo. Ele conhece o futuro e controla absolutamente o que vai acontecer. A Bíblia diz: "Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade; chamando do oriente uma ave de rapina, e dum país remoto o homem do meu conselho; sim, eu o disse, e eu o cumprirei; formei esse propósito, e também o executarei" (Isaías 46:9-11, ênfase adicionada).
A segunda coisa a lembrar-se sobre o futuro é que a Bíblia descreve o que vai ocorrer no "fim dos tempos" ou "últimos dias". Porque a Bíblia é a revelação de Deus à humanidade, e porque Deus sabe e controla o futuro (como Isaías diz acima), então é lógico que quando a Bíblia fala sobre o que vai ocorrer no futuro, podemos acreditar. Quanto a previsões sobre o futuro, a Bíblia diz: "Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). Esta verdade é evidente no fato de que, ao contrário das falsas profecias feitas em outras religiões ou por indivíduos como Nostradamus, a Bíblia nenhuma vez tem estado errada - cada vez que a Bíblia previu um futuro evento, aconteceu exatamente como a Escritura disse que aconteceria.
Ao considerar como entender e sobreviver no fim dos tempos, responda a estas três perguntas:
1. Como devo interpretar o que a Bíblia diz sobre o futuro (profecia bíblica)?
2. O que a Bíblia diz que acontecerá no fim dos tempos?
3. Como deve o que a Bíblia diz sobre o futuro afetar a maneira em que vivo hoje?
Como Interpretar a Profecia Bíblica
Há uma série de pontos de vista sobre quais métodos devem ser usados quando se interpreta passagens sobre o fim dos tempos. Embora haja pessoas boas defendendo crenças diferentes, há boas razões para acreditar que a profecia bíblica deva ser interpretada (1) literalmente, (2) com uma visão futurista, e (3) em uma maneira chamada "pré-milenista". Incentivando uma interpretação literal é o fato de que existem mais de 300 profecias que dizem respeito à primeira vinda de Cristo, todas as quais foram literalmente cumpridas. As previsões em torno do nascimento, da vida, da traição, da morte e da ressurreição do Messias não foram cumpridas alegoricamente ou de uma maneira espiritual. Jesus literalmente nasceu em Belém, realizou milagres, foi traído por um amigo por 30 moedas de prata, foi perfurado em Suas mãos e pés, morreu com os ladrões, foi enterrado no túmulo de um homem rico e ressuscitou três dias depois de Sua morte. Todos estes detalhes foram previstos centenas de anos antes de Jesus nascer e foram literalmente cumpridos. Além disso, embora haja um simbolismo usado em várias profecias (por exemplo, dragões, cavaleiros, etc.), ele retrata seres ou eventos literais, muito semelhante à forma em que Jesus é retratado como um leão e um cordeiro.
Quanto a uma visão futurista, a Bíblia diz claramente que livros proféticos como Daniel e Apocalipse contêm não apenas narrativas de eventos históricos, mas também previsões de eventos futuros. Depois que João recebeu as suas mensagens para as igrejas de sua época, ele recebeu visões sobre o que iria ocorrer no fim dos tempos. João escutou: "Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer" (Apocalipse 4:1, ênfase adicionada).
Talvez um argumento ainda mais forte para uma visão futurista envolva as promessas que Deus fez a Abraão (em Gênesis 12 e 15) sobre a terra de Israel. Já que a aliança de Deus com Abraão foi incondicional e Suas promessas ainda não foram cumpridas aos descendentes de Abraão, então uma visão futurista das promessas feitas a Israel é justificada.
Por fim, no que diz respeito à profecia sendo interpretada de uma maneira "pré-milenista", isso significa que, em primeiro lugar, a Igreja será arrebatada, então o mundo irá passar por um período de sete anos de Tribulação e então Jesus Cristo voltará para reinar sobre a terra por 1.000 anos literais (Apocalipse 20).
Mas o que a Bíblia diz que acontecerá antes disso?
O que a Bíblia diz que acontecerá no fim dos tempos?
Infelizmente, a Bíblia prediz uma série de catástrofes, pecado humano e apostasia religiosa antes da volta de Cristo. Paulo escreve: "Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos... Mas os homens maus e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados" (2 Timóteo 3:1, 13). O mundo vai continuar a rejeitar a Deus, Sua Palavra e o Seu povo.
Algum dia no futuro - ninguém sabe quando - Deus usará um evento conhecido como Arrebatamento para acabar com a Era da Igreja que começou no primeiro século no dia de Pentecostes (ver Atos 2). Naquele dia, Deus removerá todos os crentes em Cristo da terra em preparação para os seus juízos finais. Do Arrebatamento, Paulo diz: "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem. Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (1 Tessalonicenses 4:14-18).
A erosão da paz e o aumento dos tumultos que antecedem o Arrebatamento atingirão proporções épicas quando um número incontável de pessoas desaparecerem da face da terra. Tal evento vai causar pânico e demandas por um líder forte que terá respostas para todos os problemas do mundo. A preparação para este líder tem estado em andamento por algum tempo, assim como o historiador Arnold Toynbee observou: "Ao forçar à humanidade mais e mais armas letais, e ao mesmo tempo tornando o mundo cada vez mais interdependente economicamente, a tecnologia tem trazido a humanidade a tal grau de sofrimento que estamos prontos para o endeusamento de qualquer novo César que tenha êxito em dar ao mundo a unidade e a paz." De um Império Romano restaurado, um organizado de um círculo eleitoral de dez nações europeias (ver Daniel 7:24, Apocalipse 13:1), o Anticristo aparecerá e assinará um pacto com a nação de Israel, o que começará oficialmente a profética contagem regressiva de Deus de sete anos à segunda vinda de Cristo (ver Daniel 9:27).
Por três anos e meio, o Anticristo vai reinar sobre a terra e prometer paz, mas é uma falsa paz que servirá como armadilha aos povos da terra. A Bíblia diz: "pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão" (1 Tessalonicenses 5:3). Guerras, terremotos e fomes vão escalar (ver Mateus 24:7) até o fim do reinado de três anos e meio do Anticristo, quando ele vai entrar em um templo reconstruído em Jerusalém, proclamar-se Deus e exigir adoração (ver 2 Tessalonicenses 2:4; Mateus 24:15). É nesse ponto que o verdadeiro Deus responde ao desafio. Por mais três anos e meio, uma grande tribulação ocorrerá, tal como nunca antes existiu. Jesus predisse: "porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias" (Mateus 24:21-22).
Uma perda incalculável de vidas e destruição da terra ocorrerão durante a Grande Tribulação. Além disso, um grande número de pessoas colocará sua fé em Cristo, mas muitos irão fazê-lo ao custo de suas vidas. Deus ainda estará no controle enquanto agrupa os exércitos infiéis do mundo a fim de julgá-los. Desse evento, o profeta Joel escreveu: "congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre as nações; repartiram a minha terra" (Joel 3:2). João registra a batalha desta maneira: "E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Pois são espíritos de demônios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso... E eles os congregaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Apocalipse 16:13-16).
Neste ponto, o Messias Jesus vai voltar, destruir os Seus inimigos e reivindicar o mundo que é seu por direito. "E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga a peleja com justiça. Os seus olhos eram como chama de fogo; sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. Estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus. Seguiam-no os exércitos que estão no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. Da sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as nações; ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores. E vi um anjo em pé no sol; e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, ajuntai-vos para a grande ceia de Deus, para comerdes carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e dos que neles montavam, sim, carnes de todos os homens, livres e escravos, pequenos e grandes. E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra àquele que estava montado no cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que fizera diante dela os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos pela espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo; e todas as aves se fartaram das carnes deles" (Apocalipse 19:11-21).
Depois que Cristo derrotar todos os exércitos reunidos no vale do Armagedom, Ele vai reinar com os Seus santos por mil anos e totalmente restaurar Israel à sua terra. No final de mil anos, um juízo final das nações e toda a humanidade restante irá ocorrer, o qual é seguido por um estado eterno: na presença de Deus ou separado de Deus (ver Apocalipse 20-21).
Os eventos acima não são especulações ou possibilidades - são exatamente o que acontecerá no futuro. Assim como todas as profecias bíblicas da primeira vinda de Cristo se tornaram realidade, também irão as profecias bíblicas da Sua segunda vinda.
Dada a veracidade dessas profecias, qual o impacto que devem ter sobre nós agora? Pedro faz esta pergunta: "Ora, uma vez que todas estas coisas hão de ser assim dissolvidas, que pessoas não deveis ser em santidade e piedade, aguardando, e desejando ardentemente a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se dissolverão, e os elementos, ardendo, se fundirão?" (2 Pedro 3:11-12).
O Efeito da Profecia Bíblica sobre Nós Hoje
Há quatro respostas que devemos ter quanto à profecia bíblica. A primeira é obediência, e é sobre isso que Pedro fala nos versículos acima. Jesus continuamente nos diz para estarmos prontos para a Sua vinda, a qual pode acontecer a qualquer momento (ver Marcos 13:33-37), e para vivermos de tal maneira que não tenhamos vergonha do nosso comportamento.
A segunda resposta é adoração. Deus providenciou uma maneira de escaparmos dos julgamentos do fim dos tempos – através do dom gratuito de salvação oferecido por Jesus Cristo. Devemos ter a certeza de que recebemos a Sua salvação e de que temos uma atitude de gratidão diante dEle. A nossa adoração na terra vai um dia se tornar adoração no céu: "E cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação" (Apocalipse 5:9).
A terceira resposta é proclamação. A mensagem da salvação de Deus e a verdade da Sua segunda vinda precisam ser proclamadas para todos ouvirem, especialmente para aqueles que ainda não creem. Devemos dar a todos a chance de voltarem-se para Deus e serem salvos da Sua ira vindoura. Apocalipse 22:10 diz: "Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo."
A última resposta à Palavra profética de Deus é serviço. Todos os crentes devem ser diligentes em realizarem a vontade de Deus e executarem boas obras. Parte dos julgamentos de Cristo será das obras realizadas pelos crentes. Elas não determinam a aceitação de um cristão ao céu, mas mostram o que cada crente fez com os dons que lhes foram dados por Deus. Paulo diz desse julgamento: "Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal" (2 Coríntios 5:10).
Em suma, Deus é soberano sobre todos os eventos e pessoas do mundo. Ele está firmemente no controle de tudo e vai trazer um final perfeito a tudo o que Ele começou. Uma velha canção cristã explica assim: "Tudo é criação de Deus ... Modelado por uma mão ... Satanás e Salvação ... sob um comando."
Profecias cumpridas são uma prova de que a Bíblia é um livro sobrenatural. Centenas de profecias do Antigo Testamento já se cumpriram, e é razoável concluir que o que ela diz sobre o fim dos tempos será cumprido também. Para aqueles que conhecem a Jesus e têm confiado nEle como o seu Senhor e Salvador, a Sua vinda será a sua bem-aventurada esperança (ver Tito 2:13). Entretanto, para aqueles que rejeitaram a Cristo, Ele será o seu terror santo (ver 2 Tessalonicenses 1:8). Em resumo, para sobreviver o fim dos tempos, certifique-se de que você é um crente em Cristo: "porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses 5:9).
As sete igrejas descritas em Apocalipse 2-3 são sete igrejas literais no momento em que João, o apóstolo, estava escrevendo Apocalipse. Embora fossem igrejas literais naquele tempo, há também um significado espiritual para as igrejas e os crentes de hoje. O primeiro objetivo das cartas era de se comunicar com as igrejas literais e satisfazer as suas necessidades naquele momento. O segundo propósito era de revelar sete tipos diferentes de indivíduos/igrejas ao longo da história e instruí-los na verdade de Deus.
Um possível terceiro propósito é usar as sete igrejas para prenunciar sete diferentes períodos da história da Igreja. O problema com essa visão é que cada uma das sete igrejas descreve problemas que poderiam existir na Igreja em qualquer momento de sua história. Assim, embora possa haver alguma verdade com as sete igrejas representando sete eras, há especulação demais a esse respeito. Nosso foco deve estar na mensagem que Deus está nos dando através das sete igrejas. As sete igrejas são
(1) Éfeso (Apocalipse 2:1-7) - a igreja que havia abandonado o seu primeiro amor (2:4).
(2) Esmirna (Apocalipse 2:8-11) - a igreja que sofreria perseguição (2:10).
(3) Pérgamo (Apocalipse 2:12-17) - a igreja que precisava se arrepender (2:16).
(4) Tiatira (Apocalipse 2:18-29) - a igreja que tinha uma falsa profetisa (2:20).
(5) Sardes (Apocalipse 3:1-6) - a igreja que tinha adormecido (3:2).
(6) Filadélfia (Apocalipse 3:7-13) - a igreja que tinha sofrido pacientemente (3:10).
(7) Laodiceia (Apocalipse 3:14-22) - a igreja com a fé morna (3:16).
Alguns intérpretes da Bíblia acreditam que não haverá absolutamente nenhuma chance de salvação após o Arrebatamento. No entanto, não há nenhum lugar na Bíblia que diga ou sequer sugira isso. Haverá muitas pessoas vindo a Cristo durante a Tribulação. As 144.000 testemunhas judaicas (Apocalipse 7:4) são crentes judeus. Se ninguém puder vir a Cristo durante a Tribulação, então por que as pessoas estão sendo decapitadas por sua fé (Apocalipse 20:4)? Nenhuma passagem das Escrituras argumenta contra as pessoas terem uma chance de serem salvas após o Arrebatamento. Muitas passagens indicam o contrário.
Uma outra ideia é que aqueles que ouvem e rejeitam o evangelho antes do Arrebatamento não podem ser salvos. Os salvos durante a Tribulação, então, são aqueles que nunca tinham ouvido o evangelho antes do Arrebatamento. O "texto de prova" para este ponto de vista é 2 Tessalonicenses 2:9-11, que diz que o Anticristo fará milagres para enganar "os que perecem" e que o próprio Deus vai enviar-lhes "a operação do erro" para confirmá-los em sua incredulidade . A razão dada é que "não receberam o amor da verdade para serem salvos" (v. 10). Com certeza aqueles que têm duros corações para o evangelho antes do Arrebatamento provavelmente permanecerão assim. E o Anticristo enganará a muitos (Mateus 24:5). Entretanto, aqueles que "não receberam o amor da verdade" não se referem necessariamente a pessoas que ouviram o evangelho antes do Arrebatamento. Pode ser qualquer um que rejeite totalmente a salvação de Deus, a qualquer momento. Assim, não há nenhuma evidência clara das escrituras para apoiar este ponto de vista.
Apocalipse 6:9-11 fala daqueles martirizados durante a tribulação "por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram". Estes mártires corretamente interpretarão o que veem durante a Tribulação, crerão eles mesmos no evangelho e chamarão outras pessoas ao arrependimento e a crer também. O Anticristo e seus seguidores não vão tolerar o seu evangelismo e irão matá-los. Todos esses mártires são pessoas que estavam vivas antes do Arrebatamento, mas que não se converteram até depois. Portanto, deve haver uma oportunidade para vir a Cristo em fé após o Arrebatamento.
Em Apocalipse capítulo 12, João vê uma visão de uma mulher "vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas" (Apocalipse 12:1). Observe a semelhança entre essa descrição e a descrição que José deu de seu pai Jacó (Israel) e sua mãe e seus filhos (Gênesis 37:9-11). As doze estrelas referem-se às doze tribos de Israel. Assim, a mulher em Apocalipse 12 é Israel.
Evidência adicional para essa interpretação é que Apocalipse 12:2-5 fala da mulher estando grávida e dando à luz. Embora seja verdade que Maria deu à luz Jesus, também é verdade que Jesus, o filho de Davi da tribo de Judá, veio de Israel. Em certo sentido, Israel deu à luz (gerou) Cristo Jesus. O versículo 5 diz que o filho da mulher era "um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono". Isso está claramente descrevendo Jesus. Jesus ascendeu ao céu (Atos 1:9-11), um dia vai estabelecer o Seu reino sobre a terra (Apocalipse 20:4-6) e reinará com juízo perfeito (a "vara de ferro", ver Salmo 2: 7-9).
A fuga da mulher para o deserto por 1.260 dias refere-se ao tempo futuro chamado de Grande Tribulação. Mil duzentos e sessenta dias são 42 meses (de 30 dias cada), o que é o mesmo que três anos e meio. Na metade do período da Tribulação, a Besta (o Anticristo) colocará uma imagem de si mesmo no templo que será construído em Jerusalém. Esta é a abominação de que Jesus falou em Mateus 24:15 e Marcos 13:14. Quando a Besta fizer isso, ela quebra o pacto de paz que havia feito com Israel e a nação tem de fugir por segurança – possivelmente à Petra (ver também Mateus 24; Daniel 9:27). Esta fuga dos judeus é retratada como a mulher fugindo ao deserto.
Apocalipse 12:12-17 fala de como o diabo vai fazer guerra contra Israel, tentando destruí-la (Satanás sabe que o seu tempo é curto, relativamente falando – ver Apocalipse 20:1-3, 10). Essa passagem também revela que Deus vai proteger Israel no deserto. Apocalipse 12:14 diz que Israel vai ser protegida contra o diabo por “um tempo, e tempos, e metade de um tempo” ("um tempo" = 1 ano; "tempos" = 2 anos; "metade de um tempo"= meio ano; em outras palavras, três anos e meio).